Escola Bíblica Dominical: A Superioridade de Jesus em relação a Moisés - Se Liga na Informação





Escola Bíblica Dominical: A Superioridade de Jesus em relação a Moisés

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TEXTO ÁUREO

"Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou." (Hb 3.3)



VERDADE PRÁTICA

Cristo em tudo foi superior a Moisés na Casa de Deus, pois enquanto o legislador hebreu foi um mordomo, o Salvador foi o dono.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Hebreus 3.1-19

1 - Pelo que, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão,
2 - sendo fiel ao que o constituiu, como também o foi Moisés em toda a sua casa.
3 - Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou.
4 - Porque toda casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é Deus.
5 - E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar;
6 - mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim.
7 - Portanto, como diz o Espírito Santo, se ouvirdes hoje a sua voz,
8 - não endureçais o vosso coração, como na provocação, no dia da tentação no deserto,
9 - onde vossos pais me tentaram, me provaram e viram, por quarenta anos, as minhas obras.
10 - Por isso, me indignei contra esta geração e disse: Estes sempre erram em seu coração e não conheceram os meus caminhos.
11 - Assim, jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso.
12 - Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo.
13 - Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado.
14 - Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim.
15 - Enquanto se diz: Hoje, se ?ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração, como na provocação.
16 - Porque, havendo-a alguns ouvido, o provocaram; mas não todos os que saíram do Egito por meio de Moisés.
17 - Mas com quem se indignou por quarenta anos? Não foi, porventura, com os que pecaram, cujos corpos caíram no deserto?
18 - E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, senão aos que foram desobedientes?
19 - E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade.


HINOS SUGERIDOS:

295, 396, 620 da Harpa Cristã


INTERAGINDO COM O PROFESSOR

A Antiga Aliança apresenta Moisés como "apóstolo", isto é, o mensageiro de Deus da Aliança com o povo de Israel, e o seu irmão Arão, como sumo sacerdote do povo de Deus, respectivamente. Essa dispensação deu lugar a uma nova ordem, a um novo concerto em que Cristo Jesus se apresenta como executor desses dois ofícios. Agora, Ele é o apóstolo da Nova Aliança e o Sumo Sacerdote perfeito. Essa verdade é que permeia toda a lição.


COMENTÁRIO


INTRODUÇÃO
O autor dá início ao capítulo três fazendo um contraste entre Moisés e Cristo. Ele estava consciente da grande estima que seus compatriotas tinham pela figura do grande legislador hebreu, Moisés. Em nenhum momento desse contraste o autor deprecia a pessoa de Moisés, mas sempre o coloca como um homem fiel a Deus na execução de sua obra. Entretanto, mesmo tendo assumido a grande missão de conduzir o povo rumo à Terra Prometida, Moisés não poderia se equiparar a Jesus, o Autor da nossa fé. O contraste entre Moisés e Cristo é bem definido: Moisés é visto como um administrador da casa, Jesus como Edificador; Moisés é retratado como servo, Jesus como Filho; Moisés foi enviado em uma missão terrena, Jesus numa missão celestial, eterna.


I - UMA TAREFA SUPERIOR



1. Uma vocação superior.
O autor introduz a seção vv.1-6 tomando como ponto de partida o que havia dito anteriormente - Jesus era o autor e mediador da nossa salvação (Hb 2.14-18). Tomando por base esse conhecimento, seus leitores, a quem ele chama afetuosamente de irmãos santos, deveriam ficar atentos ao que seria dito agora (Hb 3.1). Eles não eram apenas um povo nômade pelo deserto escaldante à procura da Terra Prometida, mas herdeiros de uma vocação celestial. Eles deveriam se lembrar de quem os fez aptos e idôneos dessa vocação. Nesse aspecto, os leitores de Hebreus a Moisés, a quem coube a missão de conduzir o povo à Canaã terrena.


2. Uma missão superior.
O autor pela primeira vez usa a palavra apóstolo em relação a Jesus (Hb 3.1). A palavra apóstolo se refere a alguém que é comissionado como um representante autorizado. Não havia dúvida de que Moisés havia sido um enviado de Deus em uma missão, todavia, ele não foi o "apóstolo da grande salvação". A missão de Moisés foi tirar o povo de dentro do Egito e conduzi-lo à Terra Prometida, mas a missão de Jesus é a de conduzir a Igreja à Canaã celestial. A missão mosaica era daqui, a Canaã terrena; a missão de Jesus possuía uma vocação celestial. Cristo não foi apenas um enviado em uma missão, mas acima de tudo, o apóstolo da nossa confissão, alguém com autoridade na missão de nos conduzir ao destino eterno.




3. Uma mediação superior.
Depois de afirmar que Jesus era "o apóstolo", o autor também diz que Ele é o "sumo sacerdote da nossa confissão". Jesus era superior a Moisés, não apenas em relação à missão, mas também em relação à função que exercia. O autor fará um contraste mais detalhado entre o sacerdócio de Cristo e o araônico mais adiante, mas aqui os crentes deveriam ter em mente que a mediação de Jesus era em tudo superior ao sistema mosaico e levítico. Cristo era o mediador da nossa confissão. A palavra "confissão" traduz o termo original homologia, que tem o sentido primeiro de "concordância". Quando confessamos Jesus como Salvador, concordamos que Ele em tudo tem a primazia. Ele é o Senhor. Ele é maior do que tudo e do que todos; Ele, e somente Ele, é a razão do nosso viver.


