ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL: OS FALSOS PROFETAS E OS SEUS FRUTOS - Se Liga na Informação





ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL: OS FALSOS PROFETAS E OS SEUS FRUTOS

Compartilhar isso



OBJETIVOS
 Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
RECONHECER a triste realidade da existência dos falsos profetas entre nós;
IDENTIFICAR os falsos profetas e sua atuação;
DESCREVER o destino dos falsos profetas.

INTERAÇÃO
 Há quem pense e imagine que a existência de falsos profetas entre o povo de Deus é fenômeno recente. No entanto, uma rápida pesquisa demonstra não apenas que eles sempre existiram, mas deixa claro que, no Antigo Testamento, o Senhor, por intermédio de Moisés, estipulou regras claras para se identificar um falso profeta (Dt 13.1-3; 18.20-22). Os próprios profetas também se viram às voltas com os falsos profetas e, por isso mesmo, ofereceram regras para se crivar e verificar a autenticidade de alguém que dizia falar em nome de Deus (Is 8.19,20; Jr 28.9). Nos dias de Jesus e dos apóstolos esta advertência também se mostrou necessária (Mc 13.22,23; 2Pe 2.1-3). E em nossos dias, será que não precisamos estar atentos por causa dos que querem enganar em nome de Deus? A fórmula para se identificar os falsos profetas no passado continua a mesma. Não são os prodígios, os sinais e as maravilhas que eles supostamente realizam que os credencia como profetas do Altíssimo, mas sim a fidelidade ao Senhor e à sua Palavra. De igual forma, é preciso evitar o outro extremo que é justamente não acreditar na operação divina por causa dos que enganam. O ideal é conhecer a Escritura e também o poder de Deus (Mt 22.29).

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Apesar de não ser biblicamente recomendável, até mesmo entre os que servem a Deus existem espécies de “fã-clubes”. Há alguns que são tão fanáticos pelo “ídolo” gospel que chegam a digladiar-se até mesmo entre si. Existem outros que não suportam uma única observação bíblica que, de forma sadia, poderia corrigir a postura não apenas deles, mas igualmente da pessoa que eles admiram. Com esta informação em mente, solicite à classe que abra a Bíblia em 1 Coríntios 1.12,13. É possível identificar quatro grupos principais: Paulo, Apolo, Cefas (Pedro) e “Cristo”. Esses grupos organizavam-se como verdadeiros “fã-clubes”, admirando a teologia elaborada por pessoas que tinham em cada um desses representantes quem elas mais admiravam. Não era apenas uma identificação, mas eles achavam-se superiores em relação aos outros. Uns viam Paulo, como um grande ensinador, Apolo como um grande pregador, Pedro como um grande pastor e um quarto grupo que se achava piedoso por seguir apenas “Cristo”. Entretanto, Paulo os adverte como “carnais” (1Co 3.1-4) e questiona: “Está Cristo dividido?” (1Co 1.13). Se o Corpo de Cristo é um só, como pode haver divisões? Depois de orientá-los acerca do cuidado com este tipo de postura de “fã-clube”, encerre dizendo ser incorreto haver desavenças por causa disto.

TEXTO BÍBLICO  Mateus 7.15-20.

Comentário complementar ao Conteúdo da presente Lição

INTRODUÇÃO

Conhecer a Palavra de Deus e praticá-la todos os dias nos tornará aptos a identificar as falsas doutrinas, bem como identificar os falsos profetas. O alvo dos falsos profetas é desconstruir a verdade do evangelho e combater os autênticos arautos do Senhor.


CONCEITO

1. Profeta. Na Bíblia, o termo profeta designa aquele que é chamado por Deus para transmitir a mensagem divina ao povo (Jr 1.5,9; Ez 2.1-7; Dt 18.18). Em outras palavras, os autênticos profetas são porta-vozes de Deus; o próprio Senhor os chama "meus profetas" (Sl 105.15; Jr 7.25). Sua responsabilidade é de grande peso (Ez 2.1-7; 3.10,11), uma vez que eles são, na verdade, "homens de Deus", conforme está dito onze vezes em 1 Reis 4. Estes servos de Deus transmitem a Sua vontade e seus desígnios, além de desvendar o futuro segundo a inspiração do Espírito Santo. Todavia, a própria Palavra de Deus nos orienta que devemos nos acautelar dos falsos profetas (Mt 7.15).
2. Profecia. A profecia, tanto no Antigo como no Novo Testamento, é primeiramente declarativa e, depois, preditiva. A profecia preditiva revela-nos o plano divino em relação a Israel, a Igreja, aos gentios e a plena chegada do Reino de Deus. A maior parte das profecias, porém, é declarativa, pois é constituída de exortação, admoestação, encorajamento, promessa, advertência, julgamento, consolo. Em o Novo Testamento, a profecia é um meio divino de orientar, exortar e edificar a igreja (1 Co 14.3,4).
a) Aspectos da atividade profética. A profecia pode ser vista na Bíblia como um ministério permanente recebido de Deus (2 Rs 17.13; Jr 7.25; Lc 16.16; Hb 1.1); um dom ministerial na igreja (Ef 4.11-13; 3.5); e um dom espiritual na congregação (At 2.17,18; 1 Co 12.10; 14.1-4). O "dom de profecia" é uma capacitação sobrenatural do Espírito Santo concedida para transmitir a mensagem divina.

