Escola Bíblica Dominical: Os Clamores da Alma - Se Liga na Informação





Escola Bíblica Dominical: Os Clamores da Alma

Compartilhar isso

A CURA DA ALMA

Quando somos salvos, o nosso espírito é recriado e revivido pelo poder da Palavra de Deus. A alma, entretanto, traz consigo suas dores, suas angústias, suas lesões e seus traumas e, por isso, precisa ser tratada. Esse tratamento envolve aspectos emocional, espiritual e físico. Se ela não for cuidada, nunca alcançará o viver feliz a que tem direito, de acordo com a promessa do Senhor Jesus (Jo 10.10).

 Tratamento médico convencional

      Ministrando em muitas nações por vários anos, constantemente sou abordado por pessoas com estes tipos de perguntas: Devo fazer uma consulta médica para saber o que acontece comigo? Como não sei lidar com as minhas emoções, será que o médico me ajudará? É pecado procurar um tratamento médico regular? Tomar remédios receitados pelo médico pode afetar minha vida espiritual? Posso ter uma crise de culpa ou aflições na minha alma?

      Não somos contra o tratamento médico pertinente à alma, pois a medicina é uma ciência aceita, aprovada e abençoada por Deus. Lucas, o evangelista, era médico de profissão citado pelo apóstolo Paulo (Cl 4.14). Ele foi um dos mais proeminentes discípulos do Senhor Jesus. Portanto, ninguém deve rejeitar o tratamento médico quando for necessário.

Somos tridimensionais

       Algumas vezes, pensamos que o corpo, o espírito e a alma estão separados. Tanto a verdade bíblica quanto a científica comprovam que o ser humano é composto pelos três, que se relacionam com ações positivas ou negativas. Quando uma parte se alegra, as outras duas se alegram também. Quando a alma adoece, o problema repercute automaticamente no espírito e no corpo. Em seus ensinos, Paulo menciona a constituição da Igreja na figura do Corpo de Cristo, apresentando a função dos membros interligados entre si (1 Co 12.26,27).

A dor da alma

     Toda doença incomoda, aflige e causa dor. Muitos distúrbios fazem com que o ser humano sofra, tanto de males físicos quanto psíquicos. Os que acometem o nosso corpo são as doenças físicas. Os males que afetam o psíquico são as doenças na mente ou distúrbios mentais. Há ainda os males que afetam simultaneamente corpo e mente, que são chamados de distúrbios psicossomáticos.

      As doenças da alma podem apresentar-se pelos sintomas que se enquadram em todas as doenças, com características próprias, necessitando de tratamento especializado. Estudos mostram que a doença da alma está sempre presente, tanto nos males físicos quanto em outros males, já que a alma é parte da vida em todas as situações. A dor na alma é forte e traz muito sofrimento.

       Toda dor na alma é possível ser tratada. Há vários exemplos na Bíblia de pessoas que sofreram a dor da alma, mas foram restauradas completamente. Esse tratamento não é apenas uma citação bíblica, uma única visita à igreja, uma oração ou um encontro com alguém especialista na área do aconselhamento. É um processo diário, que só produz resultados satisfatórios quando feito sob a luz da Palavra de Deus, na total dependência do Senhor (Jr 33.6).

      A salvação, a libertação, a cura física e o milagre podem acontecer em um momento, mas o tratamento da alma segue por toda a vida. As feridas produzidas pelos ataques do diabo estão abertas e precisam de tratamento e, na maioria das vezes, demorado. A cura da alma obedece a um processo de disciplina, paciência e obediência ao Médico dos médicos (Sl 147.3).

De dentro para fora

      O ser humano é composto de dois lados: o interior e o exterior. Quando nos machucamos, as feridas ficam expostas. Porém, o interior é a parte invisível da alma. As doenças da alma são invisíveis aos olhos humanos, e unicamente Deus contempla o sofrimento de alguém.

       Na Bíblia, algumas pessoas sofreram com doenças da alma e foram saradas. Logo, creia que há esperança de restauração. Todos aprenderemos com a Palavra do Senhor os métodos de cura. Por isso, abra seu coração, exercite sua fé, alcance a cura e seja feliz! Desfrute a vida abundante que há em Deus!

As doenças da alma

      São várias as enfermidades da alma: ansiedade, medo, preocupação, angústia, mágoa, depressão, desânimo, desprezo, amargura, solidão, pânico, rejeição etc. Algumas destas serão observadas aqui, abordando a garantia da cura proposta pela Palavra de Deus que penetra a alma (Hb 4.12).

       A alma não adoece da noite para o dia. Às vezes, ela fica doente a partir de um telefonema, uma mensagem nas redes sociais, um aperto de mão, um bate-papo, um convite, uma proposta ou uma conversa. Ataques são planejados, e a maioria deles é fortemente preparada para destruir a alma ou provocar doenças. Alguns são fulminantes, outros, crônicos. No entanto, ambos debilitam e matam lentamente.

Todos podem receber a cura

       Os judeus foram escravos no cativeiro do Egito durante 430 anos, mas Deus e os restaurou pelo Seu poder (Sl 105.37). Outro exemplo é Davi, que passou pelo processo de doenças na alma, mas decidiu aceitar o tratamento de Deus, arrependendo-se dos erros cometidos, confessando os pecados e mudando de postura. Ele foi curado, renovado e restaurado (Sl 6.6).

PECADO: A PIOR DOENÇA DA ALMA

       De todas as doenças que atacam a alma, a pior é o pecado. Ainda que os especialistas na área médica apliquem seus conhecimentos na cura de doenças da alma, não há tratamento científico para ele.

      O pecado é a causa maior dos problemas das pessoas. Todos os conflitos que atingem o homem são gerados direta ou indiretamente pela ação do pecado. Essa doença de natureza espiritual é mortal e mata todos os dias (Rm 6.23).

O que é pecado?

     Wayne Grudem, doutor em teologia sistemática, define o pecado assim:

Pecado é deixar de se conformar à lei moral de Deus, seja em ato, seja em atitude, seja em natureza. Inclui não só atos individuais, como roubar, mentir ou cometer homicídio, mas também atitudes contrárias àquilo que Deus exige de nós. O pecado se opõe diretamente a tudo o que é bom no caráter de Deus, e assim como Deus necessária e eternamente se deleita em si mesmo e em tudo o que ele é, também necessária e eternamente detesta o pecado. É, em essência, a contradição da excelência do caráter moral de Deus (Rm 3.23).

      Na perspectiva judaico-cristã, pecado é a atitude (ato ou omissão, íntimo ou não) de contrariar a lei (ou a vontade) de Deus. Ele significa iniquidade (1 Jo 3.4) e é também desobediência. Como exemplo de desobediência, temos a mulher de Ló (Gn 19.26) e o rei Saul (1 Sm 15.22,23). A Bíblia diz que a ira de Deus pune severamente todos os desobedientes (Cl 3.5-7) e que todos sofrem quando desobedecem às leis de Deus (Is 24.4,5).

       A transgressão também aparece na Bíblia como uma designação de pecado. Ela significa rebelião, especialmente contra uma autoridade, e implica o desejo de fazer a própria vontade (Gn 50.17; Jr 3.25). O pecado, portanto, é a primeira doença da alma, que precisa ser tratada com a medicina espiritual claramente vista na Palavra de Deus.

Como curar a alma do
 pecado

Afaste-se de tudo que é mal (Jó 1.1)
Confesse o seu pecado a Deus (Sl 32.5) 
Arrependa-se de todos seus pecados (Mt 3.1-8)
Aceite o Senhor Jesus como seu Salvador (Jo 3.16)
Esteja em Cristo, viva em Cristo, aproxime-se de Cristo (Jo 15.1-7)
Crucifique os desejos e as paixões pecaminosas (Gl 5.24)
Nunca dê lugar ao diabo, jamais brinque com o pecado (Ef 4.27)
Abstenha-se dos desejos carnais pecaminosos (1 Pe 2.11)
Fortaleça-se sempre na graça de Deus (2 Tm 2.1)
Lave-se todos os dias no sangue do Cordeiro (Ap 22.14)


DESÂNIMO: O ABATIMENTO DA ALMA

        O desânimo é caracterizado por um profundo abatimento que domina todo o ser da pessoa. Desanimada, ela não sente entusiasmo nem coragem. Esse sentimento começa na alma e 
provoca inércia. Aos poucos, ela entrega-se ao abatimento.A palavra desânimo está ligada ao termo desanimado. A palavra desanimar vem da negação de animare, que significa “dar a alma”. O desânimo é uma das principais doenças que pode “matar” alma, visto que ele cria um clima de conformismo que conduz a pessoa à tristeza, ao abatimento e à depressão.