SUBSÍDIO DIDÁTICO

Prezado(a) professor(a), inicie a aula desta semana fazendo as seguintes perguntas:
a) O que Moisés representou para o povo de Israel?
b) Qual foi o papel de Moisés no estabelecimento da Antiga Aliança de Deus com o seu povo?
c) Por que Moisés é uma autoridade respeitada na história de Israel?
Ouça as respostas dos alunos e em seguida faça um resumo abordando as respostas das três perguntas a fim de amarrar as informações. A ideia dessa atividade é familiarizar a classe com Moisés a fim de, a partir da importância dele para o povo judeu, destacar a magnitude de Jesus Cristo como o mediador da Nova Aliança.


CONHEÇA MAIS

*A possibilidade de não chegar ao fim da caminhada
"O livro de Hebreus considera a possibilidade de permanecer firme na fé ou de abandoná-la como uma escolha real, que deve ser feita por cada um dos leitores; o autor ilustra as consequências da segunda opção referindo-se à destruição dos hebreus rebeldes no deserto após sua gloriosa libertação do Egito." Leia mais em "COMENTÁRIO Bíblico Pentecostal Novo Testamento", CPAD, p.1557-59. 


II - UMA AUTORIDADE SUPERIOR



1. Construtor, não apenas administrador.
O autor destaca que tanto Moisés como Jesus foram fiéis na "casa de Deus" (Hb 3.2). Eles foram fiéis na missão que lhes foram confiada. Isso mostra o apreço que o autor possuía pelo legislador hebreu. Todavia, ao se referir a Jesus, o autor usa a palavra grega aksioô, traduzida como "digno", "valor", "mérito". Duas coisas precisam ser destacadas no uso desse vocábulo pelo autor. Primeiramente ele quer mostrar que o mérito de Jesus era maior do que o de Moisés. Nosso Senhor era o construtor do edifício, da casa de Deus, e não apenas o mordomo, como fora Moisés. Os crentes precisavam enxergar isso e, assim, valorizarem mais a sua salvação. Por outro lado, ao usar o pretérito perfeito (tempo verbal grego), ele demonstra que a glória de Moisés era desvanecente, enquanto a de Jesus era permanente.


2. O perigo de ver, mas não crer.
"[...] E viram, por quarenta anos, as minhas obras" (Hb 3.9). Erra quem pensa que só acredita quem vê. Parece que quem muito vê, menos acredita. Acaba ficando acostumado com o sobrenatural. Para algumas pessoas o sobrenatural se "naturaliza". É exatamente isso que aconteceu no deserto e era especificamente isso que acontecera com a comunidade dos primeiros leitores de Hebreus. Tanto Moisés como Jesus foram poderosos em obras, mas isso não era suficiente para segurar os crentes. É preocupante quando o cristão se acostuma com o sobrenatural e nada mais parece impactá-lo ou sensibilizá-lo.


3. O perigo de começar, mas não terminar.
"Estes sempre erram em seu coração e não conheceram os meus caminhos" (Hb 3.10b). Com essas palavras o autor mostra o perigo de começar, mas não chegar; de andar, mas se desviar. Alguns do antigo povo de Deus haviam começado bem, mas terminado mal. Muitos caíram pelo caminho, desistiram da estrada. O mesmo risco estava ocorrendo com os cristãos neotestamentários - haviam começado bem, mas corriam o risco de caírem e perderem a fé. Esse alerta é para nós hoje! Como está a tua fé?


SUBSÍDIO TEOLÓGICO

"[...] Pedro apresenta Jesus como o Profeta semelhante a Moisés (vv.22,23). Moisés havia declarado: 'O SENHOR, teu Deus, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis' (Dt 18.15). Seria natural dizer que Josué cumpriu essa profecia. Josué, o seguidor de Moisés, realmente veio depois deste e foi um grande libertador de seu tempo. Surgiu, porém, outro Josué (na língua hebraica, os nomes Josué e Jesus são idênticos). Os cristãos primitivos reconheciam Jesus como o derradeiro cumprimento da profecia de Moisés.
No final do capítulo (vv.25,26), Pedro lembra aos ouvintes a aliança com Abraão, muito importante para se entender a obra de Cristo: 'Vós sois os filhos dos profetas e do concerto que Deus fez em nossos pais, dizendo a Abraão: Na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra. Ressuscitando Deus a seu Filho Jesus, primeiro o enviou a vós, para que nisso vos abençoasse, e vos desviasse, a cada um, das vossas maldades'. Claro está que, agora, é Jesus quem traz a bênção prometida e cumpre a aliança com Abraão - e não apenas a Lei dada por meio de Moisés" (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp.307,08).