b) A profecia como dom ministerial em o Novo Testamento. A profecia como ministério profético não é uma pregação comum; é uma mensagem vinda diretamente do Espírito Santo. A pregação habitual, no entanto, é preparada antecipadamente (1 Tm 5.17). Como precisamos deste dom hoje na igreja! Ver Provérbios 29.18; Atos 15.32.
O profeta é um arauto da santidade de Deus; sua missão é expor com unção os padrões da santidade divina para o povo. O seu espírito ferve com santo zelo para anunciar a santidade de Deus e de tudo o que é dEle! O profeta de Deus faz os santos regozijarem-se no Senhor, mas também faz o ímpio estremecer e considerar o seu mau caminho. Ver Atos 24.24,50.

c) O dom de profecia (1 Co 12.10; 14.3,31). A profecia é o principal dom espiritual porque edifica a congregação (1 Co 14.4). Além disso, a profecia é um "sinal" para a igreja, enquanto as línguas são um "sinal" para os infiéis (1 Co 14.22).
d) A natureza da profecia. Devemos discernir a "profecia da Escritura", a qual é inerrante (2 Pe 1.20), da profecia da Igreja; esta deve ser julgada e só então acatada (1 Co 14.29). A manifestação do dom de profecia durante o culto deve ter limite. "Falem dois ou três profetas" (1 Co 14.29). Isto é, a maior parte do tempo do culto tem de ser destinada à exposição da Palavra de Deus, porque sendo esta soberana jamais poderá ser substituída pelo dom de profecia.

PROFETA:
Porta-voz de DEUS cuja mensagem é ou admoestação ou predição. Em um sentido os primeiros profetas foram os patriarcas, desde Adão até Moisés. Ver Gn 20.7. No sentido restrito, é em Samuel que começa o ministério profético. Entre esses profetas encontram-se Elias, Eliseu, Davi. A partir dessa época, começa outra ordem de profetas, divididos em duas classes:
l) Os grandes profetas: Isaias, Jeremias, Ezequiel, Daniel
2) Os profetas menores, isto é, que deixaram escritos menos importantes, são, cm número de doze: Oséias, Joel, Amos, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. i| Lista cronológica dos profetas: Enoque, Gn 5.21-24; Noé, Gn 9.25-27; Abraão, Gn 20.7; Jacó, Gn 49.1; Arão, Êx 7.1; Moisés, Dt 18.18; Balaão; Nm 23.5; Samuel, l Sm 3.20; Davi, SI 16.8-11; Nata, 2 Sm 7.2; Zadoque, 2 Sm 15.27; Gade, 2 Sm 24.11; Aias, l Rs 11.29; Ido, 2 Cr 9.29; Semaías, 2 Cr 12.7; Azarias, 2 Cr 15.2-7; Hanani, 2 Cr 16.7; Jeú, l Rs 16.1; Elias, l Rs 17.1; Eliseu, l Rs 19.16; Micaias, l Rs 22.7; Jonas, 2 Rs 14.25; Isaias, 2 Rs 19.2; Oséias, Os 1.1; Amos, Am I.1; Miquéias, Mq 1.1; Obede, 2 Cr 28.9; Naum, Na 1.1; Joel, Jl 1.1; Sofonias, Sf 1.1; Jedutum, 2 Cr 35.15; Jeremias, 2 Cr 36.12; Habacuque, He 1.1; Obadias, Ob l; Ezequiel, Ez 1.3; Daniel, Dn 12.11; Ageu, Ag 1.1; Zacarias, Zc 1.1; Malaquias, Ml 1.1; Zacarias, Lc 1.67; João Batista, Lc 7.28; Caifás, Jô II.51; Ágabo, At 11.28; Paulo, l Tm 4.1; Pedro, 2 Pé 2.1, 2; João, Ap 1.1; CRISTO, de quem testificavam todos os profetas (Lc 24.27, 44), é O Profeta da Sua Igreja em todas as épocas, Dt 18.15; At 3.22, 23. Ver Apóstolo, Evangelista, Ministro, Vidente.

O LUGAR DOS PROFETAS NA HISTÓRIA DE HEBREUS.
(1) Os profetas do AT eram homens de DEUS que, espiritualmente, achavam-se muito acima de seus contemporâneos. Nenhuma categoria, em toda a literatura, apresenta um quadro mais dramático do que os profetas do AT. Os sacerdotes, juízes, reis, conselheiros e os salmistas, tinham cada um, lugar distintivo na história de Israel, mas nenhum deles, logrou alcançar a estatura dos profetas, nem chegou a exercer tanta influência na história da redenção.
(2) Os profetas exerceram considerável influência sobre a composição do AT. Tal fato fica evidente na divisão tríplice da Bíblia hebraica: a Torá, os Profetas e os Escritos (cf. Lc 24.44). A categoria dos profetas inclui seis livros históricos, compostos sob a perspectiva profética: Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis. É provável que os autores desses livros fossem profetas. Em segundo lugar, há dezessete livros proféticos específicos (Isaías até Malaquias). Finalmente, Moisés, autor dos cinco primeiros livros da Bíblia (a Torá), era profeta (Dt 18.15). Sendo assim, dois terços do AT, no mínimo, foram escritos por profetas.

