Escola Bíblica Dominical: A purificação da lepra - Se Liga na Informação





Escola Bíblica Dominical: A purificação da lepra

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Texto Áureo
“E tomará a ave viva, e o pau de cedro, e o carmesim, e o hissopo e os molhará com a ave viva no sangue da ave que foi degolada sobre as águas vivas”. Lv 14.6



Verdade Aplicada

Assim como a lepra, o pecado nos tornou imundos diante de Deus, mas Jesus verteu o Seu sangue para nos purificar de todo o pecado.


Glossário

Carmesim: Cor vermelha muito viva;
Invólucro: Aquilo que envolve, cobre ou reveste;
Míldios; Diversas doenças das plantas, que se caracterizam por uma mancha, comumente esbranquiçada, produzida por fungos, que atacam especialmente as videiras.


Textos de Referência.


Levitico 13.19-20; 14.2-3
19 E, em lugar do apostema, vier inchação branca ou empola branca, tirando a vermelho, mostrar-se-á, então, ao sacerdote.
20 E o sacerdote examinará, e eis que, se ela parece mais funda do que a pele, e o seu pelo se tornou branco, o sacerdote o declarará imundo: praga de lepra é; pelo apostema brotou.

2 Esta será a lei do leproso no dia da sua purificação: será levado ao sacerdote;
3 E o sacerdote sairá fora do arraial e o sacerdote, examinando, eis que, se a praga da lepra do leproso for sarada.


Hinos sugeridos.

85,431, 440


Introdução

O diagnóstico da lepra seria dado por Arão ou um de seus filhos, que deveriam estar atentos para que no acampamento de Israel e, mais tarde na terra de Canaã, não fosse permitido o convívio social de uma pessoa que tivesse a lepra.


1. A responsabilidade do sacerdote.

Em todas as situações em que houvesse a suspeita da praga da lepra, o exame feito pelo sacerdote era fundamental para a decisão correta. Competia ao sacerdote o diagnóstico e a orientação em relação às pessoas conduzidas a ele (Lv 13.2). A responsabilidade e o conhecimento do sacerdote eram fundamentais para que nenhuma injustiça fosse cometida ou que, por negligência, o mal permanecesse no acampamento.




1.1. A lepra é símbolo do pecado.

A lepra é uma doença que prejudica os nervos e a pele. Ela pode atingir crianças, jovens, adultos, pessoas de qualquer idade e qualquer nível social, cultural ou econômico. Simboliza muito bem o pecado, que deforma a imagem de Deus no homem e atinge todas as pessoas em seus diferentes níveis sociais, conforme registra o apóstolo Paulo: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” (Rm 3.23).


1.2. O exame do sacerdote.

O exame do sacerdote deveria examinar o leproso e, em caso de alguma dúvida, era necessário mais alguns dias para um novo exame (Lv 13.4-5). Era necessário que o sacerdote tivesse cuidado, vigilância e paciência para com o doente. Nenhum caso deveria ser julgado ou decidido precipitadamente, pois acabaria sendo prejudicial para a pessoa ou para a congregação. O sacerdote deveria ser bem criterioso na sua análise, pois toda a responsabilidade estava sob a sua pessoa.


1.3. A manifestação da lepra.

A lepra podia se manifestar com inchação, pústula (pequeno tumor na pele, que se torna purulento) ou empola branca (bolha causada pelo derramamento de serosidade entre a derme e a epiderme), conforme o texto bíblico de Levítico 13.2. Em outra versão a expressão “empola branca” é traduzida por “mancha lustrosa”, ilustrando muito bem o pecado. Quem olha por fora vê algo lustroso, até bonito, mas o interior está completamente podre, simbolizando muito bem a hipocrisia que a religiosidade apresenta como invólucro, mas no interior nada tem que possa agradar ao Senhor Jesus.


2. A purificação da lepra.

Deus abomina o pecado, porém tem o perdão para os que cometeram tal agravo perante Ele e se arrependem. Deus determinou que o homem fosse afastado do arraial quando possuísse lepra, no entanto proporciona a lei do leproso no dia da sua purificação (Lv 14.1-2), possibilitando o seu retorno ao acampamento de Israel quando estivesse curado. Trata-se de uma figura do que Cristo fez pelos pecadores, permitindo que voltássemos para a presença de Deus.


2.1. O sacerdote examinava o leproso.

Não era o leproso que entrava no arraial para reivindicar a sua condição de retornar ao acampamento, mas o sacerdote que saía do arraial indo examiná-lo, para ver se o que tinha a praga da lepra estava curado. Nada o leproso poderia fazer por si mesmo, mas dependia totalmente do sacerdote para voltar a ter esperança de comunhão no acampamento de Israel. Os israelitas não conheciam a cura para a lepra e sempre dependeriam de um milagre de Deus.