III - UM DISCURSO SUPERIOR



1. O perigo de ouvir, mas não atender.
Seguindo a redação da Septuaginta (tradução grega da Bíblia Hebraica), o autor cita o Salmo 95.7-11 para trazer uma série de advertências. Se o povo de Deus no Antigo Pacto precisou ser exortado, maior exortação precisava os que tinham maiores promessas. Primeiramente havia o perigo de ouvir e não atender (Hb 3.7,8). No passado, o povo de Deus tinha ouvido a mensagem divina; entendido, mas não atendido! O mesmo erro estava se repetindo. O Espírito Santo, falando profeticamente pela boca do salmista, advertia os o leitores para que seus corações não se endurecessem. É um apelo atual, porque o povo de Deus muitas vezes demonstra ser tardio para ouvir.


2. A humilhação do servo.
A humilhação de Jesus teve início com o esvaziamento de sua glória para tomar a forma de servo e culminou com o sofrimento na cruz (Fp 2.7,8). Sua humilhação está relacionada aos seus sofrimentos, como o ser perseguido, desprezado pelas autoridades, discriminado (Jo 1.46), silenciado diante de seus acusadores, açoitado impiedosamente, injustamente julgado diante de Pilatos e Caifás e, finalmente, crucificado e morto. Assim se cumpriu cada detalhe da profecia a respeito do Servo Sofredor (Is 53).


3. O exemplo a ser seguido.
Quando andou na Terra, Jesus nos ofereceu o melhor exemplo, fazendo a vontade do Pai e amando o próximo com um amor sem igual (Jo 4.34; Lc 4.18,19). Logo, a partir da vida do Salvador, somos estimulados a priorizar o Reino de Deus, a pessoa do Altíssimo em todas as áreas de nossa vida, não permitindo que nada tome o seu lugar em nosso coração. Assim, somos instados a amar o próximo na força do mesmo amor que o Pai tem por nós (Mc 12.30,31).


SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

"SE OUVIRDES HOJE A SUA VOZ Citando Salmos 95.7-11, o escritor se refere à desobediência de Israel no deserto, depois do êxodo do Egito, como advertência aos crentes sob o novo concerto. Porque os israelitas deixaram de resistir ao pecado e de permanecer leais a Deus, foram impedidos de entrar na Terra Prometida (ver Nm 14.29-43; Sl 95.7-10). Semelhantemente, os crentes do Novo Testamento devem reconhecer que eles, também, podem ficar fora do repouso divino, se forem desobedientes e deixarem que seus corações se endureçam.
NÃO ENDUREÇAIS O VOSSO CORAÇÃO
O Espírito Santo fala conosco a respeito do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11; Rm 8.11-14; Gl 5.16-25). Se formos indiferentes à sua voz, nossos corações se tornarão cada vez mais duros e rebeldes a ponto de se tornarem insensíveis à Palavra de Deus ou aos apelos do Espírito Santo (v.7). A verdade e o viver em retidão já não serão prioridades nossas. Cada vez mais, buscaremos prazer nos caminhos do mundo e não nos caminhos de Deus (v.10). O Espírito Santo nos adverte que Deus não continuará a insistir conosco indefinidamente se endurecermos os nossos corações por rebeldia (vv.7-11; Gn 6.3). Existe um ponto do qual não há retorno (vv.10,11; 6.6; 10.26)" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1902).


CONCLUSÃO

Ao mostrar a superioridade de Jesus sobre Moisés, o autor da Carta aos Hebreus não tencionava exaltar o primeiro e desprezar o segundo, mas pôr em relevo a obra do Calvário, bem como esclarecer como os crentes devem valorizá-la. Ora, se Moisés que não era divino, que não se deu sacrificalmente em lugar de ninguém, merecia ser ouvido, então por que Jesus, o Filho do Deus bendito, Senhor da Igreja e superior aos anjos, não merecia reconhecimento ainda maior?


PARA REFLETIR

A respeito da Superioridade de Jesus em relação a Moisés, responda:


Qual o ponto de partida para o autor aos Hebreus introduzir o assunto sobre a vocação superior de Jesus?

Que Jesus era o autor e mediador da nossa salvação (Hb 2.14-18).


Em que concordamos quando confessamos Jesus como Salvador?

Quando confessamos Jesus como Salvador, concordamos que Ele em tudo tem a primazia. Ele é o Senhor. Ele é maior do que tudo e do que todos; Ele e somente Ele é a razão do nosso viver.


O que devemos destacar quando o autor usa aksioô, isto é, "digno", "valor" e "mérito"?

Diferente de Moisés, o mérito de Jesus era maior e sua glória era permanente.


Se Moisés foi um ministro de Deus no culto da congregação do deserto, o que foi Jesus?

O ministro da Igreja, o povo de Deus na Nova Aliança, "a qual casa somos nós" (Hb 3.6).


Qual risco corria os cristãos neotestamentários?

O perigo de ouvir, mas não atender, o perigo de ver, mas não crer e o perigo de começar, mas não terminar.