PALAVRAS HEBRAICAS APLICADAS AOS PROFETAS. 
(1) Ro’eh.
Este substantivo, traduzido por “vidente”, em português, indica a capacidade especial de se ver na dimensão espiritual e prever eventos futuros. O título sugere que o profeta não era enganado pela aparência das coisas, mas que as via conforme realmente eram — da perspectiva do próprio DEUS. Como vidente, o profeta recebia sonhos, visões e revelações, da parte de DEUS, que o capacitava a transmitir suas realidades ao povo.
(2) Nabi’.
(a) Esta é a principal palavra hebraica para “profeta”, e ocorre 316 vezes no AT. Nabi’im é sua forma no plural. Embora a origem da palavra não seja clara, o significado do verbo hebraico “profetizar” é: “emitir palavras abundantemente da parte de DEUS, por meio do ESPÍRITO de DEUS” (Gesenius, Hebrew Lexicon). Sendo assim, o nabi’ era o porta-voz que emitia palavras sob o poder impulsionador do ESPÍRITO de DEUS. A palavra grega prophetes, da qual se deriva a palavra “profeta” em português, significa “aquele que fala em lugar de outrem”. Os profetas falavam, em lugar de DEUS, ao povo do concerto, baseados naquilo que ouviam, viam e recebiam da parte dEle.
(b) No AT, o profeta também era conhecido como “homem de DEUS” (ver 2Rs 4.21), “servo de DEUS” (cf. Is 20.3; Dn 6.20), homem que tem o ESPÍRITO de DEUS sobre si (cf. Is 61.1-3), “atalaia” (Ez 3.17), e “mensageiro do Senhor” (Ag 1.13). Os profetas também interpretavam sonhos (e.g., José, Daniel) e interpretavam a história — presente e futura — sob a perspectiva divina.

HOMENS DO ESPÍRITO E DA PALAVRA.
O profeta não era simplesmente um líder religioso, mas alguém possuído pelo ESPÍRITO de DEUS (Ez 37.1,4). Pelo fato do ESPÍRITO e a Palavra estarem nele, o profeta do AT possuía estas três características:
(1) Conhecimentos divinamente revelados. Ele recebia conhecimentos da parte de DEUS no tocante às pessoas, aos eventos e à verdade redentora. O propósito primacial de tais conhecimentos era encorajar o povo a permanecer fiel a DEUS e ao seu concerto. A característica distintiva da profecia, no AT, era tornar clara a vontade de DEUS ao povo mediante a instrução, a correção e a advertência. O Senhor usava os profetas para pronunciarem o seu juízo antes de este ser desferido. Do solo da história sombria de Israel e de Judá, brotaram profecias específicas a respeito do Messias e do reino de DEUS, bem como predições sobre os eventos mundiais que ainda estão por ocorrer.
(2) Poderes divinamente outorgados. Os profetas eram levados à esfera dos milagres à medida que recebiam a plenitude do ESPÍRITO de DEUS. Através dos profetas, a vida e o poder divinos eram demonstrados de modo sobrenatural diante de um mundo que, doutra forma, se fecharia à dimensão divina.
(3) Estilo de vida característico. Os profetas, na sua maioria, abandonaram as atividades corriqueiras da vida a fim de viverem exclusivamente para DEUS. Protestavam intensamente contra a idolatria, a imoralidade e iniqüidades cometidas pelo povo, bem como a corrupção praticada pelos reis e sacerdotes. Suas atividades visavam mudanças santas e justas em Israel. Suas investidas eram sempre em favor do reino de DEUS e de sua justiça. Lutavam pelo cumprimento da vontade divina, sem levar em conta os riscos pessoais.

O PROFETA E O SACERDOTE.
Durante a maior parte da história de Israel, os sacerdotes e profetas, constantemente, entravam em conflito. O plano de DEUS era que houvesse cooperação entre eles, mas os sacerdotes tendiam a aderir ao liberalismo e deixavam de protestar contra a decadência do povo de DEUS.
(1) Os sacerdotes muitas vezes concordavam com a situação anormal reinante, e sua adoração a DEUS resumia-se em cerimônias e liturgia. Embora a moralidade ocupasse um lugar formal na sua teologia, não era enfatizada por eles na prática.
(2) O profeta, por outro lado, ressaltava fortemente o modo de vida, à conduta, e as questões morais. Repreendiam constantemente os que apenas cumpriam com os deveres litúrgicos Irritava, importunava, denunciava, e sem apoio humano defendia justas exigências e insistia em aplicar à vida os eternos princípios de DEUS. O profeta era um ensinador de ética, um reformador moral e um inquietador da consciência humana. Desmascarava o pecado e a apostasia, procurando sempre despertar o povo a um viver realmente santo.

