Fé na Bíblia ou fé no Magistério? - Se Liga na Informação





Fé na Bíblia ou fé no Magistério?

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A Igreja Católica Romana está dividida entre o Magistério, constituído pelo clero, e os leigos que são os crentes comuns. Os leigos estão obrigados a acreditar no que o Magistério ensina. Esta situação cria uma bizarria epistemológica na relação entre leigos e Magistério. Porque o leigo vê os ensinos do Magistério como leis a ser obedecidas juridicamente. Em questões do âmbito da «verdade» isto redunda no absurdo de para um leigo a verdade ser estabelecida «por decreto» do Magistério. Os leigos estão como num estado de niilismo filosófico. A única forma de chegarem ao conhecimento de uma verdade em questões de fé é através do ensino do Magistério.

No caso particular da Bíblia é comum os leigos católicos, aqueles doutrinados pelos sites de apologética católica, dizerem que acreditam na Bíblia porque a “Igreja”, leia-se Magistério Romano, manda acreditar na Bíblia, ou que acreditam na inspiração da Bíblia porque o Magistério diz que os livros da Bíblia são inspirados, só e apenas por isto. Na cosmovisão de um leigo não há outra forma de dar crédito à Bíblia ou de saber que a Bíblia é inspirada por Deus a não ser «por decreto» do Magistério. Ou seja, a confiabilidade e a inspiração da Bíblia é estabelecida «por decreto».

Estamos, portanto, perante uma situação epistemologicamente bizarra que conduz a uma equivocada visão do que é a Bíblia por parte do leigo.

A Bíblia não é um documento legal emitido por uma autoridade eclesiástica, que confere «por decreto» autoridade àqueles determinados livros que doutra forma não a teriam, e a que se tem que obedecer por força de lei.

Não, a Bíblia são relatos históricos, ensinamentos e testemunhos de vários autores transmitidos ao longo de gerações e que nós recebemos e, aos quais podemos dar crédito ou não - sim, podemos, a razão e os sentidos ajudam-nos a discernir a verdade e a dar passos de fé, o niilismo filosófico não é cristão. Uma vez dado crédito ao conteúdo da Bíblia, segue-se logicamente que temos de considerá-la como inspirada por Deus, porque ela mesma reclama ser de origem divina. A seguir, a experiência pessoal e o testemunho do Espírito Santo no crente também lhe confirmam a sua inspiração divina.

Portanto, para o crente na Bíblia, ela tem uma autoridade intrínseca que vem do seu autor e não depende de sanção humana em geral nem eclesiástica em particular.

Podemos observar na vida real, que quando uma pessoa recebe uma Bíblia, ela vai considerá-la autorizada ou não, na medida em que achar o seu conteúdo confiável, e segundo o que ela vai experimentar através dela na sua vida, e não porque um grupo qualquer no passado, que ela nem conhece, «decretou» que a Bíblia tem autoridade e é inspirada por Deus. Seria realmente absurdo que tal pessoa acreditasse que a Bíblia tem autoridade e é inspirada por Deus só e por este motivo. Implicaria acreditar que a verdade se estabelece «por decreto».

Em suma, a autoridade da Bíblia é independente da autoridade Igreja. Ser verdadeira é a única condição necessária e suficiente para a Bíblia ter autoridade. É a verdade que é autoritativa e obriga.

Os cristãos devem confessar a Bíblia, exercer fé nela e proclamar a sua verdade, e não confessar, exercer fé e proclamar a verdade de um magistério eclesiástico autossubsistente.

FONTE: http://conhecereis-a-verdade.blogspot.com.br

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