      Muitas vezes, nossa natureza humana nos leva ao desânimo.
Os fatores são muitos, como: problemas nos estudos, no casamento, na família, com os filhos, desemprego, falta de dinheiro, enfermidades, decepções, quando nossas orações não são respondidas ou as coisas não saem do jeito como planejamos.

        Quando o desânimo domina, ele rouba a alegria de viver, elimina as boas motivações, apaga a luz brilhante do entusiasmo, faz desaparecer o sorriso, adoece e debilita a alma, afeta as saúdes emocional, física e espiritual e é irmão gêmeo do fracasso.

Jesus cura do desânimo

       E Jesus, vendo a fé deles, 
disse ao paralítico: Filho, 
tem bom ânimo; 
perdoados te são os teus pecados.
Mateus 9.2

        O paralítico que residia em Cafarnaum estava muito doente, mas Jesus o curou totalmente nas três dimensões básicas do ser humano: corpo, alma e espírito. Observe que a doença mais mortífera para o paralítico era o desânimo. Foi essa enfermidade que o Senhor Jesus tratou primeiro. Antes de curá-lo espiritualmente, perdoando-lhe os pecados, Jesus ministrou a cura imediata na alma, declarando: Tem bom ânimo!

     No Evangelho de Mateus, tomamos conhecimento da mulher que, durante 12 longos anos, padeceu de uma doença incurável, que fora desenganada pelos médicos. Assim, ela foi abandonada pela família e rejeitada pela comunidade onde sobrevivia. Porém, recebeu a cura ministrada pelo Senhor, que disse: Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou. E imediatamente a mulher ficou sã (Mt 9.22).

  O Espírito Santo e a cura do desânimo

       E não vos embriagueis 
com vinho, em que há 
contenda, mas enchei-vos 
do Espírito.
Efésios 5.18

       Essa fórmula bíblica é prescrita pelo apóstolo Paulo aos cristãos que batalhavam brilhantemente na cidade de Éfeso, onde Satanás concentrava enorme parcela do seu poder maligno. Ser cheio do Espírito é mais que recebê-lo na experiência do novo nascimento e da salvação; é avançar um pouco mais no rio das águas vivas e sanadoras do santuário de Deus (Ez 47.1-9). Cheios do Espírito de Deus, os cristãos vencem o desânimo.

Passos bíblicos para a cura 
do desânimo

      Declare a vitória procedente do Senhor (1 Sm 17.37)
Adore o Senhor nos momentos mais difíceis (Jó 1.20) Proclame os grandes feitos do Senhor (Sl 118.17)
Eleve o seu olhar para Deus (Sl 121.2)
Não reclame, mas anime alguém e receba ânimo (Is 41.5,6)
Tenha certeza da presença do Pai (Is 41.10)
Declare o poder ilimitado de Deus (Lc 1.37)
Expulse o desânimo com a arma do louvor (At 16.25)
Glorifique o Senhor em todo o tempo (Rm 4.20)
Nunca feche o canal da oração (Fp 4.6)
Agradeça a Deus em qualquer situação (1 Ts 5.18)

PREOCUPAÇÃO: A ALMA INQUIETA

        Um dos mais fortes motivos da inquietação da alma é a preocupação, especialmente, quando ela se encontra fora do controle da pessoa. Preocupação é legalizar a angústia antecipadamente. Porém, a Palavra de Deus declara que devemos aproveitar o dia de hoje, porque não sabemos o de amanhã (Mt 6.34).

      A preocupação em excesso pode gerar ansiedade e provocar transtornos na alma, no corpo e no espírito. Ela atormenta as emoções, confunde a mente, assombra a alma e, assim, envelhece a pessoa antes da hora. Além disso, divide a mente entre interesses dignos e pensamentos prejudiciais.

Com que as pessoas se preocupam

       Se fôssemos classificar as preocupações das pessoas, haveria uma lista sem fim. Elas se preocupam com qualquer situação cujo desfecho é imprevisível. Diante dos desafios, o ideal é assumir a situação e buscar a solução. Também devemos seguir o exemplo maior do Senhor Jesus, que se preocupava em fazer a vontade do Pai, salvando os perdidos, 
curando os enfermos, libertando os cativos, perdoando os pecados, restaurando vidas, consolando e encorajando.

      Cristo se preocupava com as necessidades espirituais, físicas, emocionais e sociais das pessoas. Quando Ele tinha algum problema, não o ignorava, nem fugia dele, tampouco ficava preocupando-se à toa. Pelo contrário, Ele se preparava para enfrentá-lo. Quando viu que se aproximava a hora de ser traído, julgado e condenado, açoitado e cruelmente assassinado, Jesus orou e seguiu em frente. E nós devemos imitar o exemplo do Mestre (Jo 17.19).

      A preocupação no sentido de responsabilidade pessoal é algo natural e benéfico. Quando ela é gerada pelo amor, tendo como foco o próximo, não é uma enfermidade da alma nem uma fraqueza do espírito. É um toque gentil do Espírito Santo que nos estimula a agir em favor de outrem. Obedeçamos, portanto, à voz do Espírito (Ap 2.29).

Preocupação excessiva

       Segundo a ciência médica, a preocupação excessiva é chamada de Perturbação da Ansiedade Generalizada. As pessoas que sofrem desse mal têm uma preocupação constante e excessiva, que as leva a ver todos os acontecimentos como potencialmente perigosos.

       Não é fácil viver assim, imaginando que cada simples acontecimento desencadeará uma situação complicada e descontrolada, com a cabeça a ser constantemente invadida por pensamentos e imagens que geram desconforto e ansiedade. O resultado é uma enorme sensação de cansaço, exaustão e de desmoralização, que, com o passar do tempo, conduz frequentemente à depressão.

        Uma pessoa que apresenta esse problema acredita que, se ela enfrentar o que teme, falhará, será constrangida ou humilhada e receberá críticas ou rejeição. Assim, ela pode tornar-se improdutiva em casa ou no trabalho e ter medo de fazer as coisas mais simples do dia a dia, como, por exemplo, pegar um elevador, ficar em ambientes fechados, participar de uma reunião etc. O motivo é que ela imaginará um perigo iminente em qualquer situação: o elevador pode quebrar, há perigo de incêndio, possibilidade de fracasso na reunião etc., sendo que, na maioria das vezes, essa não é uma situação real.

Responsabilidade

     Ser uma pessoa responsável é assumir as consequências provenientes de seus atos de forma consciente e intencionada. A responsabilidade, além de ser a obrigação de cumprir as promessas, sejam ela quais forem, é também um dos fatores mais importantes e imponentes da vida social. Um indivíduo que tem a responsabilidade como forma de vida é, de modo geral, correto e de bom caráter.

      A responsabilidade é uma forma de demonstrar confiança. A pessoa responsável demonstra um caráter forjado de boas intenções. Seguramente, ela é capaz de desliga-se de artimanhas como a mentira e o engano para obter sucesso em tudo o que faz.

A soberania de Deus e a responsabilidade humana

       A Escrituras descrevem Deus como um ser supremo, único, independente, que controla toda a realidade visível e invisível, de acordo com Sua vontade. Entender a doutrina da soberania divina é fundamental para fortalecer a fé e a confiança no Senhor. A soberania de Deus ressalta Seu domínio sobre toda a criação. Nada acontece sem a permissão dele, e nada pode impedi-lo de cumprir Seus planos.