INTRODUÇÃO

 Os crentes destinatários da epístola, são chamados de “santos”, e devem, por serem participantes da “vocação celestial”, considerar Jesus não apenas como apóstolo (um enviado de Deus), mas também Sumo Sacerdote, ao qual devem confessar suas dificuldades. Se Moisés foi fiel em seu ministério, Jesus muito mais, pois foi o autor, não somente do ministério, mas também da família de Moisés. O Grande Libertador dos hebreus, por ser homem, não pôde ser perfeito. Entretanto, Jesus deu-nos o exemplo de irrefutável perfeição.
O sacro escritor relembra a seus leitores que o povo de Israel peregrinara no deserto por muitos anos, por não ter ouvido a voz de Deus através de Moisés, e roga-os que não ajam da mesma forma, endurecendo seus corações às ordens divinas.
A expressão “Por isso, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão”, Hebreus 3:1 — marca a transição dos capítulos precedentes (1 e 2) para os outros dois que imediatamente os seguem (3 e 4). Essa transição deixa subentendido tudo o que foi dito nos capítulos anteriores acerca da superioridade de Cristo sobre os anjos, Mesmo no Seu estado encarnado, e lança também o alicerce da superioridade de Cristo sobre Moisés, o mediador da antiga dispensação e o “fundador” da teocracia terrena.

I. UMA TAREFA SUPERIOR 

Por causa da grande importância de Moisés como legislador, uma comparação entre ele e Jesus teria sido de grande relevância para os cristãos judeus bem como para os cristãos gentios, mas especialmente para aqueles. O escritor demonstra que a posição de Moisés como servo era muito inferior à posição de Jesus como Filho. Além disto, a despeito da sua grandeza, Moisés nunca conseguiu sua intenção de levar os israelitas para a terra prometida; este fato, também, está em forte contraste com a obra completa de Cristo, que é fortemente ressaltada mais tarde na Epístola. 
Vejamos os aspectos da superioridade de Cristo sobre Moisés. 

Exemplos de semelhanças: 

   •    Moisés livrou o povo da escravidão do Egito;
   •    Jesus livrou o homem da escravidão do pecado.
   •    Moisés foi o intermediário entre Deus e o povo;
   •    Jesus é o mediador entre Deus e o homem.
   •    Moisés instituiu o sistema levítico;
   •    Jesus inaugurou o sistema da graça.


Exemplos de diferenças:

   •    Cristo é Deus; Moisés apenas conhecia a Deus.
   •    Cristo é Filho de Deus; Moisés foi apenas servo.
   •    Cristo estabeleceu a “casa” da qual Moisés era apenas uma parte (3.3).

Poucas pessoas nas Escrituras tiveram estes três papéis: profeta, sacerdote, e líder. Moisés foi um homem assim, e foi honrado pelos judeus. Moisés foi fiel, e toda a sua casa (de Deus) lhe foi confiada (veja também Nm 12.7). A vida e os escritos de Moisés atestam  a sua fidelidade. Para o povo judeu, Moisés foi um grande herói; ele havia liderado os seus antepassados, os israelitas, da servidão do Egito até a fronteira da Terra Prometida. Ele foi o profeta através do qual Deus entregou a lei, e ele tinha escrito os cinco primeiros livros do Antigo Testamento. E muito provável que a expressão “toda a sua casa” se refira ao povo escolhido de Deus, no meio do qual Moisés exerceu o seu ministério.

 Os cristãos de origem judaica respeitavam Moisés como um dos maiores mensageiros de Deus. A fim de mostrar que Cristo era superior à antiga aliança, o escritor tanto comparou como contrastou Jesus e Moisés. Por causa da fidelidade de Moisés, ele é digno de grande honra. Porém, até mesmo o grande líder Moisés está longe de ser igual a Cristo. Através de Moisés, o líder que entregou a lei. Deus deu a antiga aliança. Mas ela foi meramente uma sombra daquilo que estava por vir (10.1). Moisés foi um intermediário, o líder e intercessor do povo (veja Êx 32.11; 14.13); ele não poderia salvar a alma das pessoas. Jesus realizou a nova aliança, pela qual a salvação poderia ser oferecida a todos os que crêem.

A palavra “confissão”, usada no texto em foco no  versículo 1 do capitulo 3 ,exprime duas idéias importantes para o cristianismo.

1 — Ela traz o sentido da formalidade de um voto, de um acordo legal, indicando, no vocabulário cristão, a solene lealdade que os homens devem a Cristo como seu Senhor e Salvador. Doravante, sempre envolverá mais do que mera aceitação de um credo, de uma confissão de determinadas doutrinas ou decretos preestabelecidos. Em sentido elementar, mas espiritual, é a 

2 — Em sentido litúrgico, isso traz em si a idéia de um confessionário, onde o pecador arrependido busca perdão para seus pecados. No caso dos santos, esse confessionário são os pés de nosso Senhor Jesus Cristo. Jesus foi constituído por Deus como “... apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão”. Diante dele: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (I Jo 1.9). 

A Base da Superioridade de Cristo (3.2-6a)

a) Uma nomeação superior (3.2). A ênfase neste versículo não deveria ser colocada no fato de que Jesus foi fiel, mas no fato de que Deus o constituiu, i.e., o tinha “constituído” Apóstolo e Sacerdote do programa redentor. Moisés também foi fiel em toda a sua casa (casa de Deus, não a de Moisés — veja Números 12.7), mas sua constituição foi para um ofício inferior na economia divina. No que diz respeito à fidelidade, Hebreus concede honra igual a Moisés, mas isso não ocorre em relação à posição ou função.

b) Uma dignidade superior (3.2-6a). A constituição de Cristo como Apóstolo e Sumo Sacerdote foi justificada pela identidade da sua pessoa: seu relacionamento com a casa de Deus era a de um Edificador, não de administrador; e por “edificador” entende-se não somente o contratante ou operário, mas o autor, aquele que provê a casa, como dono, arquiteto, investidor, construtor e fornecedor, tudo em uma única pessoa. Portanto, Jesus é intrinsecamente tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, exatamente da mesma maneira e com o mesmo grau quanto maior honra (maior dignidade) do que a casa tem aquele que a edificou (3).

