Escola Bíblica Dominical: Manassés, Uma Lição de Arrependimento - Se Liga na Informação





Escola Bíblica Dominical: Manassés, Uma Lição de Arrependimento

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TEXTO BÍBLICO BÁSICO

2 Reis 21.1,2,10-16
1 - Tinha Manassés doze anos de idade quando começou a reinar e cinquenta e cinco anos reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Hefzibá.
2 - E fez o que era mal aos olhos do SENHOR, conforme as abominações dos gentios que o SENHOR desterrara de suas possessões de diante dos filhos de Israel.
10 - Então, o SENHOR falou pelo ministério de seus servos, os profetas, dizendo:
11 - Porquanto Manassés, rei de Judá, fez estas abominações, fazendo pior do que quanto fi zeram os amorreus que antes dele foram e até também a Judá fez pecar com os seus ídolos,
12 - por isso, assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Eis que hei de trazer tal mal sobre Jerusalém e Judá, que qualquer que ouvir, lhe fi carão retinindo ambas as orelhas.
13 - E estenderei sobre Jerusalém o cordel de Samaria e o prumo da casa de Acabe; e limparei Jerusalém, como quem limpa a escudela a limpa e a vira sobre a sua face.
14 - E desampararei o resto da minha herança, entregá-los-ei na mão de seus inimigos; e far-se-ão roubo e despojo para todos os seus inimigos.
15 - Porquanto fi zeram o que era mal aos meus olhos e me provocaram à ira, desde o dia em que seus pais saíram do Egito até hoje.
16 - De mais disso, também Manassés derramou muitíssimo sangue inocente, até que encheu a Jerusalém de um ao outro extremo, afora o seu pecado, com que fez pecar a Judá, fazendo o que era mal aos olhos do SENHOR.

TEXTO ÁUREO
"E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra." 2 Cr 7.14

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor, de maneira geral, não importando suas características e idade, há alguns pontos que precisam ser levados em consideração pelos educadores cristãos a título de desenvolverem um trabalho de resultados e de maior impacto em termos de aprendizagem. O momento de aula se tornará
muito mais interessante e e fi ciente quando o professor colocar em prática as seguintes ações:
criar conexão: ao introduzir um novo tema ou assunto, é preciso considerar o que o aluno já sabe; evitar explicações pormenorizadas: a capacidade de resumir certos assuntos pode ser um item interessante a ser observado;
focalize o lado útil da mensagem: todo ensino bíblico precisa ter ligação com o seu lado útil; enfatizar a ação do aluno: o aluno só aprende realmente o que consegue realizar por si mesmo; despertar o senso crítico: o aluno não pode ser visto apenas como depositário dos ensinos do professor, como massa inerte; estimular a curiosidade: o fomento da curiosidade, neste sentido, é uma grande virtude; respeitar as individualidades: cada aluno tem uma capacidade própria de aprender.
Fonte: CHAVES, G. Central Gospel, 2012, p. 132,3.
Boa aula!

Palavra introdutória
Nesta lição, estudaremos a vida de Manassés, rei de Judá, filho do piedoso Ezequias, que assumiu o trono aos 12 anos de idade, quando seu pai morreu. Manassés viu milagres acontecerem e a operação divina sobre o Reino do Sul; contudo, mesmo assim, entregou-se à idolatria (2 Rs 21.1-3).
Boa parte dos eruditos considera Manassés o pior governante do Reino do Sul. Apesar de ter sido sucessor direto do homem que promoveu um dos maiores avivamentos em Judá, ele levou os sulistas a apostatarem da fé (2 Cr 33.9).

1. O FILHO ÍMPIO DE UM PAI JUSTO E FIEL
O texto bíblico revela-nos que Manassés não seguiu os bons passos de Ezequias, o que, de certo modo, causa-nos espanto.
Como bem apontou Warren Wiersbe, historiadores datam o nascimento de Manassés no ano 709 a.C; isto significa que o soberano do Sul presenciou, no mínimo, duas grandes intervenções divinas: a cura de seu pai (2 Rs 20.1-11); e o livramento de Jerusalém do exército assírio (2 Rs 19.32-37) — razões mais que suficientes para Manassés submeter-se ao senhorio de Jeová.

1.1. A idolatria é oficializada por Manassés
Ao contrário de Ezequias, Manassés tornou-se pior do que todos os monarcas que o precederam. Este filho de Ezequias regularizou a idolatria, e quem lhe serviu de inspiração foi Acabe — em razão disso, a punição de Jerusalém (capital do Reino do Sul) foi semelhante à de Samaria (capital do Reino do Norte).