       Deus tornou cada pessoa responsável por suas ações. Observe o comentário do respeitado teólogo Arthur W. Pink:

Deus é inteiramente soberano, em todo sentido, sobre todas as coisas, inclusive sobre a vontade humana. Mas a soberania de Deus não tira nem diminui de forma alguma a responsabilidade humana. Os homens são completamente responsáveis; são responsáveis pelos seus atos, são responsáveis por obedecer, crer, fazer a vontade de Deus, responsáveis por tudo quanto fazem. Mas em sentido nenhum a responsabilidade humana tira ou diminui a soberania de Deus. Não existe contradição alguma entre estas duas verdades. Paulo em Romanos 9.11-24 dá uma exposição das duas coisas. O leitor deveria realizar um cuidadoso estudo dos argumentos apresentados pelo apóstolo em Romanos 9 em defesa desta verdade. Também muitos outros versículos declaram juntamente estas duas verdades. Veja por exemplo Atos 2.23,Lucas 22.22, Atos 4.24-28, Atos 13.45-48 e 2 Tessalonicenses 2.8-14.

      Responder por nossas ações é a essência da responsabilidade cristã. A Bíblia diz que temos de prestar contas a Deus (Rm 14.12). Deus também quer que cada crente honre seus compromissos. Nosso maior compromisso é seguir Jesus todos os dias de nossa vida. Também devemos honrar nossos compromissos com outras pessoas e com a Igreja. Logo, manter nossos compromissos alegra o coração de Deus, abençoa o próximo e nos torna frutíferos e amadurecidos.

Louvor: um remédio poderoso

        A palavra de Deus nos ensina que é dever do cristão render louvor e adoração a Deus o tempo todo (1 Cr 16.29; Sl 147.12). O louvor adora o Senhor, promove festa no céu, gera júbilo, alegra o coração do cristão salvo, afasta a tristeza, alivia a mente, liberta o espírito, acalma o ser e equilibra as emoções.
      O louvor é uma eficiente forma de batalhar no mundo espiritual, pois, por meio dele, demonstramos nossa fé em Deus e nossa esperança no Seu poder. Um dos mais significativos exemplos do poder do louvor na guerra espiritual encontra-se na passagem bíblica em 2 Crônicas 20.1-30, que relata o momento em que várias nações se uniram contra o rei Josafá e o povo de Judá. Ainda que o inimigo os tivesse cercado, a estratégia utilizada pelo rei e os filhos de Israel foi o louvor a Deus. Então, o poder de Deus desceu com a vitória retumbante sobre os inimigos.

Cura da preocupação financeira

      Segundo os especialistas, a preocupação financeira afeta profundamente a vida emocional, e constantemente somos bombardeados com notícias sobre crises econômicas. Diante disso, aprender a lidar com o dinheiro é um dos grandes desafios de nossos tempos.

A natureza espiritual do dinheiro

        Ninguém pode servir a 
dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o
 outro ou se dedicará a 
um e desprezará o outro. 
Não podeis servir a Deus 
e a Mamom.
Mateus 6.24

       Segundo o ensinamento de Jesus, o dinheiro é mais do que uma moeda de troca ou um instrumento de compra e venda utilizado em todo o mundo; ele é, em essência, de natureza espiritual. Biblicamente, o dinheiro está equiparado a um deus, que espera ser amado ou odiado. Pode tornar-se senhor na vida de qualquer pessoa se ela não souber lidar com ele. Não podemos servir fielmente a Deus e também ao dinheiro. Somente um dos dois pode reinar no nosso coração.

       A maior influência do dinheiro tem como foco o espírito do homem, que atinge sua alma, provocando desejos incontroláveis. Em seguida alcança, sua mente, obrigando-a a imaginar as “mordomias” que virão pela posse dele. O passo final é conduzir o corpo rendido à escravatura dele (1 Jo 2.16).

Perigos ligados ao dinheiro

      Um dos maiores perigos acerca dos bens materiais está no ato de afastar-se de Deus. Temos exemplos bíblicos que revelam o poder que o dinheiro provoca sobre as pessoas, como Judas (Mt 26.14,15) e Geazi (2 Rs 5.20-27). Outro malefício é a preocupação excessiva com o dinheiro. Quando o ser humano deixa de adorar o Deus verdadeiro e se prostra diante de Mamom (deus das riquezas), seus pensamentos se concentram no vil metal.

      Para algumas pessoas, quase todos os desejos podem ser comprados, e elas acham impossível viver em um mundo sem dinheiro. Se a nossa confiança estiver nele, viveremos sempre preocupados com o que vai acontecer se o não tivermos em algum momento. No entanto, Deus é a fonte do nosso sustento, mesmo quando não temos dinheiro (Lc 12.29-31).

       Talvez, o maior dano que pode ocorrer na vida de alguém que não aplica os conselhos de Jesus é a idolatria ao dinheiro. Ainda que precisemos dele para muitas coisas, se não tomarmos cuidado, cairemos no erro de colocar nossa esperança nele e, assim, deixaremos de seguir Deus (Mt 6.19-21; 1 Tm 6.10).


            Como receber a cura da
             preocupação financeira

Saiba que é Deus quem nos 
fortalece para adquirir riquezas (Dt 8.18)
Busque a prosperidade na Palavra (Js 1.8)
 Confie sempre na fidelidade do Senhor (Sl 34.10)
Entenda claramente que Deus é o dono
 da prata e do ouro (Ag 2.8)
Dê prioridade ao Senhor em tudo (Mt 6.33)
Semeie abundantemente por meio 
dos dízimos e ofertas (2 Co 9.6)
Aproprie-se das riquezas do Pai (Fp 4.9)


Dizimista e ofertante regularmente

      Um dos mais eficientes testes que podemos fazer para provar se realmente estamos crescendo em todas as áreas, inclusive na financeira, é lidar com o dinheiro que Deus nos permite ter (Pv 22.1). Nesse contexto, estamos contribuindo para obra do Senhor com nossos dízimos e nossas ofertas? Isso só pode ser feito por pessoas corajosas, que estão determinadas a crescer espiritual e simultaneamente nas bênçãos materiais (Lc 6.38).

Ajudando financeiramente o Reino de Deus

      O dinheiro representa conforto. Quando dizimamos e ofertamos para a obra do Senhor, oferecemos voluntariamente um pouco do que possuímos. Isso significa que ofertamos parte da luta diária que enfrentamos para conseguir o dinheiro, doando-o com alegria.

      Cada um de nós sabe quanto custa o dinheiro e como é difícil consegui-lo. Por isso, muitos pensam nisso na hora de entregar o dízimo e a oferta ao Senhor. No entanto, quando estamos conscientes de que o que damos é para crescimento do Reino de Deus, ficamos em paz.

      Além disso, crescemos em amor, compaixão, misericórdia e maturidade quando obedecemos aos preceitos bíblicos de ofertar ao Senhor e à Sua obra. Portanto, todos os que exercem esse ministério superam qualquer preocupação financeira (Pv 3.9).

Base bíblica para dízimos e 
ofertas

Dar de acordo com a renda (Dt 16.17)
Dar com o coração íntegro (1 Cr 29.9)
Dar sem ostentação (Mt 6.3)
Dar com simplicidade (Rm 12.8)
Dar com vontade plena (2 Co 8.12)
Dar com alegria (2 Co 9.7)

       Para vencer a preocupação, devemos seguir os seguintes conselhos bíblicos: não perder o sono (Sl 4.8); permanecer no refúgio do Senhor (91.1); estudar a Palavra de Deus (119.165); descansar (Pv 3.24); manter a mente firme no Senhor (Is 26.3); não antecipar o futuro (Mt 6.34); utilizar sempre a fé em Deus (Jo 14.1); ser alegre e entusiasta (Fp 4.4); renunciar a toda ansiedade (v. 6); concentrar-se no que é positivo (v. 8); encher o coração de paz e gratidão (Cl 3.15); e livrar-se de toda preocupação (1 Pe 5.7).

ESTRESSE: O ESGOTAMENTO DA ALMA

       Vivemos na pós-modernidade, e, dentre as enfermidades deste tempo, aparece o estresse. Estresse é a forma como o corpo reage à pressão. Denominada como a doença moderna da alma, ele pode causar sintomas mentais e físicos diferentes nas pessoas.

      Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o estresse pode ser definido como: nervosismo, ansiedade, irritabilidade, fadiga, sentimento de raiva, períodos de depressão e abatimento, dificuldade para dormir, incapacidade de concentração, dores de estômago, nos músculos do pescoço e nos ombros, e palpitação cardíaca.

        Dentre as principais causas do estresse, estão: emprego novo, cobrança excessiva no trabalho ou perda do emprego; desejo de aprovação social; falta de tempo para o lazer; intensa competição no trabalho e na família; perda de tempo no trânsito; preocupação excessiva com contas a pagar; acúmulo de dívidas; doenças crônicas; medos; desconforto; baixa autoestima; ansiedade.

