COMPRADOS POR UM PREÇO - 1 Coríntios 6:12-20 - Se Liga na Informação





COMPRADOS POR UM PREÇO - 1 Coríntios 6:12-20

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Introdução

Nesta passagem Paulo enfrenta uma série de problemas. Termina com uma ordem: "Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo" (v. 20). É o grito de batalha de Paulo na passagem. Os gregos sempre desprezaram seus corpos. Havia um provérbio que dizia: "O corpo é uma tumba".

Se o que interessa é a alma, diziam, então não tem importância o que o homem faça com seu corpo. O que complicava isto era a doutrina da liberdade cristã que Paulo pregava. Se o homem cristão era o mais livre de todos, não está livre para fazer o que desejar, especialmente com esse corpo tão insignificante que lhe pertence?
A resposta é não!

1. Nossos membros são partes do corpo de Cristo.

Cristo e todo o homem estão inevitavelmente relacionados. O que acontece então se o homem fornicar? Entrega seu corpo a uma meretriz, pois as Escrituras dizem que o ato sexual faz com que duas pessoas sejam uma só carne. Esta é uma citação de Gênesis 2:24:

Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.

O que quer dizer que o corpo que pertence a Cristo foi literalmente prostituído. Lembremos que Paulo não está escrevendo um tratado, está pregando, rogando com um coração fervoroso e com uma língua que está disposta a utilizar todos os argumentos que possa. Diz que de todos os pecados, a fornicação é aquele que afeta ao corpo do homem e ofende a Deus.
Mas Paulo não escreve para satisfazer a um examinador, está suplicando para que os coríntios se salvem em corpo e alma, de modo que os outros pecados são externos ao homem, enquanto que neste está pecando contra seu próprio corpo, aquele que está destinado a unir-se a Cristo. E finalmente realiza um último chamado.

2. Nosso corpo é Templo do Espírito Santo.

Devido ao fato de que o Espírito de Deus habita em nós, convertemo-nos em templos de Deus; e se isto é assim nossos corpos são sagrados. E o que é mais — Cristo morreu não para salvar uma parte do homem, mas sim a sua totalidade, salvá-lo em corpo e espírito. Cristo deu sua vida para outorgar ao homem uma alma redimida e um corpo puro. E devido a isto o corpo do homem não é sua propriedade com a qual pode fazer o que deseja, pertence a Cristo, e o homem deve utilizar esse corpo não para satisfazer seus próprios apetites, mas sim para a glória do Salvador.

3. Paulo insiste em que, apesar de estar livre para fazer o que deseja, não deixará que nada o domine.

Uma das grandezas da fé cristã é que não liberta o homem para pecar, mas sim para que não o faça. É muito fácil deixar que hábitos, práticas e formas de vida nos dominem, mas a força cristã nos permite dominá-los. Quando um homem experimenta realmente o poder cristão, ele se converte, não em um escravo de seu corpo, de seus instintos e de seus desejos, mas sim em senhor dos mesmos.

Muitas vezes o homem diz "Farei o que me agrada", quando em realidade quer dizer que acessará o hábito ou a paixão que o domina; só quando o homem tem a força de Cristo nele pode dizer real e verdadeiramente: "Farei o que quiser", e não, "Satisfarei as coisas que me dominam."

4.  Paulo insiste em que não nos pertencemos.

Não existe no mundo um homem que se criou a si mesmo. Não podemos fazer nada que só nos faça sofrer. O cristão não pensa em seus direitos, mas sim em seus deveres. Nunca pode fazer o que lhe agrada devido ao fato de que não se pertence a si mesmo, deve fazer sempre o que Cristo deseja, devido ao fato de que ele o comprou com sua vida.

Devemos estudar este capítulo tendo em conta firmemente dois aspectos:

4.1. Paulo está escrevendo a Corinto, que era uma das cidades mais imorais do mundo.

Para viver numa situação e num meio como esse, era muito melhor ser muito estrito que ser muito frouxo.

4.2. O que domina e dita cada uma das respostas de Paulo é a convicção de que a segunda vinda de Cristo ia ser imediata.

Mas Paulo estava convencido de que estava aconselhando para uma situação puramente transitiva. Podemos estar seguros de que em muitos casos seus conselhos teria sido algo distinto se tivesse visualizado uma situação permanente. Agora consideremos o capítulo em detalhe.

5. Introduz a razão pela qual os crentes não pertencem a si mesmos.

O Espírito ocupa aquilo que Deus obteve através da compra. Demonstra-se o direito de posse, comprando-se e ocupando-se. Deus fez as duas coisas; por isso os cristãos já não são de si mesmos, mas pertencem a Deus (cons. Jo. 13:1).

Comprados refere-se ao Gólgota, onde o preço foi pago. A figura representa a sagrada manumissão, pela qual um escravo, pagando o preço de sua liberdade no tesouro do templo, passava a ser considerado, daquele momento em diante, como escravo do deus e não mais escravo de seu senhor terreno.

Glorificai a Deus, Negativamente, um crente deveria eliminar as coisas que corrompem, tais como a fornicação e positivamente ele deveria exibir“Aquele” que veio habitar nele. O preço terrível do sangue sem preço.

1 Pedro 1:18,19: Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,

Exigia nada menos do que isso. E no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.

                                    Conclusão


Diante do que foi exposto até aqui, devemos a cada momento fugir da aparência do mal e nos consagrarmos mais e mais a Cristo. Pertencemos a Cristo, ele nos comprou pelo seu sangue e agora somos suas propriedades. Devemos glorificar a Deus na nossa conduta, andar em santidade e na nova vida que Cristo tem para todos nós. Que Deus nos abençoe!

Cristão Protestante, Servo de Cristo,Missionário e estudante de Teologia. Estudou Curso Bíblico e Teológico no CEIBEL, Capelania Hospitalar pelo CPO, Teologia Pastoral e Missiologia pelo Seminário Teológico Nacional, Bacharel em Teologia pela Universidade da Bíblia, Bacharel e Pós graduação em Teologia Reformada na FATERGE - Faculdade de Teologia Reformada de Genebra, Mestrado em Teologia pelo ESBI (SEPAT).Atualmente fazendo licenciatura em História pela UNIFRAN. Casado e pai de dois filhos.

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