2.2. O sacerdote fazia a purificação do leproso.

O ritual para a purificação do leproso era feito pelo sacerdote (Lv 14.4-5). Eram usadas duas aves limpas, paus de cedro, carmesim, hissopo e, também, era necessário um vaso de barro e águas vivas (água da fonte). O cedro é uma árvore grande e o hissopo uma planta pequena, representando que a purificação alcançará em nossas vidas tanto as coisas mais horríveis que cometemos como as que achamos que não são tão graves.


2.3. O sacerdote declarava limpo o leproso.

Alguns atos depois que o leproso fosse declarado limpo ainda eram necessários que fossem feitos. O sacerdote deveria aspergir o sangue sete vezes sobre a pessoa. Sem o sangue de Jesus Cristo não há purificação de pecado. Deveria lavar os seus vestidos e rapar todo o seu pelo: “E aquele que tem de purificar-se lavará os seus vestidos, e rapará todo o seu pelo, e se lavará com água; assim será limpo; e depois entrará no arraial, porém ficará fora da sua tenda por sete dias.” (Lv 14.8).


3. Lepra nas vestes e nas casas.

Assim como poderia estar no corpo, a lepra poderia estra presente na roupa (Lv 13.47), como também nas casas (Lv 14.34). Traçando um paralelo com os nossos dias, R. K. Harrison afirma que, em todas as áreas da nossa vida, a busca da santidade, sob orientação do Espírito Santo, é obrigatória para o cristão crescer verdadeiramente na plenitude de Jesus Cristo.


3.1. Uma veste contaminada.

A lepra na veste são fungos que podem estar presentes em tecidos. São “mofos ou míldios”, segundo Russel Norman Chaplin. Esses fungos podem provocar reações nos seres humanos se em contato ou mesmo ignorados. Ao sacerdote cabia o exame da roupa e somente ele podia declarar se a roupa estava limpa ou imunda (Lv 13.50-51). Ao tratar das vestimentas, o princípio exposto em todo o livro de Levítico permanece: santidade por parte do povo de Deus. Vemos, assim, que Deus estava atento em cada área da vida do povo de Israel e fazia distinção clara entre o que era limpo e o que era impuro (Lv 13.59). O princípio comum nas Sagradas Escrituras, isto é, Deus usando o físico e material para significar e ensinar o que é moral e espiritual, é bastante presente no livro de Levítico.


3.2. Uma casa contaminada.

A lepra na casa é diferente das situações anteriores, pois já trata de estarem na terra de Canaã (Lv 14.34). Considerando casa como figura de uma congregação, devemos observar algumas situações que podem atingir toda a comunidade; e o sacerdote deve estar atento quanto a qualquer coisa suspeita que possa aparecer. O apóstolo Paulo, em suas cartas às igrejas, também procurava abordar o que não estava de acordo com os mandamentos do Senhor, procurando corrigir e instruir cristãos, como encontramos na epístola aos Gálatas, quando o apóstolo enfatizou o perigo de introduzir a guarda da lei como necessária para a salvação.


3.3. Sangue e azeite no purificado.

No ritual de purificação o sacerdote deveria pegar do sangue do sacrifício da expiação da culpa e colocar na orelha direita, no polegar da mão direita e no dedo do pé direito. Também deveria fazer o mesmo com o azeite (Lv 14.14-15). Esse ato deveria ser feito no dia oitavo. O leproso devia manter-se tranquilo e ver o sacerdote fazer todo o cerimonial que fora ordenado por Deus. O ato de adoração mediante o qual o leproso era declarado limpo era comunitário, pois o leproso, além de não poder se curar, não poderia declarar a si próprio limpo. O próprio Senhor Jesus Cristo, quando purificava os leprosos, ordenava-lhes que fossem ao sacerdote e apresentassem a devida oferta para servir de testemunho (Mt 8.3-4; Lc 17.14).


Conclusão.

Na saída do sacerdote do arraial, o lugar onde o Senhor Deus habitava, para ir em direção ao leproso imundo, vemos o Senhor Jesus Cristo deixando o Seu lugar junto ao Pai, vindo em busca de um pecador chafurdado num mundo corrompido pelo pecado.

Questionário.

1. O que a lepra simboliza?

R: O pecado que deforma a imagem de Deus no homem e atinge todas as pessoas em seus diferentes níveis sociais (Rm 3.23).


2. Como podia se manifestar a lepra?

R: Com inchação, pústula ou empola branca (Lv 13.2).


3. Quem realizava o ritual para a purificação do leproso?

R: O sacerdote (Lv 14.4-5).


4. Além do corpo, onde a lepra poderia estar presente?

R: Na roupa e nas casas (Lv 13.47; Lv 14.34).


5. Ao tratar das vestimentas, qual princípio exposto em todo o livro de Levítico permanece?

R: Santidade por parte do povo de Deus (Lv 13.50-51).

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