Burnout e estresse

     Na vida moderna, surgem doenças que afetam a alma e produzem desgastes emocional e físico, como o burnout, um distúrbio psíquico que se caracteriza pelo esgotamento físico, mental e psíquico do indivíduo. Esse transtorno se desenvolve devido ao acúmulo de estresse no trabalho, por exemplo.

       Os principais sintomas do burnout são: constante negatividade; cansaço físico e mental em excesso; dificuldade para se concentrar em tarefas diárias; desânimo para atividades sociais e relacionamento interpessoal; falta de energia para manter hábitos saudáveis; alterações repentinas de humor; sentimento de insatisfação sobre aquilo que faz etc. Porém, Deus nos ajuda em qualquer situação (Rm 8.31,37).


               Atitudes para alcançar a 
                     cura do estresse

Receber proteção na sombra de Deus (Sl 91.1)
Começar cada dia declarando vitória (Sl 118.24)
Sempre esperar no Senhor (Is 40.31)
Descansar no Deus que tudo pode (Lc 1.37)
Buscar fortalecimento na oração (Lc 22.43)Não dar espaço para o medo e o desânimo (Jo 4.18)
Receber a paz da Trindade divina (Jo 14.27)
Estar consciente do cuidado do Senhor (1 Pe 5.7)

ANGÚSTIA: A AFLIÇÃO DA ALMA

       Deus criou o ser humano para ser feliz. Por isso, não devemos amaldiçoar o dia em que nascemos, nem viver xingando, reclamando e maldizendo a vida recebida de Deus. Não fomos destinados ao mal e estamos cientes de que, pela revelação bíblica, o ser humano desobedeceu às regras do viver sadio, estabelecido pelo Senhor. Como consequência, sua vida sofreu alterações profundas.

       No campo emocional, a angústia surgiu como uma força avassaladora, levando pessoas a perderem o sentido da vida. Na moderna psiquiatria, ela é considerada uma doença que pode produzir problemas psicossomáticos. Angustiada, a pessoa não tem paz nem tranquilidade, perde a alegria e desenvolve distúrbios emocionais, como cansaço físico-mental, diminuição da autoestima e comportamentos inadequados.

Personagens bíblicos que
 passaram pela angústia

Jacó (Gn 35.3)
José (Gn 42.21)
Davi (1 Rs 1.29)
Jonas (Jn 2.1,2)
Jesus (Mc 14.33,34)
Lucas (Lc 22.44)

Como se livrar da angústia

     Para livrar-se da angústia, siga estas recomendações: conscientize a sua mente das promessas de Deus (Sl 91.15); busque o Senhor por meio da comunhão (Jr 33.3); declare que Ele pode livrá-lo da angústia (Dn 3.17); alegre-se em Deus (Hc 3.17-19); utilize o poder que há no nome de Jesus (Mc 15.17,18); adore Deus (At 16.25); e seja grato ao Senhor 1Ts 5 18
Saiba que a angústia pode ser vencida. Não é a vontade do Senhor que vivamos em aperto, com o coração contristado. A partir de agora, recuse o pão e a água da angústia (2 Cr 18.26), pois Deus quer o melhor para sua vida (Sl 46.1; 50.15; Pv 24.10)!

REJEIÇÃO: UMA FERIDA CRUEL

      No processo da cura interior, a rejeição é uma das piores
doenças que têm aprisionando vidas em todo o mundo. Muitas pessoas já foram rejeitadas em algum momento. Comumente, há dois tipos de rejeição: a que procede de fora e a gerada na própria pessoa.

        Para muitos, a dor da rejeição é a pior que existe, pois ela é muito mais penetrante que a própria dor física. O sentimento de rejeição pode facilmente descontrolar as reações humanas, comprometendo a formação do caráter. Somente Jesus pode ajudar a superá-la.

        Especialistas no tratamento das emoções humanas afirmam que a rejeição sentimental ligada ao amor ocupa o primeiro lugar no ranking. A rejeição social, por sua vez, está relacionada com a discriminação. A pessoa rejeitada é colocada de lado ou excluída de um determinado ambiente por algum tipo de característica (religião, orientação sexual, nacionalidade, raça, condição social etc.). Tal sentimento fica registrado como uma ferida na alma.

Quando se é incapaz de amar

      Uma das consequências graves da rejeição é incapacitar a pessoa a demonstrar amor, como se amar fosse uma realidade impossível de ser alcançada. Os relacionamentos íntimos são evitados a ponto de provocarem uma reação como a dor. Nessa atitude, a pessoa rejeita os relacionamentos e se sente mal consigo e com os seus semelhantes.
       Em contrapartida, temos o amor, que é a essência do seu ser interior. Você pode amar a todos, até os inimigos, pois foi projetado para amar sempre. Logo, não deixe de praticar o amor, porque, se não tornar isso um hábito, você será incompleto (1 Pe 4.8).

Deus, vítima da rejeição

E disse o SENHOR a 
Samuel: Ouve a voz do 
povo em tudo quanto te 
disser, pois não te tem 
rejeitado a ti; antes, a 
mim me tem rejeitado, 
para eu não reinar sobre ele.
1 Samuel 8.7

        Todos nós, em algum tempo da vida, fomos rejeitados. Será que Deus também já foi vítima da rejeição? Por meio dos tempos, a rejeição tem estendido sua ação cruel no mundo espiritual. O próprio Deus confortou Samuel em seu desapontamento e sentimento de mal-estar, compartilhando da Sua própria dor por estar continuamente sofrendo a rejeição de Israel.


A prática do amor cura a 
alma da rejeição

Ame o Senhor com todo o seu ser (Dt 6.5)
Ame os seus inimigos (Mt 5.44)
Ame a si mesmo (Mc 12.31)
Ame o próximo (Lc 10.27)
Ame os membros da sua família (Ef 5.25)

        Para superar a rejeição, siga estes conselhos: faça boas amizades (Sl 133.1); estimule alguém com palavras de ânimo (Is 41.6,7); não guarde mágoas (1 Co 13.1-13); perdoe sempre (Cl 3.12,13); agradeça a Deus
todos os dias (1 Ts 5.18); e nunca deixe de amar (Tg 2.8).

MEDO: O PARASITA DA ALMA

       Medo é um estado emocional que surge em resposta a uma situação de eventual perigo. Quando é patológico, os psicólogos podem diagnosticar a pessoa como portadora de uma fobia. Indivíduos podem desenvolver vários tipos de fobia, como: medo de palhaços (coulrofobia), de gatos (elurofobia), de tomar banho (ablutofobia), de altura (acrofobia) etc.

Fatos acerca do medo

       Segundo as Escrituras, o medo é mais que uma enfermidade, é também um espírito vivente que se aloja na alma, provocando distúrbios no espírito e na carne (2 Tm 1.7). Ele é irrazoável, inexplicável, um parasita e um elemento destruidor. Ele é uma parte da conspiração do diabo para roubar, matar e destruir (Jo 10.10).

       Em seu sentido mais amplo, ele abre a porta para o poder maligno. Além disso, pode estar vinculado ao pessimismo, que é uma tendência que as pessoas têm de considerar tudo um mal. Elas se assustam sem motivo, ficam nervosas, sentem ansiedade e outros sintomas que se manifestam durante a jornada terrena.

Temores na alma

     Ninguém está isento dos ataques destruidores do medo. Paulo viveu intensamente a experiência do medo em todo o seu ser. Ele mencionou a falta de descanso em seu espírito (2 Co 2.13), as tribulações constantes no seu corpo físico e os temores (medos) associados à ansiedade aguda na alma (7.5).
Seja real ou ilusório, o medo pode tomar conta de nosso viver e tornar-se um pesadelo.