 II. UMA AUTORIDADES SUPERIOR 

Em Hebreus 3.3. O escritor sagrado retoma aqui nesta passagem o mesmo sentimento que já expressara antes no versículo 9 do capítulo anterior, quando afirma: “Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte...” Deus exaltou seu Filho acima de qualquer poder ou autoridade, porquanto sua glorificação foi suprema. “O qual está à destra de Deus, tendo subido ao céu, havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as potências” (I Pe 3.22). 



O termo casa não pode ser diluído para incluir “mercenários” ou partidários não regenerados da fé. Seu significado é semelhante à Igreja como corpo de Cristo e, em certo sentido, ao Reino; mas suas notas centrais são família e governo. E a família — ou nova raça — do povo de Deus governado por Deus, o Pai, e Cristo, o Filho. Não é possível simplesmente aderir a ela, mas é possível nascer nela por meio de um segundo nascimento (cf. G16.10; Ef 2.19; 1 Pe 2.1-10). A declaração a qual casa somos nós claramente reconhece o estado regenerado dos hebreus, os destinatários desta epístola.

Qualquer tributo feito a uma casa é uma honra concedida a seu edificador. Aqui, a casa é claramente “a família de Deus” (Ef 3.14,15). Por inferência, Moisés fazia parte dessa família. Mas o construtor (cf. Hb 1.2) é Deus, que opera por meio do Filho. 
Cristo é o Senhor da Igreja, que é a sua casa, mas é também seu “fundador e edificador”. Esta casa é chamada de “casa de Deus”, porque do ponto de vista divino, ela é a Igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade, de acordo com aquilo que declara Paulo e também outras declarações similares do Novo Testamento (cf. I Tm 3.15).
 Deus é declarado nas Escrituras como sendo o grande e admirável construtor do universo. Este conceito se aplica tanto ao universo físico como ao universo espiritual. Contudo, o argumento aqui em foco diz respeito à edificação de um edifício espiritual. Como casa de Deus, a Igreja também é a habitação do Espírito Santo de Deus, coletivamente falando. 

Tal como nos tempos da Antiga Aliança, o templo era considerado o lugar onde Ele manifestava a sua presença. Portanto, é evidente que a Igreja é sua própria casa: “A qual casa somos nós” (Hb 3.6; I Pe 2.5). Assim, cada ser humano que tem um encontro com Jesus torna-se uma casa “varrida e adornada”, edificada “... para morada de Deus no Espírito” (Lc 11.24,25; Ef 2.22), cumprindo-se assim as palavras de Jesus, quando disse: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada” (Jo 14.23).

“onde vossos pais me tentaram, me provocaram e viram, por quarenta anos, as minhas obras. (Hb 3.9).

Os termos “Massá” e “Meribá” surgiram diante da rocha em Horebe, quando Israel se encontrava acampado em Refidim, “... e não havia ali água para o povo beber. Então, contendeu o povo com Moisés e disse: Dá-nos água para beber”. 

Em resposta a esta necessidade, seguida por provocação do povo contra Moisés e contra Deus, o Senhor disse a Moisés: “Eis que eu estarei ali diante de ti sobre a rocha, em Horebe, e tu ferirás a rocha, e dela sairão águas, e o povo beberá. E Moisés assim o fez, diante dos olhos dos anciãos de Israel. E chamou o nome daquele lugar Massá e Miribá, por causa da contenda dos filhos de Israel, e porque tentaram ao Senhor, dizendo: Está o Senhor no meio de nós, ou não?” (Êx 17.1,6,7, ênfase do autor) 

Os nomes próprios empregados naquela passagem — “Massá” e “Meribá” — levam alguns estudiosos a essa interpretação. Massá” significa “tentação”, ao passo que “Meribá” significa “provocação”. Tais atos abusivos à santidade divina levaram ao juramento pronunciado por Deus contra o povo: “... não entrarão no meu repouso” (SI 95.11). 

III. UM DISCURSO SUPERIOR 

 Os Versículos que se segue corresponde a Uma admoestação à fidelidade (3.7-19). A natureza condicional da nossa participação em Cristo é citada duas vezes neste capítulo (v.6 e v.14), seguida pela mesma passagem do AT (SI 95.7-11).
Como diz o Espírito Santo (7) — observe a importante doutrina da inspiração inferida aqui. O autor não está sozinho em declarar seu perigo, porque o Espírito Santo já deu a advertência exata nas Escrituras dos leitores. Não era somente para aquela geração, porque seu princípio é eterno. Quando Deus fala, os homens são livres para obedecer ou endurecer o coração; quando endurecem o coração, Deus os rejeita e eles perdem sua oportunidade. Os cristãos hebreus estão sendo lembrados que em sua própria história nacional há uma triste demonstração deste princípio. 