A MENSAGEM DOS PROFETAS DO ANTIGO TESTAMENTO. 
A mensagem dos profetas enfatiza três temas principais:
(1) A natureza de DEUS.
(a) Declaravam ser DEUS o Criador e Soberano onipotente do universo (e.g., 40.28), e o Senhor da história, pois leva os eventos a servirem aos seus supremos propósitos de salvação e juízo (cf. Is 44.28; 45.1; Am 5.27; Hc 1.6).

(b) Enfatizavam que DEUS é santo reto e justo, e não pode tolerar o pecado, iniqüidade e injustiça. Mas a sua santidade é temperada pela misericórdia. Ele é paciente e tardio em manifestar a sua ira. Sendo DEUS santo, em sua natureza, requer que seu povo seja consagrado e santo ao SENHOR (Zc 14.20; cf. Is 29.22-24; Jr 2.3). Como o DEUS que faz concerto, que entrou num relacionamento exclusivo com Israel, requer que seu povo obedeça aos seus mandamentos, como parte de um compromisso de relacionamento mútuo.

(2) O pecado e o arrependimento.
Os profetas do AT compartilhavam da tristeza de DEUS diante da contínua desobediência, infidelidade, idolatria e imoralidade de seu povo segundo o concerto. E falavam palavras severas de justo juízo contra os transgressores. A mensagem dos profetas era idêntica a de João Batista e de CRISTO: “arrependei-vos, senão igualmente perecereis”. Prediziam juízos catastróficos, tal como a destruição de Samaria, pela Assíria (e.g. Os 5.8-12; 9.3-7; 10.6-15), e a de Jerusalém por Babilônia (e.g., Jr 19.7-15; 32.28-36; Ez 5.5-12; 21.2, 24-27).


(3) Predição e esperança messiânica.

(a) Embora o povo tenha sido globalmente infiel a DEUS e aos seus votos, segundo o concerto, os profetas jamais deixaram de enunciar-lhe mensagens de esperança. Sabiam que DEUS cumpriria os ditames do concerto e as promessas feitas a Abraão através de um remanescente fiel  No fim, viria o Messias, e através dEle, DEUS haveria de ofertar a salvação a todos os povos.

(b) Os profetas colocavam-se entre o colapso espiritual de sua geração e a esperança da era messiânica. Eles tinham de falar a palavra de DEUS a um povo obstinado, que, inexoravelmente rejeitavam a sua mensagem (cf. Is 6.9-13). Os profetas eram tanto defensores do antigo concerto, quanto precursores do novo. Viviam no presente, mas com a alma voltada para o futuro.

 A FALSA PROFECIA

Atualmente, observamos diversas pessoas correndo de igreja em igreja em busca de "profecias" e de "revelações". Tais "crentes", na verdade, querem respostas para seus problemas pessoais (2 Tm 4.3). Como já vimos em 1 Coríntios 14.3, o propósito divino da profecia é consolar, exortar e edificar. Qualquer profecia que fuja a este propósito não procede de Deus e jamais se cumprirá (Dt 18.22).

1. Julgando as profecias pela Palavra. A profecia na igreja necessita ser julgada (1 Co 14.29), mas quais os parâmetros para o seu julgamento? A resposta é a própria Palavra de Deus, que é nosso modelo áureo e referência plena de fé; o guia da nossa vida, do nosso culto ao Senhor, e do nosso desempenho no seu trabalho (2 Tm 3.16,17). Qualquer profecia na igreja que entre em conflito com os ensinamentos e doutrinas bíblicas não pode vir de Deus.
Os falsos mestres e profetas, como nos tempos do Antigo Testamento, enganam o povo, porque são emissários do Diabo (Jo 8.44). Todavia, a Bíblia declara: "Nenhuma mentira vem da verdade" (1 Jo 2.21). O crente fiel, que sempre ora e lê a Palavra de Deus, compara aquilo que ouve com o que está escrito na Escritura, a fim de comprovar a veracidade das profecias enunciadas na igreja.

2. Julgando o falso profeta pelos frutos. Jesus Cristo nos adverte a respeito de falsos profetas que se infiltram no meio do povo de Deus. Apesar da aparênciade piedade, não passam de agentes de Satanás; sua missão: corromper a fé dos salvos e destruir a unidade da Igreja (Mt 7.15-23). Muitos deles operam sinais e prodígios (Mt 24.24), mas tudo isto fazem sob a eficácia de Satanás (2 Ts 2.9,10). Como identificá- los? Como saber se estão em nosso meio? A resposta é: conhecendo a Palavra de Deus e tendo o discernimento pelo Espírito Santo. Além disso, os seus frutos são uma irrefutável evidência de sua mentira e falsidade (Gl 5.22,23). A árvore má não pode dar frutos bons (Mt 7.16-20).