               Atitudes para vencer o
                              medo

 Ouça a voz do Senhor (Gn 15.1)
Não se deixe vencer pelo medo (Êx 14.13)
Confie na presença do Senhor (Js 1.9)
Creia que o exército do Senhor o defenderá
 (2 Rs 6.15-18)
Peça a orientação do Senhor (2 Cr 20.12)
Entregue a Deus suas batalhas (2 Cr 20.15-17)
Confie em Deus (Sl 46.1-11)
Utilize a sua fé (Sl 56.3)
Tome posse da sua vitória (SL 119.17-24)
Eleve os seus olhos para Deus (Sl 121.1-8)
Clame pela compaixão de Jesus (Mt 9.27-30)
Tenha fé no Senhor (Lc 8.22-25)
Descanse na proteção de Deus (Jo 17.15)
Seja cheio do poder do Espírito Santo (Ef 5.18)
Proclame a sua vitória (Hb 13.6)

        Uma das terríveis armas do medo é tentar convencer a pessoa a desistir dos seus sonhos. Porém, você não deve temer os seus medos e precisa confiar no Senhor (Sl 27.1,3). Nunca pare de sonhar, nem de tentar, muito menos de aprender. O caminho é longo, mas a vitória é certa. Martin Luther King
afirmou: “Se não puder voar, corra; se não puder correr, ande; se não puder andar, rasteje; mas continue em frente de qualquer jeito”.

DEPRESSÃO: A DOENÇA DO SÉCULO

        Dentre as enfermidades que atacam a alma, a depressão vem ocupando lugar de destaque entre as que causam mais danos a milhões de pessoas. É uma doença muito séria que acomete pessoas de todas as idades, classes sociais e religiões.

      Essa doença, ou distúrbio afetivo, desde a origem da humanidade atinge o homem e sua autoestima, gerando sentimento de inferioridade, tristeza e pessimismo. É definida como abatimento, infelicidade, debilidade, entre outros. Algumas queixas somáticas (insônia, fadiga, anorexia) são observadas, assim como um atraso motor, agitação e sentimentos suicidas. É um dos componentes da Psicose Maníaco-Depressiva (PMD). A depressão alcançou um crescimento considerável e deixou de ser apenas uma consequência, passando a ser um fator de risco de outras doenças.

Sintomas da depressão

      Cada ser humano reage de forma diferente à depressão em seus estágios. Alguns sintomas notáveis da depressão expressam dificuldades de concentração, perda ou aumento de apetite, medo e insegurança.

Auto Isolamento

     Este é o estágio que sinaliza o começo de um estado depressivo. A pessoa, aos poucos, se distancia de atividades sociais, optando por momentos a sós, recusando a presença e ajuda da família ou conhecidos.

Auto Recriminação

      Após o confinamento e solidão, a próxima etapa que fortalece a depressão já alojada é a alta culpabilidade. Um dos piores sentimentos que o homem retém é a culpa, necessariamente relacionada ao passado. Pensamentos de desvalorização levam a pessoa a culpar-se de acontecimentos ruins. A baixa autoestima domina intensamente.

Autodestruição

      Este é o ponto final e fatal de uma depressão aguda. Com a pressão emocional, mente confusa, falta de esperança, alma sobrecarregada e o espírito perturbado a pessoa enxerga uma única saída: a morte. Neste ponto crucial as forças malignas, vendo a condição física, emocional e espiritual deplorável em que a pessoa se encontra, partem para o ataque Jo 10 10.

Resposta bíblica aos três estágios depressivos

Primeiro estágio

        O ser humano não foi criado para viver só. Deus fez o homem como um ser social. Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele (Gn 2.18). Na Bíblia, o ser humano cumpre o sentido da vida vivendo em comunhão com Deus e interagindo com os semelhantes.

      A comunhão com Deus é a primeira necessidade essencial da vida. Simultaneamente, o relacionamento com o próximo é obrigatório, salutar e edificante. Não se isole, desfrute a vida e cumpra a sua missão em todos os lugares (veja Gn 21.22; 28.15; Êx 33.14; Js 1.5; Sl 46.7; 2 Cr 1.1; Is 43.1-5; Dn 3.25; Mt 18.20; 28.20; At 7.9).

Segundo estágio

       Deus criou o homem de uma forma muito especial, e isso traz valor à vida humana. Jesus disse:
Por isso, vos digo: não 
andeis cuidadosos 
quanto à vossa vida, 
pelo que haveis de comer
 ou pelo que haveis de 
beber; nem quanto ao 
vosso corpo, pelo que 
haveis de vestir. Não é a 
vida mais do que o
 mantimento, e o corpo, 
mais do que a vestimenta? Olhai para 
as aves do céu, que não 
semeiam, nem segam, 
nem ajuntam em
 celeiros; e vosso Pai 
celestial as alimenta.
 Não tendes vós muito
mais valor do que elas?
Mateus 6.25,26

      Não ocupe sua mente com pensamentos negativos, mas com aquilo que Deus diz sobre 
você. Não se preocupe com os erros, falhas e deficiências que atingem a vida. Seja a luz do Senhor para você e seus semelhantes. Permita ao Espírito Santo guiar os seus passos na verdade que Deus estabeleceu para você (veja Êx 23.25; Dt 28.3-8; Jr 29.11-13; Ef 1.3).

Terceiro estágio

       Não fomos criados para o mal ou para a destruição. Fomos feitos pelas mãos divinas para um propósito maravilhoso, e a vida é um dom de Deus. Ninguém tem autoridade para tirar a própria vida nem a do próximo. Momentos difíceis vêm sobre todos. Não desperdice o futuro que o Senhor tem preparado. Não desista da vida.

      Saiba que somos preciosos aos olhos de Deus (Is 43.4), fomos feitos imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26), e a vida deve ser preservada (4.8-12; 9.6; Êx 2013.

Personagens bíblicos e a depressão

     Nas Escrituras encontramos homens e mulheres que passaram momentos de depressão e angústia. Este estado não significa falta de fé, derrota ou infidelidade. Deus não os abandonou, mas os ajudou a superar.


Exemplos de pessoas que
 enfrentaram a depressão

Moisés (Nm 11.14,15)
Noemi (Rt 1.20)
Elias (1 Rs 19.4)
Davi (Sl 42.5)
Jonas (Jn 4.3)
Ana (1 Sm 1.10)
Jesus (Mt 26.38; Lc 12.50; Jo 12.27)

       Dos exemplos citados, o que enfrentou uma experiência mais aguda e intensa foi o Senhor Jesus. Este fato indica que todas as pessoas podem ser afetadas pela depressão; ímpios ou justos. Ocasionalmente, podemos ser confrontados com a realidade da depressão. Ela é temporária, com um começo e um fim.

       Estes e outros personagens buscaram a Deus e venceram. Existe uma vitória de cura em Deus para os que o buscam no momento de angústia (Mc 5.28).

Atitudes para vencer a 
depressão

      Reconhecer que precisa de cura (Is 1.5,6)
 Ter certeza da cura disponível (Lc 4.18,19)
Renovar a mente com a Palavra de Deus (Rm 12.2)
Romper com o passado (Fp 3.13)
Adorar a Deus mesmo na tristeza (Jó 1.20)
Não murmurar (Tg 1.2,3)
Estabelecer aliança com o Senhor (Sl 56.12,13)
Buscar fortalecimento na alegria de Deus (Ne 8.10)
Perdoar as ofensas (Lc 17.3,4)
Pedir perdão (Mt 6.12)
Louvar e orar no sofrimento (At 16.25)
Ouvir bons conselhos e aplicá-los (Pv 11.14)
Romper com a paralisação; mover-se (2 Sm 12.20)


O que fazer para receber a cura da depressão

        Alguns passos são importantes no processo de cura da depressão. É necessário o homem se aceitar como criatura de Deus, se amar e amar o próximo como a si mesmo (Mc 12.31). É preciso aceitar o perdão. Ele traz a visão de estar vestido com a justiça de Deus, e não com os farrapos do pecado (Pv 28.13; Is 43.25). Sobreponha Deus em sua autoimagem sendo grato pela presença dele em sua vida (Fp 4.13). Visualize-se como Deus o vê e modela (Ef 2.10a). Observe seus objetivos de vida e anote-os para verificar o que precisa ser feito para alcançar os ideais (Lm 3.21). Seja sempre positivo, e evite os murmuradores. Busque o Reino de Deus e a santificação (Mt 6.33; Rm 12.1). Entregue-se a Deus em serviço ao próximo (2 Co 8.1-5). E, por fim, dê graças em tudo (1 Ts 5.18).

PERDÃO: O ALÍVIO DA ALMA

Com o perdão vem a cura da alma ferida. A falta do perdão gera doenças na alma que nos prejudicam. O perdão muda o caráter, molda a personalidade e transforma o ser humano. Nenhum outro método de ajuda alternativo substitui a importância do perdão no processo de cura.