1.1.1. Os atos vis de Manassés
Desde o início de seu reinado, Manassés trabalhou para retomar os ritos execráveis que Ezequias extinguira: ele restaurou os altares pagãos (2 Cr 33.7,15)— copiando a perversidade e crueldade dos amorreus, (Gn 15.16; 2 Rs 21.11) — e resgatou velhos cultos cananeus (2 Rs 21.1,2); além disso, instituiu novas práticas que aborreceram a Deus, tais como:
. mandou construir altares para divindades pagãs — este soberano do Sul ergueu altares a Baal e um bosque a Aserá, como Acabe havia feito (2 Rs 21.3); e levantou altares dentro do templo de Jerusalém (2 Rs 21.4);
. ofereceu sacrifícios humanos a ídolos no vale de Hinom, cujas vítimas foram seus próprios filhos (2 Rs 21.6a; 2 Cr 33.6);
. participou entusiasticamente de rituais idólatras e ocultistas — Manassés adorou as estrelas, os astros e foi agoureiro; em outras palavras, trouxe adivinhos e feiticeiros (astrologia e ocultismo) para o seu reino (2 Rs 21.6b);
. derramou muitíssimo sangue inocente — Manassés ofereceu sacríficos de crianças aos deuses e igualmente matou os profetas do Senhor (2 Rs 21.16).
Em resumo: o assassinato e a perseguição foram as marcas do reinado de Manassés.
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As tradições judaicas
acreditam que uma das
vítimas de Manassés foi
Isaías; de acordo com
tais tradições, ele teria
sido serrado ao meio.
Acredita-se, inclusive, que
a expressão serrados, em
Hebreus 11.37, seja uma
referência à morte trágica
do profeta (MALAFAIA, S.
Central Gospel, 2015, p. 85).
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1.2. O legado de Ezequias foi destruído
Manassés, soberano que esteve por mais tempo no comando de Judá, lançou por terra o legado de fé e observância às leis de Deus, deixado por seus antecessores. A lista de ultrajes religiosos deste monarca do Sul parece deveras perversa (2 Rs 21.4-9). [...] Tudo o que foi conquistado pelos reis relativamente justos após os atos de Jeú (2 Rs 15.34) e pelo próprio Ezequias (2 Rs 18.4-6) foi desfeito (RADMACHER; ALLEN; HOUSE. Central Gospel, 2010a, p. 626).
A boa herança de Ezequias, ou seja, as reformas que ele empreendeu no Reino do Sul foram rejeitadas por seu legítimo sucessor. Pode-se afirmar, com certa propriedade, que, lamentavelmente, o grande malogro de Ezequias foi ter na linha de sucessão um filho como Manassés, o terrível.

2. DEUS SUSCITA A RETRIBUIÇÃO
Deus ergueu profetas para repreender não apenas o povo de Judá, mas também seu ímpio rei; entretanto, apesar de ter a possibilidade de arrepender-se, Manassés e o povo não deram ouvidos à Sua voz (2 Cr 33.10). Então, o Senhor decidiu falar mais alto, por intermédio dos assírios (2 Rs 21.11- 15; Ez 22.14). A linguagem utilizada pelo Senhor foi tão expressiva que — diz o texto bíblico — qualquer que a ouvisse, ambas as orelhas lhe ficariam retinindo, ou seja, soaria de forma tão contundente, que faria estremecer a carne de quem a escutasse. Pelo fato de o Reino do Sul ter imitado os pecados do Reino do Norte, tudo que acontecesse a Israel sucederia também a Judá (2 Rs 23.26; 2 Cr 33.8,9). Sua destruição seria tão grande que serviria de zombaria para eles mesmos.
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O reinado de Manassés
(2 Rs 21.1-18) foi tão mau
e violento que selou o
destino de Judá. Ele fez
com que Deus vaticinasse
o julgamento e o cativeiro,
que haviam se tornado
inevitáveis. Portanto, não
era possível que os exilados
interpretassem mal o
motivo dos acontecimentos
transcorridos em 586 a.C
(HINDSON, E.; YATES,
G. Central Gospel,
2014, p. 166).
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2.1. O destino de Judá e Manassés
Judá foi invadida pelos assírios; assim, o filho de Ezequias perdeu suas riquezas e sua posição social. Diz o texto bíblico que Deus deixou que os comandantes do exército assírio invadissem Judá, prendessem Manassés com ganchos, o amarrassem com correntes e o levassem como prisioneiro para a Babilônia (2 Cr 33.11 NTLH).
Isto aconteceu em cumprimento ao que fora predito a Salomão, muitos anos antes (2 Cr 7.19-22): porque Manassés e o povo desobedeceram à Lei e aos mandamentos do Senhor, foram impedidos de viver na terra que Ele lhes dera.

2.2. O arrependimento de Manassés
Desfalecendo no cárcere assírio, o filho de Ezequias deu-se conta de sua situação e clamou a Deus por misericórdia e perdão (2 Cr 33.12). O Altíssimo, então, ouviu o seu clamor, fazendo-o voltar para Jerusalém e para o seu reino (2 Cr 33.13).
Ao regressar a Jerusalém, Manassés demonstrou autêntico arrependimento: ele extinguiu a idolatria que instituíra em Judá e reparou o altar do Senhor, onde passou a adorar tão somente a Ele (2 Cr 33.15,16).
O texto bíblico afirma que Manassés voltou-se totalmente contra Deus; todavia, apesar de toda rebelião, o Senhor não se voltou contra o rei; Seu infinito amor levou-o a tomar atitudes drásticas para trazer Seu filho de volta para casa. A prisão de Manassés, nesse sentido, não revela apenas a crueldade assíria, mas o amor divino. Em tudo isso, vemos a manifestação da misericórdia divina Manassés demonstrou arrependimento e quebrantou-se; e o Senhor, em resposta, fez o necessário para tirá-lo do pecado e para conduzi-lo de volta à vida de santidade (COSTA, J. M. Central Gospel, 2015, p. 52).