O autor vê grande significado na frase: durante o tempo que se chama Hoje. Ele volta a citá-la na sua exegese do versículo 15 e em 4.7. Ele, evidentemente, entende Hoje como sendo o “dia da oportunidade” — um período de provação — para a decisão moral, que Deus deu aos israelitas sob a liderança de Moisés e que agora oferece em Cristo. 
Ele está dizendo aos Hebreus: Enquanto a porta estiver aberta e as opções da intervenção moral ainda estiverem favoráveis, exortai-vos uns aos outros todos os dias, porque virá o tempo quando o Hoje terá passado para sempre.

“Portanto, como diz o Espírito Santo, se ouvirdes hoje a sua voz, Não endureçais o vosso coração, como na provocação, no dia da tentação no deserto” (Hb 3.7,8).

Você já resistiu à voz do Espírito Santo alguma vez na em sua vida?

Resistir à voz de Deus tem sido a prática de muitos em nosso meio, que semelhantemente aos hebreus no deserto, tornaram-se insensíveis e desobedientes aos preceitos do Todo-Poderoso: habituaram-se com as bênçãos, sem contudo, reverenciar, obedecer e servir ao Doador e Provedor de todos os benefícios. Ouvir a voz de Deus e abster-se do mal são procedimentos de um coração bom e fiel. O Senhor está sempre pronto para agraciar seu povo com o suficiente “maná diário”, garantindo sobrevivência e crescimento espiritual. Podemos estar certos de que não pereceremos no “deserto desta vida”; nossa jornada culminará na prometida Canaã celestial.
O perigo que esta exortação diária procura afastar é que nenhum deles se endureça pelo engano do pecado. Este endurecimento é uma obstinação, uma disposição de ânimo teimosa, que está bem próxima de cada cristão que permite, por meio de um coração duvidoso, afastar-se da lealdade e amor pessoal a Jesus.  sua criação da servidão que o pecado lhe impôs. E em lugar da servidão que coloca sua criação num estado triste e inativo, estabelecerá seu Reino eterno de poder e glória, que terá início no Milênio e continuará por toda a eternidade (cf. Rm 8.18-23; 2 Pe 3.13).

CONCLUSÃO

“Havendo declarado o pensamento central do sacerdócio de Cristo, e antes de desenvolvê-lo nos capítulos 5 a 7, o autor interrompe o assunto, a fim de estabelecer, sob outro ponto de vista, a superioridade do Novo Concerto sobre o Antigo. Ele já demonstrou que Cristo é superior aos anjos, os mediadores espirituais da Lei; agora demonstra que também é superior a Moisés, o homem que promulgou a Lei. O autor, ao abordar o assunto, emprega a expressão ‘o mundo futuro’, ou ‘o século que há de vir’ (2.5; 6.5) — que no grego é cukoumenen (literalmente ‘o mundo vindouro habitado’). Ele se refere ao reino de Deus que será estabelecido entre os habitantes da Terra.
Isso leva, naturalmente, à comparação entre os fundadores da velha teocracia judaica, sob Moisés e Josué, e Jesus, do novo Reino. A posição de Moisés para com o sistema judaico torna necessário o argumento, porque os cristãos hebreus estavam confusos sobre esse ponto.

O ponto de comparação, no versículo 2, prende-se ao fato de que tantos Moisés como Cristo se ocuparam da administração de economia divina: aquele, sob a velha ordem da Lei; este, sob a nova ordem da graça de Deus, tendo ambos cumprido fielmente suas responsabilidades. Mas o autor apresenta em seguida uma série de contrastes que demonstram a glória muito superior de Jesus.” (Comentário Bíblico Hebreus, CPAD, págs. 129-131). 

OBRAS CONSULTADA

Comentário Bíblico Hebreus CPAD, págs. 129-131.
Comentário Bíblico Belcon  Hebreus e Apocalipse CPAD.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal Vol.2 cpad.
Série Cultura Bíblica Hebreus Donald Guthrie, Mundo Cristão.  
Comentário Bíblico Pentecostal. Volume 1. 1ª Edição. RJ: CPAD.

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LIÇÃO 03 - A SUPERIORIDADE DE JESUS EM RELAÇÃO A MOISÉS




TEXTO ÁUREO
"Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou." (Hb 3.3)




VERDADE PRÁTICA
Cristo em tudo foi superior a Moisés na Casa de Deus, pois enquanto o legislador hebreu foi um mordomo, o Salvador foi o dono.






Hebreus 3.1-19
1 - Pelo que, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão,
2 - sendo fiel ao que o constituiu, como também o foi Moisés em toda a sua casa.
3 - Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou.
4 - Porque toda casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é Deus.
5 - E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar;
6 - mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim.
7 - Portanto, como diz o Espírito Santo, se ouvirdes hoje a sua voz,
8 - não endureçais o vosso coração, como na provocação, no dia da tentação no deserto,
9 - onde vossos pais me tentaram, me provaram e viram, por quarenta anos, as minhas obras.
10 - Por isso, me indignei contra esta geração e disse: Estes sempre erram em seu coração e não conheceram os meus caminhos.
11 - Assim, jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso.
12 - Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo.
13 - Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado.
14 - Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim.
15 - Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração, como na provocação.
16 - Porque, havendo-a alguns ouvido, o provocaram; mas não todos os que saíram do Egito por meio de Moisés.
17 - Mas com quem se indignou por quarenta anos? Não foi, porventura, com os que pecaram, cujos corpos caíram no deserto?
18 - E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, senão aos que foram desobedientes?
19 - E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade.