O que é perdão?

      A palavra perdão vem do latim perdonare e tem por definição a benevolência, o indulto, a remissão de culpa e a absolvição. Com ele o ser humano se livra da culpa, ou dívida, e do ressentimento. Através do perdão a pessoa que cometeu o erro é liberada da obrigação da punição emocional. Este é um processo mental ou espiritual libertador necessário que requer coragem para tornar livre o ofensor.

O que não é perdão?

       O verdadeiro perdão não envolve ressentimentos ou vingança. O perdão não está condicionado a explicações convincentes do ofensor, a atitudes de vingança disfarçadas de absolvição, não é ligado à rejeição ou repúdio e distanciamento após a palavra de liberação, não exige desculpas do ofensor, não está relacionado à humilhação, não se prende a promessas de mudanças ou a repetidas lembranças do ocorrido, com o objetivo de reviver a ofensa, por acusação ou prevenção para a não reincidência do erro, e ele não exige recompensa.

O conceito bíblico de perdão

Na Bíblia, a tradução perdão significa abrir mão, deixar ir embora. Para entendermos o perdão é necessário compreender que o pecador é um devedor espiritual.

Perdoa-nos as nossas 
dívidas, assim como nós 
perdoamos aos nossos 
devedores.
Mateus 6.12

       O homem se torna devedor quando transgride a Lei de Deus (1 Jo 3.4). Com isso, ele ocupa a posição de pecador aos olhos do Senhor perdendo a comunhão com Deus (Is 59.1,2). Cada pecador precisa suportar a culpa de sua própria
transgressão e o justo castigo do pecado (Ez 18.4,20; Rm 6.23).

Perdão é decisão corajosa de fé

      A decisão do perdão começa e termina no espírito humano, sendo, assim, um passo de fé, não de vontade. A vontade é parte da alma e a fé é uma qualidade do espírito. O perdão não é um sentimento, é uma escolha. É um poderoso mandamento que, quando obedecido, transforma a alma ferida.

      Tenha a coragem espiritual e moral de ouvir a voz do seu espírito. Tome a decisão e perdoe sem exigir justificativas ou promessas. Como resultado, você terá segurança e paz interior.

Perdão aos semelhantes

       Deus nos perdoou, em Cristo Jesus, e Seu amor não tem fim. Da mesma forma, precisamos perdoar os nossos semelhantes. A sensação do alívio de um perdão recebido traz frescor à alma. Devemos proporcionar ao próximo o mesmo alívio à alma.

      Quando buscamos razões ou justificativas para o ato do ofensor a dificuldade de perdoar aumenta. Perdoe de todo coração, e a paz do Senhor fechará as feridas abertas (Ef 4.32).

Perdão é escolha pessoal

       O ser humano é dotado de livre arbítrio, o poder de escolha das suas ações. A vida é feita de escolhas em todos os aspectos, e o perdão é uma delas. Escolher é estabelecer o que a vontade deseja, e Deus não interfere nas escolhas do homem (Js 24.15).

Perdoar é libertar

       A falta de perdão é uma escravidão destrutiva que causa divisão. O perdão liberta e abre as portas de todas as cadeias que aprisionam (Sl 142.7). Ele libera o homem da prisão do passado, dos pensamentos negativos, tormento e dor.

        A mente é a parte mais importante da alma, como a sede dos pensamentos e decisões. Ela comanda as emoções e tem poder sobre elas. Os pensamentos ruins chegam à mente humana mesmo sem o desejo. Dessa forma eles causam o medo e as suas inseguranças.

       As fortalezas e as prisões são construídas na mente para abrigarem os pensamentos negativos. Com isso, a pessoa aprisionada por tais pensamentos esquece o bem que ela tem e as conquistas da vida. Esse negativismo assombra e causa pânico tornando-a refém do pessimismo.

      Todo pensamento resulta em um sentimento, e o sentimento gera um comportamento. Então, devemos compreender que é necessário um controle dos nossos pensamentos, gerando, assim, um domínio dos comportamentos. Quando não controlamos os pensamentos somos escravos do tempo e do impulso que resulta em coisas que não nos satisfarão. Nossas ações serão contrárias ao legítimo valor da vida.

       O perdão é a única rota para a libertação, pois sem ele permanecemos no cativeiro (Mt 18.23-35). Perdoe aqueles que lhe ofenderam (v. 21,22).

Tormento e dor

      O perdão liberta o ser humano do tormento e da dor. Aquele que não perdoa age como se ingerisse veneno esperando a mote do outro. E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia (Mt 18.34).

Os atormentadores, cruelmente, ferem o homem. As emoções são alvos dos demônios, tornando a vida amarga. Na dimensão espiritual eles atacam com artilharia pesada obstruindo e cortando a comunhão espiritual com Deus, levando acusação e roubando a paz (Sl 6.6; 51.3).

Para saber mais sobre o perdão restaurador segundo o coração de Deus, veja: Salmo 78.38; 103.3; 130.4; Isaías 43.25; 44.22; 55.7; Lucas 6.37; 2 Coríntios 2.7; e Colossenses 2.13.

ORGULHO E SOBERBA

A maior parte da vida humana acontece na alma onde estão os sentimentos, a vontade e a razão, ou o raciocínio. Esta é a área em que somos mais atacados pelo pecado que debilita a alma e aprisiona o espírito. A alma doente precisa ser sarada. Ao viver dolorosamente esta experiência, o rei Davi pediu ajuda ao Senhor (Sl 41.4; 142.7).

       Orgulho, soberba, arrogância estão no mesmo grupo de doenças perigosas que buscam destruir a vida abundante de paz, alegria e felicidade que o   
O orgulho pode ser benigno e o maligno. O benigno é um sentimento de dignidade pessoal, brio. Este orgulho é agradável diante de Deus. O maligno é um conceito elevado ou exagerado de si próprio que envolve egoísmo e arrogância.

Orgulho e soberba na 
Bíblia

Palavras orgulhosas e arrogantes (1 Sm 2.3)
Deus destrói o poder soberbo (Ez 30.18)
O orgulho é pecado (Pv 21.4)
O orgulho escraviza e controla (Sl 59.12)
A soberba orgulhosa derruba (Pv 29.23)Deus trata com o orgulho (Is 13.11)
A soberba orgulhosa engana (Ob 3)

Orgulho e soberba na 
Bíblia

Palavras orgulhosas e arrogantes (1 Sm 2.3)
Deus destrói o poder soberbo (Ez 30.18)
O orgulho é pecado (Pv 21.4)
O orgulho escraviza e controla (Sl 59.12)
A soberba orgulhosa derruba (Pv 29.23)Deus trata com o orgulho (Is 13.11)
A soberba orgulhosa engana (Ob 3)

       Observe o comentário da Concordância de Strong acerca da soberba ou o orgulho:

O termo grego é huperephania. A soberba é o décimo segundo na lista dos treze vícios interiores. A palavra significa desdém, arrogância, orgulho ostensivo que beira a insolência e comportamento desdenhoso em relação aos outros. É um pecado farisaico caracterizado pela superioridade de comportamento, A palavra é uma combinação de huper “muito” e phanomai “aparecer”. É um estado de orgulho bem oposto à reivindicação de Jesus para si mesmo, manso (praotes) e humilde (tapeinos).


Atitudes vitoriosas sobre o 
orgulho,
 a soberba e a
 arrogância

Não aja por exaltação própria (Fp 4.3)
Considere o valor das outras pessoas (Rm 12.10)
Crucifique o seu ego e desejos carnais (Gl 5.24)
Não discrimine — viva a comunhão (At 2.44)
Considere as suas próprias limitações (Jó 14.1,2)
Mantenha seu espírito humilde (Pv 29.23)
Ore ao Senhor pedindo proteção (Sl 19.13)

IRA E ÓDIO

Não te apresses no teu 
espírito a irar-te,
porque a ira abriga-se 
no seio dos tolos.
Eclesiastes 7.9

      Na condição de seres humanos todos nós enfrentamos sentimentos de ira, ódio, raiva e furor. Há um plano diabólico operante em todos os lugares promovendo esses sentimentos (2 Tm 3.13).

