Pérgamo o trono de Satanás e o Natal - Se Liga na Informação





Pérgamo o trono de Satanás e o Natal

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Por Abraão de Almeida

O último Livro da Bíblia afirma o seguinte acerca da Babilônia: "Pois todas as nações beberam do vinho do furor da sua prostituição. Com ela se prostituíram os reis da terra. Também os mercadores da terra se enriqueceram à custa da sua luxúria" (Apocalipse 18.3). É notável, entretanto, que o Senhor Jesus na Sua revelação a João, na Ilha de Patmos, tenha citado a cidade de Pérgamo (Apocalipse 2.13,13) como o trono de Satanás, não Babilônia. Por quê?.

É preciso buscar as respostas nos rastros dessas duas cidades, Pérgamo, a mais famosa cidade da Mísia, estava situada no vale do rio Caico, a 30 quilômetros do Mar Egeu, o que lhe conferia grande importância comercial e espiritual. Havia sido uma cidade-estado grega, doada ao Império Romano em 133 a.C. por Atallus III. A celebre cidade possuía a segunda mais importante biblioteca do mundo, com 200 mil volumes, os quais foram levados depois para Alexandria.

Quanto ao aspecto religioso, Pérgamo era considerada, segundo uma lenda, cidade natal do deus Júpiter. Sob o domínio dos reis atálacos, a cidade se encheu de templos, colégios e palácios reais. Um dos principais monumentos era o templo dedicado ao deus Esculápio, representado por uma serpente.

Estavam ainda sediados em Pérgamo quatro dos maiores cultos aos deuses gregos: Zeus, Atená, Dionísio e Asclépio, cujos templos possuíam majestosa beleza arquitetônica. A cidade tinha também uma antiga forma de adoração ao diabo e um antigo culto babilônico (o culto dos magos), além de ser um centro de propagação do famigerado culto ao imperador.

Antes de o apóstolo João escrever o Livro de Apocalipse, Antipas morreu como mártir em Pérgamo.

A influência de Babilônia na transformação de Pérgamo  em "trono de Satanás" e, mais tarde, na transformação de Roma em assento da "grande prostituta" (Apocalipse 17.1), remonta ao ano 487 a.C. Naquele tempo, pelo fato de Artaxerxes haver tomado Babilônia, a hierarquia religiosa daquela cidade se transferiu para Pérgamo.

De Pérgamo, o supremo pontífice da Ordem babilônica legou como herança, por lei, toda a sua autoridade e domínio à hierarquia babilônica de Roma, e, assim, os Césares se tornaram pontífices máximos e soberanos dessa organização idólatra. Esses imperadores ostentavam tais títulos, com todas as cerimônias, ritos e dignidades, mesmo depois de nominalmente convertidos ao cristianismo.

O primeiro imperador romano a receber tal autoridade foi Julio César, o qual foi eleito pontífice em 63 a.C., o qual foi eleito pontífice em 63 a.C. De Julio César a Graciano, todos os imperadores exerceram a autoridade babilônica, porém, este último, em 376 d.C., considerou que não convinha a um cristão ser pontífice da ímpia e idólatra Babilônia, por isso renunciou ao título.

Não havia naquela época, tribunal que julgasse os pagãos, por isso seguiu-se a confusão. Então, a autoridade da Babilônia foi outorgada ao bispo de Roma, Dâmaso, no ano 378 d.C., e colocada sobre ele, que se tornou pontífice máximo. Dessa maneira, concluímos que o poder papal realmente advém da Babilônia - do diabo.

No rastro da paganização - O caminho para a paganização do cristianismo romano, aberto da maneira como mencionamos, foi iniciada no início do século 4, quando o Papa Silvestre, falecido em 335 d.C., adotou a mitra dos sacerdotes pagãos, a qual aparece nos mais remotos monumentos assírios e egípcios, e era usada como símbolo de autoridade pelos egípcios, assírios, hindus e medos. A mesma mitra era usada na Pérsia pelas autoridades eclesiásticas.

No ano 381, surgiu o decreto da adoração a virgem Maria, que, de maneira alguma, honra de maneira alguma a bem-aventurada mãe do Salvador, porque tal adoração se inspirava nos mistérios babilônicos. Acompanhando essa heresia, a qual, mais tarde, ficou conhecida como mariolatria, várias outras foram admitidas no seio da Igreja de Roma, como a adoção de rezas Ave-Maria e Pai-Nosso, que surgiram pro volta do século II e, a partir de 1326, tornaram-se rezas comuns entre os católicos.

Natal: nascimento do Sol? - Não foi apenas a mariolatria introduzida pelo catolicismo. O cristianismo originário de Roma avançou tanto na sua tentativa de cristianizar o Natal babilônico, que consagrou até mesmo o pinheiro como símbolo natalino, não desconhecendo, por certo, que era esta a árvore preferida de Tamuz. Segundo algumas autoridades no assunto, a Bíblia se refere à celebração do Natal pagão quando afirma: "Porque os costumes dos povos são vaidade. Cortam uma árvore do bosque, e um artífice a trabalha com o machado. 4 Com prata e ouro a enfeitam, com pregos e martelos a fixam, para que não caia" (Jeremias 10.3,4).

Outro aspecto pagão do Natal é a data de 25 de dezembro, rejeitada por muitos especialistas em História e Cronologia bíblicas. Embora seja de importância capital por marcar o início oda era cristã, a data do nascimento de Jesus ainda não foi satisfatoriamente definida. Assim, o nascimento de Jesus foi comemorado no dia 20 de maio no Egito e na Palestina, até o século 3, e, em outros lugares, no dia 6 de janeiro ou no dia 25 de dezembro ou 28 de março.

O imperador Aureliano estabeleceu, em 275, a comemoração obrigatória da natividade do Sol invicto no dia 25 de dezembro, data que foi adotada pela Igreja Romana a partir do ano 336 para a comemoração do nascimento de Jesus, com reação ao paganismo.

O dia 25 de dezembro aparece pela primeira vez no calendário de Philocalus (354). No ano 245, o teólogo Orígenes repudiava a ideia de festejar o nascimento de Cristo "como se ele fosse um faraó".

A data atual foi fixada no ano 440, a fim de cristianizar grandes festas pagãos realizadas neste dia: a festa mitraica (religião persa, rival do cristianismo nos primeiros séculos), que celebrava o Natalis invicti Solis (Nascimento do vitorioso Sol), e várias outras festividades decorrentes do solstício do inverno, como a saturnália em Roma e os cultos solares entre os celtas e os germânicos.

Segundo alguns conhecedores do assunto, o nascimento de Jesus teria ocorrido, provavelmente, entre a segunda metade de março e as primeira metade de abril, quando faz calor na Palestina, e não em dezembro, época em que o forte frio desaconselharia a iniciativa imperial de realizar o alistamento. Reforça esse argumento o fato de pastores estarem no campo, na noite de Natal. É possível que, devido ao calor, os rebanhos permanecessem no curral durante o dia, á sombra, e fossem apascentados à noite.

E.A.G.

Abraão de Almeida é pastor da Igreja Evangélica Brasileira em Coconut, Flórida, EUA, e autor de mais de 30 livros em português e espanhol.
Fonte: Graça. Página 35. Dezembro de 2000.

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