INTRODUÇÃO


O autor dá início ao capítulo três fazendo um contraste entre Moisés e Cristo. Ele estava consciente da grande estima que seus compatriotas tinham pela figura do grande legislador hebreu, Moisés. Em nenhum momento desse contraste o autor deprecia a pessoa de Moisés, mas sempre o coloca como um homem fiel a Deus na execução de sua obra. Entretanto, mesmo tendo assumido a grande missão de conduzir o povo rumo à Terra Prometida, Moisés não poderia se equiparar a Jesus, o Autor da nossa fé. O contraste entre Moisés e Cristo é bem definido: Moisés é visto como um administrador da casa, Jesus como Edificador; Moisés é retratado como servo, Jesus como Filho; Moisés foi enviado em uma missão terrena, Jesus numa missão celestial, eterna.





I - UMA TAREFA SUPERIOR


1. Uma vocação superior. O autor introduz a seção vv.1-6 tomando como ponto de partida o que havia dito anteriormente - Jesus era o autor e mediador da nossa salvação (Hb 2.14-18). Tomando por base esse conhecimento, seus leitores, a quem ele chama afetuosamente de irmãos santos, deveriam ficar atentos ao que seria dito agora (Hb 3.1). Eles não eram apenas um povo nômade pelo deserto escaldante à procura da Terra Prometida, mas herdeiros de uma vocação celestial. Eles deveriam se lembrar de quem os fez aptos e idôneos dessa vocação. Nesse aspecto, os leitores de Hebreus não deveriam ter dúvida alguma de que Jesus, como Aquele que os conduzia ao destino eterno, era em tudo superior a Moisés, a quem coube a missão de conduzir o povo à Canaã terrena.




2. Uma missão superior. O autor pela primeira vez usa a palavra apóstolo em relação a Jesus (Hb 3.1). A palavra apóstolo se refere a alguém que é comissionado como um representante autorizado. Não havia dúvida de que Moisés havia sido um enviado de Deus em uma missão, todavia, ele não foi o "apóstolo da grande salvação". A missão de Moisés foi tirar o povo de dentro do Egito e conduzi-lo à Terra Prometida, mas a missão de Jesus é a de conduzir a Igreja à Canaã celestial. A missão mosaica era daqui, a Canaã terrena; a missão de Jesus possuía uma  vocação celestial. Cristo não foi apenas um enviado em uma missão, mas acima de tudo, o apóstolo da nossa confissão, alguém com autoridade na missão de nos conduzir ao destino eterno.



3. Uma mediação superior. Depois de afirmar que Jesus era "o apóstolo", o autor também diz que Ele é o "sumo sacerdote da nossa confissão". Jesus era superior a Moisés, não apenas em relação à missão, mas também em relação à função que exercia. O autor fará um contraste mais detalhado entre o sacerdócio de Cristo e o araônico mais adiante, mas aqui os crentes deveriam ter em mente que a mediação de Jesus era em tudo superior ao sistema mosaico e levítico. Cristo era o mediador da nossa confissão. A palavra "confissão" traduz o termo original homologia, que tem o sentido primeiro de "concordância". Quando confessamos Jesus como Salvador, concordamos que Ele em tudo tem a primazia. Ele é o Senhor. Ele é maior do que tudo e do que todos; Ele, e somente Ele, é a razão do nosso viver.




SÍNTESE DO TÓPICO I
Em relação a Moisés, a carta de Hebreus apresenta o Senhor Jesus com uma vocação superior, uma missão superior e uma mediação superior.






II - UMA AUTORIDADE SUPERIOR


1. Construtor, não apenas administrador. O autor destaca que tanto Moisés como Jesus foram fiéis na "casa de Deus" (Hb 3.2). Eles foram fiéis na missão que lhes foram confiada. Isso mostra o apreço que o autor possuía pelo legislador hebreu. Todavia, ao se referir a Jesus, o autor usa a palavra grega aksioô, traduzida como "digno", "valor", "mérito". Duas coisas precisam ser destacadas no uso desse vocábulo pelo autor. Primeiramente ele quer mostrar que o mérito de Jesus era maior do que o de Moisés. Nosso Senhor era o construtor do edifício, da casa de Deus, e não apenas o mordomo, como fora Moisés. Os crentes precisavam enxergar isso e, assim, valorizarem mais a sua salvação. Por outro lado, ao usar o pretérito perfeito (tempo verbal grego), ele demonstra que a glória de Moisés era desvanecente, enquanto a de Jesus era permanente.