      Há um questionamento: por que tanto ódio? Como lidar com estes sentimentos? A palavra de Deus diz: Aquele que crê no Filho tem a vida eterna, mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece (Jo 3.36).

Significado de ira e ódio

     Ira significa cólera, raiva e até ódio. Desejo de vingança, indignação e repulsa ante à vergonha. Termo de origem latina referente à fúria e à violência. No original grego thumos pode ser associado aos vocábulos tomilho e orge: raiva inflamatória e explosiva, agitação turbulenta e fervorosa, ímpeto de raiva, e raiva como um hábito fixo.
   
     Ódio vem do latim odĭum, é uma antipatia ou aversão. É um sentimento negativo em que se deseja o mal ao próximo. Martin Luther King declarou: “Tenho visto demasiado ódio para querer odiar”.

Temas sobre ira e ódio
O ódio gera a dissensão e a contenda (Pv 10.12)
Abençoar aos praticantes do ódio (Lc 6.27,28)
A ira produz um estado de loucura (Pv 14.17)
O Senhor Jesus odeia a iniquidade (Hb 1.9)
O ódio produz morte e homicídio (1 Jo 3.15)

Moisés e a ira

       E era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.
Números 12.3

      Entretanto, Moisés foi tomado pela ira, algumas vezes (Êx 32.19; Nm 20.10,11). Isto nos ensina que qualquer pessoa pode ser atacada pela ira. Ninguém está isento de ser pego por esse mal que prejudica a alma e pode levá-la à destruição.

Dois aspectos da ira e do ódio

     Tanto a ira como o ódio aparecem na Bíblia em dimensões positivas e negativas. O lado negativo se manifesta quando a alma, sem controle dos padrões de comportamento bíblicos, se deixa extrapolar pela ação da ira, condição fixa de permanecer irado todo o tempo e pode se transformar em ódio. Neste ponto a alma alcança um estado crítico de confusão, insegurança e descontrole. A doença chamada ódio é uma paixão que gera um mal a alguém.

      Estes sentimentos estão incluídos na lista das obras da carne (Gl 5.19,20). O ódio maligno com a ira negativa produz um veneno terrível para destruição da alma. Estes dois sentimentos são inimigos operando no interior do ser humano produzindo amargura, raiva e frustração.

       Irai-vos e não pequeis (Ef 4.26). Esta é a parte positiva da ira e do ódio. De fato, a ira contra o pecado é uma ação correta. O Senhor Jesus irou-se diante da incredulidade e da hipocrisia (Mt 23). Deus se ira diante da perversidade e da apostasia (Êx 4.14). Irar-se diante do erro do pecado não gera problemas.

Receita para a cura da ira e do ódio

       Todos os crentes salvos sofrem perseguições e estão sujeitos a esse sentimento em resposta às circunstâncias. Somos salvos comprometidos com o Senhor, porém, humanos. Porém, a Palavra de Deus diz:

E odiados de todos sereis 
por causa do meu nome;
 mas aquele que 
perseverar até ao fim 
será salvo.
Mateus 10.22

Tenho-vos dito isso, para 
que em mim tenhais 
paz; no mundo tereis 
aflições, mas tende bom 
ânimo; eu venci o mundo.
Lucas 16.33

        Para vencer a ira e o ódio, ame profundamente a Lei do Senhor (Sl 119.165), abençoe, ame, ajude e ore pelos que te odeiam (Mt 5.44), controle suas emoções pela meditação bíblica (Sl 119.78), refreie a sua língua, abençoe e nunca amaldiçoe (1 Pe 3.9,10), perdoe com amor todos os seus inimigos (Mt 6.14,15), e tolere as ofensas fechando a porta ao ódio (Cl 3.13).

                                 Fundamentos terapêuticos

Rejeição decidida, corajosa e firme contra toda ira 
e rancor (Sl 37.8)
Despojamento de todo sentimento de ira, cólera e ódio (Cl 3.8)
Linguagem suave, pacífica, tranquila e serena (Pv 15.1)
Transferência de toda ira e ódio para Deus (Jó 36.5,6)
Ministração contínua do bem em lugar do mal (Rm 12.21)
Utilização da longanimidade (Pv 1.5,8)
Manutenção da paz no corpo, na alma e no espírito (Sl 4.8)

Fundamentos terapêuticos

Rejeição decidida, corajosa e firme contra toda ira e rancor (Sl 37.8)
Despojamento de todo sentimento de ira, cólera e ódio (Cl 3.8)
Linguagem suave, pacífica, tranquila e serena (Pv 15.1)
Transferência de toda ira e ódio para Deus (Jó 36.5,6)
Ministração contínua do bem em lugar do mal (Rm 12.21)
Utilização da longanimidade (Pv 1.5,8)
Manutenção da paz no corpo, na alma e no espírito (Sl 4.8)

MALEDICÊNCIA

        Toda pessoa maldizente está cronicamente doente na alma; algumas, em estado avançado. A maledicência é uma doença perigosíssima, e com um certo grau de dificuldade para ser tratada.

        O maldizente fala mal dos outros, difama e amaldiçoa o próximo. A pessoa que resmunga está sempre aborrecida e raivosa. O maldizente faz mexerico e gera intriga. Mexericar é contar algo malevolamente, em segredo. Porém, Deus condena essa atitude (Lv 19.16).

                             Maldizentes segundo
                            Provérbios 16.27-29 KJ

Maligno: utiliza a sua língua para atear fogo direcionado sempre para o mal. Perverso: divulga contendas prejudicando dos outros.
Difamador: usa a língua unicamente para caluniar e destruir reputação.
Violento: língua maledicente que seduz para o mal guiando por caminhos perigosos.


A sétima coisa que Deus abomina

      Testemunha falsa que 
profere mentiras e o que 
semeia contendas entre 
irmãos.
Provérbios 6.19 ARA

        Abominar é aborrecer, detestar, execrar. Deus tem esses sentimentos quando alguém maldiz e semeia contendas. Miriã, irmã de Moisés, ficou imediatamente leprosa após murmurar contra o servo do Senhor. Moisés intercedeu por ela e Deus a livrou. Cuidado com o juízo do Senhor.

O que diz a Bíblia

Guarda a tua língua do 
mal e os teus
lábios, de falarem
 enganosamente.
Salmo 34.13

         Devemos falar apenas aquilo que é correto, construtivo e santo. Os lábios precisam ser guardados de todo mal. A boca fala do que o coração está cheio (Mt 12.34). A escolha das palavras certas começa no coração (veja Pv 10.31,32; 12.18,19).

          Não devemos ferir, magoar ou entristecer os que nos ouvem. Nossas palavras devem gerar saúde, pois a morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto (Pv 18.21).

O que guarda a boca e a 
língua
 guarda das angústias a
 sua alma.
Provérbios 21.23

Como curar a alma da 
maledicência

 Decida mudar completamente (2 Sm 12.13)
Liberte-se de todas as palavras prejudiciais (Cl 3.8)
Louve a Deus em vez de reclamar ou murmurar (Sl 34.1)
Ouça mais e fale menos (Tg 1.19)

Como curar a alma da 
maledicência

 Decida mudar completamente (2 Sm 12.13)
Liberte-se de todas as palavras prejudiciais (Cl 3.8)
Louve a Deus em vez de reclamar ou murmurar (Sl 34.1)
Ouça mais e fale menos (Tg 1.19)

AMARGURA: O VENENO DA ALMA

       Esforçai-vos para viver 
em paz com todas as 
pessoas e em
 santificação, sem a qual
 ninguém verá o Senhor. 
Vigiai para que ninguém
 se exclua da graça de
 Deus; que nenhuma raiz
 de mágoa venenosa
 brote e vos cause 
confusão, contaminando 
muitos.
                                                                             Hebreus 12.14,15 KJA

         A amargura é uma das enfermidades mais comuns que atacam a alma. Ela não escolhe idade, sexo, condição social ou cor da pele. Ela não diferencia o religioso do que não tem religião. A amargura é um sentimento amargo de aflição, angústia e desgosto que atinge a alma. Ela ataca todas as pessoas e caso não seja devidamente confrontada e desalojada da alma, seus efeitos serão devastadores.

       No idioma grego, amargura significa ferir; no idioma hebraico este vocábulo refere-se a algo pesado. As vítimas da amargura têm feridas profundas. O impacto desta doença emocional gera doenças físicas, transtorno mental e até morte física e espiritual (Hb 12.15).