O DOM DE DISCERNIR É O GRANDE INIMIGO DOS FALSOS PROFETAS

1. O discernimento do povo de Deus. Um dos dons espirituais mais necessários é o de discernimento. Isto porque o falso profeta, sendo um imitador muito eficiente, pode confundir o povo de Deus, uma vez que suas mensagens concordam com aquilo que as pessoas esperam, gostam e sonham. Entretanto, o crente que teme a Deus tem o discernimento, mediante o Espírito Santo, para distinguir a verdade do erro. Alguns exemplos bíblicos demonstram que, às vezes, a mentira e a verdade estão mais que evidentes (Êx 7.12; 1 Rs 22.18,37). Oremos, pois, a Deus, rogando-lhe o dom de discernimento de espíritos.

2. A luta da verdade de Deus contra a mentira diabólica. O apóstolo Pedro deixou claro que a presença do verdadeiro não é suficiente para impedir a manifestação do falso. Ao falar dos autênticos profetas hebreus do Antigo Testamento, o apóstolo ressaltou que “também houve entre o povo falsos profetas” (2 Pe 2.1). Ao longo dos séculos, percebeu-se que onde há o verdadeiro, há também o falso. Para cada Moisés, há um Janes e Jambres (2 Tm 3.8); para cada Micaías, há um Zedequias, filho de Quenaana (1 Rs 22.11); para cada Jeremias, há um Hananias, filho de Azur.

3. Os discípulos do profeta Hananias. À semelhança de Hananias, muitos falsos profetas estão por aí causando estragos nas igrejas e trazendo problemas até para a sociedade. Portanto, estejamos atentos e vigilantes.
Discernimento de Espírito

4. O Que é discernimento´´“[...] O fato é que a palavra discernimento significa formar um juízo e se relaciona com a palavra usada para julgar profecias. Envolve uma percepção que é dada de modo sobrenatural, para diferenciar entre os espíritos, bons e maus, genuínos ou falsos, a fim de chegarmos a uma conclusão.
João diz que não devemos crer em todos os espíritos, mas prová-los (1 João 4.1). [...] A Bíblia, na realidade, fala em três espíritos: o de Deus, o do homem e o do Diabo (com os maus espíritos ou demônios com ele associados). Na operação deste dom na congregação, parece que o espírito do homem talvez cause mais problemas. Mesmo com as melhores intenções, é possível que algumas pessoas tenham a impressão de que seus próprios sentimentos são a voz do Espírito Santo. Ou por causa do zelo excessivo ou da ignorância espiritual de como a pessoa se rende ao Espírito Santo, seu espírito possa intrometer-se” (HORTON, S. A doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. RJ: CPAD, pp.300-1).


CONCLUSÃO

Hoje, muitos falsos profetas tentam afastar a Igreja do seu alvo descrito nas Escrituras, mediante a pregação de um evangelho fácil, sem renúncia, sem compromisso, sem santidade; um evangelho que apregoa apenas o apego pelos bens materiais. Assim como um marketing empresarial, tal evangelho emprega a mídia audiovisual com o objetivo de manipular as emoções do homem. 
Os ensinos falsos consistem geralmente na busca do ser humano pela prosperidade e no menosprezo da glória de Cristo.

Deus sempre advertiu seus servos contra os falsos profetas. Portanto, devemos estar prevenidos contra todo e qualquer ensino ou profecia que não esteja em consonância com a Palavra de Deus, sabendo que o fim desses promotores da maldade, que intentam desviar o povo de Deus, é perecer em sua própria corrupção (2 Pe 2.1-22).

Os falsos profetas continuam a arruinar a vida de muita gente. Por causa deles, muitos alteram e comprometem o plano de Deus para a sua vida e ministério. Outros, afastam-se de seus familiares e amigos e passam a evitar a igreja, rejeitando os pontos fundamentais da fé cristã. Que Deus nos livre de tais embusteiros. Fiquemos, pois, com as palavras de nosso Senhor Jesus Cristo: “Acautelai-vos, que ninguém vos engane” (Mt 24.4).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

EARLE, R. Comentário Bíblico Beacon. RJ: CPAD, 2006.
ZUCKY, R. B. Teologia no Novo Testamento. RJ: CPAD, 2008.
BOICE, J. M. As epístolas de João. RJ: CPAD, 2006, p.127
BEVERE, J. Assim Diz o Senhor? Como saber quando Deus está falando através de outra pessoa. 1.ed. RJ: CPAD, 2006, pp.60-1
ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.61
CHILDERS, Charles L.; EARLE, Ralph; SANNER, A. Elwood (Eds.) Comentário Bíblico Beacon. Mateus a Lucas. Volume 6. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2006, p.69
Comentário Bíblico Matthew Henry: Novo Testamento. 1ª Edição. RJ, 2008.



Texto do dia


"Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos." Mc 13.22





Síntese


Os frutos, e não a retórica, são os sinais de que alguém é, ou não, profeta de Deus. 