2. O perigo de ver, mas não crer. "[...] E viram, por quarenta anos, as minhas obras" (Hb 3.9). Erra quem pensa que só acredita quem vê. Parece que quem muito vê, menos acredita. Acaba ficando acostumado com o sobrenatural. Para algumas pessoas o sobrenatural se "naturaliza". É exatamente isso que aconteceu no deserto e era especificamente isso que acontecera com a comunidade dos primeiros leitores de Hebreus. Tanto Moisés como Jesus foram poderosos em obras, mas isso não era suficiente para segurar os crentes. É preocupante quando o cristão se acostuma com o sobrenatural e nada mais parece impactá-lo ou sensibilizá-lo.




3. O perigo de começar, mas não terminar. "Estes sempre erram em seu coração e não conheceram os meus caminhos" (Hb 3.10b). Com essas palavras o autor mostra o perigo de começar, mas não chegar; de andar, mas se desviar. Alguns do antigo povo de Deus haviam começado bem, mas terminado mal. Muitos caíram pelo caminho, desistiram da estrada. O mesmo risco estava ocorrendo com os cristãos neotestamentários - haviam começado bem, mas corriam o risco de caírem e perderem a fé. Esse alerta é para nós hoje! Como está a tua fé?





SÍNTESE DO TÓPICO II
Hebreus destaca o Senhor Jesus como o construtor da Nova Aliança; o Filho amado de Deus; o ministro excelente da Igreja de Deus.






III - UM DISCURSO SUPERIOR


1. O perigo de ouvir, mas não atender. Seguindo a redação da Septuaginta (tradução grega da Bíblia Hebraica), o autor cita o Salmo 95.7-11 para trazer uma série de advertências. Se o povo de Deus no Antigo Pacto precisou ser exortado, maior exortação precisava os que tinham maiores promessas. Primeiramente havia o perigo de ouvir e não atender (Hb 3.7,8). No passado, o povo de Deus tinha ouvido a mensagem divina; entendido, mas não atendido! O mesmo erro estava se repetindo. O Espírito Santo, falando profeticamente pela boca do salmista, advertia os o leitores para que seus corações não se endurecessem. É um apelo atual, porque o povo de Deus muitas vezes demonstra ser tardio para ouvir.





2. A humilhação do servo. A humilhação de Jesus teve início com o esvaziamento de sua glória para tomar a forma de servo e culminou com o sofrimento na cruz (Fp 2.7,8). Sua humilhação está relacionada aos seus sofrimentos, como o ser perseguido, desprezado pelas autoridades, discriminado (Jo 1.46), silenciado diante de seus acusadores, açoitado impiedosamente, injustamente julgado diante de Pilatos e Caifás e, finalmente, crucificado e morto. Assim se cumpriu cada detalhe da profecia a respeito do Servo Sofredor (Is 53).




3. O exemplo a ser seguido. Quando andou na Terra, Jesus nos ofereceu o melhor exemplo, fazendo a vontade do Pai e amando o próximo com um amor sem igual (Jo 4.34Lc 4.18,19). Logo, a partir da vida do Salvador, somos estimulados a priorizar o Reino de Deus, a pessoa do Altíssimo em todas as áreas de nossa vida, não permitindo que nada tome o seu lugar em nosso coração. Assim, somos instados a amar o próximo na força do mesmo amor que o Pai tem por nós (Mc 12.30,31).




SÍNTESE DO TÓPICO III
A mensagem de Cristo faz alguns alertas: o perigo de ouvir, mas não atender ao apelo; o perigo de ver, mas não crer na revelação; o perigo de começar, mas não terminar a jornada.






CONCLUSÃO


Ao mostrar a superioridade de Jesus sobre Moisés, o autor da Carta aos Hebreus não tencionava exaltar o primeiro e desprezar o segundo, mas pôr em relevo a obra do Calvário, bem como esclarecer como os crentes devem valorizá-la. Ora, se Moisés que não era divino, que não se deu sacrificalmente em lugar de ninguém, merecia ser ouvido, então por que Jesus, o Filho do Deus bendito, Senhor da Igreja e superior aos anjos, não merecia reconhecimento ainda maior?
















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Referências
Revista Lições Bíblicas. A SUPREMACIA DE CRISTOFé, esperança e ânimo na Carta aos Hebreus. Lição 03 – A superioridade de Jesus em relação a Moisés. I – Uma tarefa superior. 1. Uma vocação superior. 2. Uma missão superior. 3. Uma mediação superior. II – Uma autoridade superior. 1. Construtor, não apenas administrador. 2. O perigo de ver, mas não crer. 3. O perigo de começar, mas não terminar. III – Um discurso superior. 1. O perigo de ouvir, mas não entender. 2. A humilhação do servo.  3. O exemplo a ser seguido. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 1° Trimestre de 2018.


Elaboração dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB, número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 – 981264038 (Tim), pregação e ensino.





Resumo Apresentado pelo Comentarista das Revistas Lições Bíblicas Adultos da CPAD, pastor José Gonçalves.










Aula ministrada pelo Dr. Ev. Caramuru Afonso Francisco 
 Acesse (www.portalebd.org.br)










Aula ministrada pelos professores da EBP EM FOCO










Aula ministrada pelo professor Fábio Segantin











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Aula ministrada pelos professores da Assembléia de Deus em Londrina










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Aula ministrada pelo professor Pr. Edvaldo Bueno (Igreja AD ministério Belém em Paulínia/SP)











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