Ressentimento — combustível da amargura

        Ressentimento é uma emoção muito forte que possui um poder controlador com ligações profundas à amargura. É sentir de forma repetida as emoções ruins geradas por mágoa enraizada pelo tempo. É trazer à tona dores inacabadas, contemplar cenas passadas que causam dor e reviver as sensações de mágoas.

        Os sentimentos ruins tendem a ficar escondidos no coração de maneira que não sejam percebidos de imediato, até que, em um momento, os frutos amargos são produzidos e o resultado é o afastamento das pessoas com raízes de amargura.

Raiz venenosa

       A raiz venenosa é uma figura bíblica com significados importante acerca da amargura. Sendo uma espécie do reino vegetal com significados espirituais, ela abre caminho para as obras da carne. Ela é amarga, perniciosa e destrói as virtudes do homem, se espalhando pela alma, espírito e corpo.Essa raiz é formada através das ofensas, injustiças e sofrimentos de todas as origens. Ela gera grandes problemas e debilidades, infidelidade no relacionamento e destrói famílias, e provoca suicídios ou homicídios.

Porque viu o Senhor que
 a miséria de Israel era 
muito amarga, e que
 nem havia escravo, nem 
absolvido, nem quem 
ajudasse a Israel.
2 Reis 14.26 NVI

Considerações bíblicas 
acerca da amargura

Amargura de Esaú (Gn Amargura de Ana (1 Sm 1.10)
Amargura de Jó (Jó 21.25)
Amargura que produz fel e absinto (Dt 29.18)
Seu veneno atinge o espírito (Pv 31.6)
Maldição vinculada à amargura (Rm 3.14)
O coração conhece a sua própria amargura (Pv 14.10)

Como vencer a amargura

       Para obter a cura da amargura, guarde o seu coração (Pv 4.23), use o escudo da fé (Ef 6.16), celebre ao Senhor (Sl 100.1-5), tenha intimidade com Espírito Santo (Rm 8.26,27), alimente-se da Palavra (Jr 15.16), busque refúgio, refrigério e força na oração (Fp 4.6), peça perdão e nunca o negue (Ef 4.32).Busque a Deus, mesmo com o coração triste; ame e ajude o próximo. Cumpra com as obrigações espirituais, familiares e sociais. Não perca o foco das prioridades estabelecidas pelo plano de Deus em sua vida. Busque o crescimento e a maturidade, e seja flexível para perdoar, pedir perdão e exercer misericórdia.

ANSIEDADE: A ALMA PREOCUPADA

       Quando a ansiedade já 
me dominava no íntimo,
 o teu consolo trouxe 
alívio à minha alma.
Salmo 94.19 NVI

       Estar em paz não significa ausência de problemas e de aflições. Porém, significa depender totalmente da presença, do amor e do poder de Deus.

       Alguns especialistas caracterizam a ansiedade como o conjunto de sintomas que prejudicam o dia a dia com preocupações excessivas, medos exagerados, angústias, insônia e tensões. A crise de ansiedade gera instabilidade ao dia a dia e aos relacionamentos.

       A ansiedade no coração
 do homem o abate; mas 
uma boa palavra o
 alegra.
Provérbios 12.25 ARA

Definição de ansiedade

        Condição caracterizada por um sentimento de insegurança que, na falta de controle, pode se transformar em desespero. Ela se manifesta através da apreensão e vulnerabilidade. A ansiedade gera inquietação, irritabilidade e preocupação. Em suas formas mais graves, a ansiedade é um dos tipos mais comuns de transtornos psicológicos que afetam o bem-estar. Está diretamente ligada ao medo do fracasso pessoal. Enquanto a depressão é caracterizada pelo excesso de passado, a ansiedade é um excesso de algo que ainda está por vir, o futuro.

Cure-se da ansiedade

Lançando sobre ele toda
 a vossa ansiedade,
 porque ele tem cuidado
 de vós.
1 Pedro 5.7

       Strong, em sua concordância, define o vocábulo cuidado como merimna. A palavra denota distrações, ansiedades, fardos  e preocupações. É estar ansioso antecipadamente com o cotidiano.
                      

                                 Passos vitoriosos

Tenha certeza de que Deus controla todas as coisas (Mt 10.29-31)
Creia que Deus o ajudará (Is 44.2)
Saiba que sua vida tem significado, propósito e importância (Jr 1.4-10)
Ninguém tomará o que lhe pertence (Êx 10.26)
Mantenha o seu foco no Senhor (2 Cr 20.12)
Tire da sua alma todo sentimento de vingança (Pv 20.22)Na tristeza busque ajuda na oração (Tg 5.13)
Pratique o amor (1 Jo 4.18)
Desfrute do dia presente que o Senhor fez (Sl 118.24)
Rompa definitivamente com toda inquietação (Fp 4.6)

Reflexão

        A ansiedade sobrevém por medo de um futuro que somente Deus conhece. O tratamento divino se manifesta em três aspectos:

Individual

        Exercer influência sobre sua vida interior, refletir sobre a vida não se resumir ao nascer, viver e morrer. Isso traz uma compreensão de que a vida não se trata apenas do que é atual, mas, sim, inclui a compreensão do destino e salvação eterna. Essa reflexão ajuda na aquisição de uma perspectiva a longo prazo que traz confiança sobre o mal. Mil cairão ao teu lado, e dez mil, à tua direita, mas tu não serás atingido (Sl 91.7).

Social

      Deus intervém não apenas pela adoração em comunidade ou por palavras de outras pessoas. Ele o faz também por atitudes e exemplos demonstrados pelos homens.

Divino

       Abrange o relacionamento pessoal entre o ser humano e Deus através da oração. A oração consiste no diálogo com Deus como um amigo e conselheiro; é abrir-se diante de Deus expondo os temores pessoais. A profundidade na oração e na Palavra desenvolve a confiança e fortalece a fé.


Salmo 37 e a cura da 
ansiedade

Um dos mais poderosos e terapêuticos capítulos para curar-se da ansiedade é o Salmo 37. Neste segmento, destacamos trechos que abrirão o mundo espiritual para você receber conhecimento, sabedoria, maturidade e crescimento. O estudo, a meditação, a reflexão e a obediência aos  princípios estabelecidos neste salmo lhe indicarão o caminho a seguir.
Não te indignes (v. 1). Não se aborreça, não se chateie, não se deixe dominar pela inveja. Não deseje as riquezas ilícitas dos outros. Guarde a sua alma em paz.
Confia no Senhor (v. 3). Com este passo você terá uma fé inabalável em Deus que lhe brindará com a vitória contra toda ansiedade.
Faze o bem (v. 3). Ajudar pessoas carentes, praticando a inclusão social sem esperar recompensas, é a medicina essencial para curar-se da preocupação.
Deleita-te no Senhor (v. 4). Tenha prazer e satisfação ao saborear a presença do amor de Deus. Não há lugar para a ansiedade.
Entrega (v. 5). Este ato de rendição é fundamental para tirar a doença da ansiedade. Não espere para entrega tudo ao Senhor.
Confia (v. 5). Acreditar com todo o ser é a atitude certa para receber a cura física, emocional e espiritual.
Descansa (v. 7). Ansiedade sinaliza a alma cansada. Somente em Deus ela encontra descanso, paz e segurança. O Senhor diz vinde a mim aos cansados.
Espera (v. 7). Não antecipe as coisas antes da hora determinada. Fortaleça o seu ser com as promessas do Senhor.
Deixa a ira (v. 8). Este sentimento de indignação, furor e vingança deve ser abandonado. Substitua esse sentimento de ira pela compaixão e misericórdia.
Compadece-se (v. 26). Tenha compaixão e tolerância com os carentes. Concilie, aceite e seja paciente.
Empresta (v. 26). Estimulada pela compaixão sua alma empresta. Emprestar é autodoação. O Senhor Jesus doou-se pela humanidade.

Mas a salvação dos 
justos vem do SENHOR;
ele é a sua fortaleza no 
tempo da angústia.
Salmo 37.39




TEXTO EXTRAÍDO DO LIVRO :
 CORPO ALMA E ESPÍRITO
JOÁ CAITANO

Nenhum comentário:

Postar um comentário