Interação


Há quem pense e imagine que a existência de falsos profetas entre o povo de Deus é fenômeno recente. No entanto, uma rápida pesquisa demonstra não apenas que eles sempre existiram, mas deixa claro que, no Antigo Testamento, o Senhor, por intermédio de Moisés, estipulou regras claras para se identificar um falso profeta (Dt 13.1-3; 18.20-22). Os próprios profetas também se viram às voltas com os falsos profetas e, por isso mesmo, ofereceram regras para se crivar e verificar a autenticidade de alguém que dizia falar em nome de Deus (Is 8.19,20; Jr 28.9). Nos dias de Jesus e dos apóstolos esta advertência também se mostrou necessária (Mc 13.22,23; 2 Pe 2.1-3). E em nossos dias, será que não precisamos estar atentos por causa dos que querem enganar em nome de Deus? A fórmula para se identificar os falsos profetas no passado continua a mesma. Não são os prodígios, os sinais e as maravilhas que eles supostamente realizam que os credencia como profetas do Altíssimo, mas sim a fidelidade ao Senhor e à sua Palavra. De igual forma, é preciso evitar o outro extremo que é justamente não acreditar na operação divina por causa dos que enganam. O ideal é conhecer a Escritura e também o poder de Deus (Mt 22.29).



Orientação Pedagógica


Apesar de não ser biblicamente recomendável, até mesmo entre os que servem a Deus existem espécies de "fã-clubes". Há alguns que são tão fanáticos pelo "ídolo" gospel que chegam a digladiar-se até mesmo entre si. Existem outros que não suportam uma única observação bíblica que, de forma sadia, poderia corrigir a postura não apenas deles, mas igualmente da pessoa que eles admiram. Com esta informação em mente, solicite à classe que abra a Bíblia em 1 Coríntios 1.12,13. É possível identificar quatro grupos principais: Paulo, Apolo, Cefas (Pedro) e "Cristo". Esses grupos organizavam-se como verdadeiros "fã-clubes", admirando a teologia elaborada por pessoas que tinham em cada um desses representantes quem elas mais admiravam. Não era apenas uma identificação, mas eles achavam-se superiores em relação aos outros. Uns viam Paulo, como um grande ensinador, Apolo como um grande pregador, Pedro como um grande pastor e um quarto grupo que se achava piedoso por seguir apenas "Cristo". Entretanto, Paulo os adverte como "carnais" (1 Co 3.1-4) e questiona: "Está Cristo dividido?" (1 Co 1.13). Se o Corpo de Cristo é um só, como pode haver divisões? Depois de orientá-los acerca do cuidado com este tipo de postura de "fã-clube", encerre dizendo ser incorreto haver desavenças por causa disto.




Texto bíblico



Mateus 7.15-20
15 Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.
16 Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?
17 Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus.
18 Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons.
19 Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.
20 Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.


INTRODUÇÃO

Prática que é, a justiça do Reino não admite palavras sem coerência com as ações. Por isso, o Mestre avança em sua conclusão do Sermão do Monte expondo agora uma maneira para se reconhecer os falsos profetas (Mt 7.15-20). Não são suas credenciais, nem sua capacidade de oratória que revelam quem eles, de fato, são. Jesus apresenta os sinais inequívocos para se identificá-los e reconhecê-los. Tal atitude do Mestre deve ser urgentemente observada nos dias atuais, pois não são poucos os enganadores que usam, indevidamente, o nome santo do Senhor sem ter, entretanto, compromisso algum com Ele.


I - OS FALSOS PROFETAS E SUA ATUAÇÃO



1. Perturbadores antigos.
Estar à volta com pessoas que pretendiam manipular - sob o manto de uma falsa espiritualidade - é uma luta constante dos verdadeiros profetas de Deus. Desde o Antigo Testamento, o povo de Deus sofre com a atuação dos falsos profetas (Nm 22.1-24.25; Mq 3.5; Jr 23.9-32). Ao se estudar o texto bíblico facilmente se verifica que este é um dos grandes males que sempre assolou o povo de Deus. No Novo Testamento há vários exemplos. Um deles, cuja medida, aparentemente, radical adotada por Paulo para erradicá-los na Ilha de Creta chama a atenção. Para lá o apóstolo dos gentios enviou Tito com a finalidade de colocar em ordem as coisas que ainda faltavam ser ajustadas, separar pessoas para auxiliar na realização da obra de Deus, mas também coibir a atuação dos maus obreiros e falsos profetas, "tapando-lhes a boca" (Tt 1.5-11), isto é, tirar-lhes a oportunidade de usar a palavra na igreja. Ao se observar o texto bíblico, é possível verificar que os maus obreiros estavam agindo motivados por "torpe ganância", ou seja, por dinheiro (Tt 1.11). Assim, o que parece ser, à primeira vista, uma medida implacável é, na realidade, um ato de amor, pois o apóstolo dos gentios tinha como objetivo, não meramente repreendê-los de forma severa, e sim torná-los "são na fé" (Tt 1.13). 