3. O PODER DO ARREPENDIMENTO
O que aconteceu a Manassés foi um prenúncio do cativeiro babilônico que viria sobre Judá; entretanto, como houve sincero arrependimento por parte do monarca sulista — em relação aos períodos de rebelião (idolatria) — e punição (invasão estrangeira), a paz e a prosperidade de Judá foram restauradas (2 Cr 33.15-17).
A transformação na vida de Manassés foi visível e repentina; contudo, a maioria do povo permanecia na idolatria dos ritos cananeus (2 Cr 33.17,22; 34.3-7,33), ou seja, cultuava ao Senhor por puro ritualismo (Is 29.13). Em outras palavras, significa dizer que a mudança de Manassés não traria, como efeito, paz permanente sobre o Reino do Sul. Há de se destacar que, após a morte de Josias e seu grande avivamento, os avisos de Deus se cumpriram sobre Judá (Jr 24.1; 25.11).

3.1. Em que implica o arrependimento
O versículo-chave do segundo Livro de Crônicas é uma referência bem conhecida pela Cristandade (7.14): E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. Podemos destacar, desta declaração, ao menos cinco pontos:
. a atitude de arrependimento por meio da humilhação; 
. a atitude de dependência pela oração;
. a atitude de busca incessante de Deus;
. a atitude de conversão dos pecados e dos erros;
. a resposta de Deus a tais atitudes: Ele ouvirá, perdoará o povo e, em decorrência disso, sarará a terra.
Esse verso, de forma concisa, retrata o tema central do Livro de Crônicas: a cura e o perdão divinos dependem de uma postura de humildade, busca e arrependimento perante o Altíssimo. O texto sagrado convida-nos a examinar nosso coração quando nos dirigimos ao Senhor em oração e adoração (Adaptado de: VARUGHESE, A. Central Gospel, 2012, p. 161).

3.2. Jeová, um Deus de perdão e misericórdia
Deus foi benevolente para com Judá; porém, os sulistas selaram seu destino quando responderam contrariamente ao chamado do Senhor ao arrependimento
(2 Cr 30.8).
Pelo fato de o nosso Deus ser infinitamente amoroso e compassivo, os pecadores arrependidos podem
ter esperança em Sua graça e misericórdia e receber Dele uma nova oportunidade de vida, mediante o
Seu sublime perdão — o soberano Senhor, que sonda mentes e corações, sabe identificar a genuína contrição.
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Amom, filho de Manassés,
andou no caminho de
seu pai (2 Rs 21.19-
22); no entanto, Josias,
filho de Amom, teve um
comportamento diferente
de seus predecessores: o
jovem rei, que assumiu o
trono de Judá com apenas
oito anos de idade, andou
nos caminhos do Senhor (2
Rs 22.1,2), e seu reinado
foi marcado por mudanças
necessárias no Reino do
Sul (BRUNELLI, W. Central
Gospel, 2014, p. 82).
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Conclusão.
Manassés foi punido por sua rebeldia e sofreu grande aflição ao perceber que seus deuses nada poderiam fazer por ele. O Deus de Ezequias, seu pai, que conservara a cidade e o livrara das úlceras, poderia atendê-lo naquele momento.
Quando Manassés, arrependido, clamou por misericórdia, Jeová desviou dele a Sua ira, garantindo-lhe a liberdade. O monarca do Sul foi restaurado ao trono de Judá e, de lá, removeu toda a idolatria (2 Cr 33.1-20).
Com Manassés aprendemos que o ímpio pode alcançar a misericórdia de Deus, se, verdadeiramente, arrepender-se de seus maus caminhos. O profeta Ezequiel, aliás, fez essa declaração:
Mas, se o ímpio se converter de todos os seus pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, e fizer juízo e justiça, certamente viverá; não morrerá (Ez 18.21).
Literalmente a tristeza, segundo Deus, promoveu um arrependimento na vida de Manassés, e ele alcançou Sua misericórdia (2 Co 7.10).

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO


1. Quais atitudes de Manassés, destacadas nesta lição, provocaram a ira de Deus?
R.: Manassés restaurou os altares pagãos (2 Cr 33.7,15) e velhos cultos cananeus (2 Rs 21.1,2). Além disso, mandou construir altares para divindades pagãs (2 Rs 21.3,4); ofereceu sacrifícios humanos a ídolos no vale de Hinom, cujas vítimas foram seus próprios filhos (2 Rs 21.6a; 2 Cr 33.6); participou entusiasticamente de rituais idólatras e ocultistas (2 Rs 21.6b); e derramou muitíssimo sangue inocente (2 Rs 21.16).

Fonte: Revista Lições da Palavra de Deus n° 55


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