2. Lobos devoradores.
A metáfora utilizada pelo Mestre ao dizer que os falsos profetas são lobos devoradores que se vestem de ovelhas, é exclusividade dEle registrada por Mateus (v.15). Contudo, a figura do "lobo" é uma imagem usual na Bíblia para exemplificar pessoas mal-intencionadas (Ez 22.27; Sf 3.3; Mt 10.16; Lc 10.3; At 20.29). Ao despedir-se dos anciãos da Igreja em Filadélfia, falando particularmente aos responsáveis por aquele rebanho, Paulo afirma que nunca deixou de pregar e ensinar o que Deus lhe entregava para que dividisse com aquela congregação, e que depois de sua partida "lobos cruéis" se infiltrariam na igreja e não perdoariam o rebanho, ou seja, os devorariam (At 20.17-38). Infelizmente, em nossos dias, a realidade parece não ser muito distinta. 


3. A introdução dos lobos entre as ovelhas de Deus.
Provavelmente por ser um animal dócil e de fácil domesticação (2 Sm 12.3), tanto a ovelha como o cordeiro são utilizados para exemplificar o povo de Deus (Sl 74.1; 78.52; 79.13; 119.176; Is 13.14; 40.11; Jr 12.3; Ez 36.37,38; Am 3.12; Mq 2.12; Zc 11.16; 13.7; Mt 18.11,12; 25.1-3 etc.) e até o próprio Mestre (Is 53.7). Por isso, Jesus observa de forma preventiva o ardil do falso profeta (v.15). Uma vez que o Senhor está em busca das ovelhas perdidas (Is 53.6; Jr 50.6; Zc 10.2,3; Mt 9.36; 10.6; 15.24; Jo 10.16; 1 Pe 2.2), e incumbe os discípulos de darem continuidade a essa missão, é fato que o melhor disfarce de um falso profeta para introduzir-se entre o rebanho é se passar por ovelha.


Pense

Em meio a tantas vozes que se pronunciam atualmente, você acha que é possível haver lobos disfarçados de ovelhas? 


Ponto Importante

É imprescindível não perder de vista o fato de que os lobos devoradores não se apresentam assim, mas fingem-se de dóceis ovelhas.


II - IDENTIFICANDO OS FALSOS PROFETAS



1. A metáfora dos frutos.
A utilização da ideia de "frutos" como exteriorização do caráter, ou resultado final das ações, é um recurso comum desde o período do Antigo Testamento (Pv 1.31; Is 3.10; Jr 17.10; Os 10.13 etc.)


2. A figura das árvores boas e más.
De igual forma, a tipificação de árvores boas e más como figuras das pessoas, é igualmente uma maneira didática utilizada para exemplificar o caráter, o resultado das ações ou ainda o ressurgimento ou extinção de um reino ou nação (Gn 49.22; Sl 37.35; Pv 11.30; 13.12; 15.4; Ct 2.3; Is 7.2; 10.33; 44.23; 55.12; 56.3; 65.22; Jr 11.19; 17.8; Ez 17.24; 31.1-18; Dn 4.1-37; Zc 11.2; Mt 3.10, etc.). 


3. Identificando os falsos e os verdadeiros profetas.
Sendo os frutos utilizados como metáfora para identificação do caráter de alguém, após dizer que é justamente por eles que se pode identificar os falsos profetas (vv.16a,20), o Mestre questiona: "Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?" (v.16b). Aprofundando sua advertência, Jesus lança mão tanto da figura da árvore má para exemplificar os falsos profetas e, ao mesmo tempo, deixa uma "pista" para se reconhecer os verdadeiros profetas, ou seja, a figura da árvore boa. O Mestre assim o faz porque cada árvore só pode gerar frutos segundo a sua própria espécie e natureza (vv.17,18). É interessante lembrar que no Antigo Testamento também havia uma forma de identificar o falso profeta (Dt 13.1-5). É preciso notar que não era simplesmente o fato de que o tal profeta fizesse algum sinal miraculoso, ou mesmo um prodígio, o que valeria como forma de reconhecê-lo como um verdadeiro profeta, antes, a sua devoção, respeito e reverência a Deus é o que contavam. O Senhor até advertiu o povo dizendo ser permissão dEle que o tal prodígio se concretizasse para saber se o povo realmente era fiel a Ele. Em outro texto, uma forma diferente de identificação do falso profeta dizia respeito à profecia como predição. Se o que o tal profeta dissesse não se cumprisse, ele era considerado falso (Dt 18.20-22).


Pense

Ter discernimento a respeito da identificação dos falsos profetas é o mesmo que ter poder de julgá-los para a condenação eterna?


Ponto Importante

Saber distinguir entre a avaliação dos frutos, para identificar os falsos profetas, e o julgamento definitivo que só pertence a Deus, também faz parte da maturidade da fé. 


III - O DESTINO DOS FALSOS PROFETAS



1. O dever de gerar bons frutos.
A árvore boa tem o dever de gerar bons frutos (Lc 3.8-14), pois essa é a sua natureza. Não basta ter folhas (aparência), e não gerar bons frutos (obras/ações); é preciso que aqueles que abraçaram o Evangelho de Cristo demonstrem isso de forma concreta e visível (Mt 21.18-20 cf. Mt 3.8-10).


2. A prática que desvirtua.
O fruto exemplificado como ações e práticas diz muito da preocupação do Mestre, pois o mau exemplo "ensina" mais eficazmente que as palavras (Mt 23.1-39). Aos que, porém, se dedicam com amor e compromisso a essa atividade, há uma linda promessa (Dn 12.3).


3. O destino da árvore que não produz bons frutos.

A sentença do Mestre aos que não produzem bons frutos lembra a mensagem de João Batista (v.19 cf. Mt 3.10). O destino final será o juízo da condenação eterna, pois diferentemente da figueira condenada pelo Mestre, a pessoa que conhece o Evangelho e, ainda assim, decide produzir frutos maus, é inteiramente responsável pela sua condenação (Mt 25.41-46 cf. Mt 13.40-42). 


Pense

É possível ser discípulo de Cristo e não gerar bons frutos?


Ponto Importante

O destino de cada pessoa que tem oportunidade de obedecer ao Evangelho, pois o conhece, e não o faz, é de inteira responsabilidade dela.


SUBSÍDIO 1

"Falsos Profetas (7.15-20)
Jesus teve que advertir os seus discípulos contra aqueles vestidos como ovelhas. Eles ajuntariam o rebanho de crentes, como se fossem um com eles, mas interiormente (15) seriam lobos devoradores. A igreja de Jesus Cristo tem sido afligida por esses falsos profetas ao longo de toda a sua história. Eles às vezes têm feito muito para destruir o rebanho. Como podem ser reconhecidos? Por seus frutos os conhecereis (16).
Cristo usou a analogia de vinhas e árvores frutíferas. Cada uma produz seus próprios frutos. Se a árvore for má, os frutos serão maus. O inverso também é verdadeiro. A árvore que não produz bons frutos corta-se e lança-se no fogo. Esta é uma advertência solene. Aqueles que não estão produzindo bons frutos não pertencem a Cristo (19)" (CHILDERS, Charles L.; EARLE, Ralph; SANNER, A. Elwood (Eds.) Comentário Bíblico Beacon. Mateus a Lucas. Vol.6. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.69).


SUBSÍDIO 2

"Os Verdadeiros Profetas e os Falsos Profetas (7.15-23)
A advertência de Jesus sobre os falsos profetas tem uma lição oportuna para a igreja atual. Só Mateus registra a advertência sobre os falsos profetas que são lobos vestidos (endyma) como ovelhas (probaton). Estas duas palavras fazem parte do vocabulário preferido de Mateus: Ele usa o termo endyma para dizer que as roupas são necessidade básica (Mt 6.25,28) e para identificar especificamente especificamente as pessoas que usam vestuário exclusivo como parte do Reino de Deus (Mt 3.4; 22.11,12; veja também Mt 28.2,3); ele usa o termo probaton para descrever os eleitos ou o povo de Israel (e.g., Mt 10.6; 15.24; 25.32,33). Neste ponto Jesus enfatiza que às vezes os falsos profetas não podem ser discernidos só por palavras ou ações. Embora façam grandiosos milagres (Mt 7.22), podem ser falsificações.
O Evangelho de Mateus torna o fruto dos profetas a verdadeira prova de tais ministérios. O caráter é essencial. O evangelista comenta muitas vezes o tema de árvores boas e ruins e seus frutos; seu interesse em produzir justiça o compele a repetir o tema. [...] Em Mateus 12.33,35 Jesus une a acusação dos fariseus (de que Ele faz o bem pelo poder do mal) com dar maus frutos e a chama de blasfêmia contra o Espírito Santo" (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.61).


CONCLUSÃO

O alerta do Mestre é válido para todos os seus seguidores em qualquer tempo e em qualquer lugar, pois enquanto estivermos vivendo sob o regime desse mundo pecaminoso, estamos sujeitos a ser enganados pelos falsos profetas. Portanto, atentemos para a fórmula ensinada pelo Senhor para os identificarmos, pois ela continua válida.


Hora da revisão



Qual é o ardil do falso profeta?

Se passar por ovelha.


Os frutos (ações) servem como formas de identificarmos o quê? 

O caráter.


De acordo com o Antigo Testamento, a realização de um prodígio, ou sinal, era suficiente para ter alguém como profeta verdadeiro?

Não, antes era a sua devoção, respeito e reverência a Deus é o que contavam.


Por que a árvore boa tem o dever de gerar bons frutos?

A árvore boa tem o dever de gerar bons frutos (Lc 3.8-14), pois essa é a sua natureza.


A preocupação do Mestre em relação ao exemplo dos falsos profetas tinha uma razão de ser. Qual era?

O mau exemplo "ensina" mais eficazmente que as palavras (Mt 23.1-39).





Aula ministrada pelo professor Pr. Edvaldo Bueno (Igreja AD ministério Belém em Paulínia/SP)











Aula ministrada pelos Professores da Igreja AD em Criciúma - SC
 Acesse (www.adcriciuma.com.br)









Aula ministrada pelo professor Gabriel Raso



Nenhum comentário:

Postar um comentário