Escola Bíblica Dominical: O testemunho dos evangelhos sobre a existência de Jesus - Se Liga na Informação





Escola Bíblica Dominical: O testemunho dos evangelhos sobre a existência de Jesus

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Texto Áureo
"E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.", Jo 1.14
Verdade Aplicada
Jesus foi um homem real, não um fantasma ou um simples espírito, ao ponto de conviver entre homens.
TEXTOS DE REFERÊNCIA

Mt 16.13-17
13 - E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem?
14 - E eles disseram: Uns, João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profetas.
15 - Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou?
16 - E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
17 - E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus.

Introdução
O principal testemunho cristão sobre Jesus são os evangelhos. Resumem, cada um à sua maneira, a catequese oral dos primeiros decênios do cristianismo sobre a pessoa, as palavras e as obras de Jesus.

1. Mateus e o seu evangelho
O conteúdo do evangelho de Mateus mostra a intenção de provar que o surgimento de Jesus não foi por acaso, foi vaticinado nos escritos que os judeus tanto veneravam: Lei de Moisés, Profetas e Salmos (ou seja, o Antigo Testamento). O texto escrito por Mateus é também um apelo, uma tentativa de provar aos judeus quem era Jesus Cristo.

1.1. A genealogia de Jesus em Mateus
Mateus, ao escrever para os judeus, mostrou uma linguagem segundo os padrões judaicos, através dos ancestrais do pai da criança. Isto foi feito porque seria essencial demonstrar que Jesus era descendente tanto do rei Davi como do patriarca Abraão.


1.2. Jesus, o Messias prometido no Antigo Testamento
Os judeus sabiam que o Messias seria da família real. Outro fator importante é vínculo de Jesus com Abraão, o pai do povo judaico. Os judeus não aceitariam um Messias que não fosse descendente de Abraão e de Davi, por isso era mister que Mateus incluísse esse fato na genealogia de Jesus Cristo. Mateus, então, comprova que Jesus é um legítimo judeu. E, mais do que isto, é o Messias (Messias em hebraico e Cristo em grego têm o mesmo significado em português: "Ungido") descrito no Antigo Testamento.

1.3. Jesus é o Rei dos judeus
Um dos intuitos de Mateus escrever sua versão da pessoa de Cristo é mostrar que a promessa de Deus feita ao rei Davi (2Sm 7.12, 16) se cumpriu com o nascimento de Jesus Cristo. O evangelho do Rei, Mateus, menciona claramente que os magos do Oriente procuravam um rei: "E tendo nascido Jesus em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do Oriente a Jerusalém, dizendo: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo." (Mt 2.1-2). Os judeus sempre olharam para frente baseados na promessa de que Deus iria restaurar Israel para uma idade de ouro sob o comendo do Messias, filho de Davi, que seria um segundo Davi.

2. Lucas e a historicidade de Jesus Cristo
Segundo diversos comentaristas, provavelmente o evangelho de Lucas foi destinado aos gregos. Sua narrativa é compreensiva, mais detalhada. Seu propósito é firmar a historicidade da vida de Jesus. Cristo é mostrado como o Homem Perfeito, Filho do Homem. O objetivo fundamental do autor foi o de escrever uma narrativa que expusesse informações e detalhes que comprovassem a certeza dos fatos, que entre muitos se cumpriram (Lc 1.1-4).

2.1. A genealogia de Jesus em Lucas
Lucas, ao narrar a genealogia de Jesus, volta até Adão, o primeiro homem, para assim apresentá-lo como Filho do Homem. Outro fato importante é que, diferente de Mateus, que traça a linhagem de Jesus através do rei Salomão (Mt 1.6-7), Lucas traçou a linhagem de Jesus através de Natã, filho de Davi, (Lc 3.31) Craig Keener comentou que uma possibilidade é que Mateus registrou genealogia de José e Lucas a de Maria, sendo ambos (José e Maria) descendentes da casa de Davi. Contudo, ambos os registros atribuem a linhagem a "José".

2.2. Jesus e a promessa de um Salvador
Para Lucas, Jesus foi o homem verdadeiro, nascido de mulher, com credenciais genealógicas que comprovam a sua autenticidade e por isso sentiu no seu corpo o que todo ser humano sente e, assim, identificou-se plenamente com todos os homens. Em Gênesis 3.15 temos a promessa do surgimento de Jesus Cristo, o Salvador da humanidade (não só dos judeus). Temos, neste texto bíblico três promessas: 1) Prediz o nascimento de Jesus, oriundo do nascimento da "semente" da mulher (uma virgem, sem interferência da "semente" do homem); 2) A promessa revela o sofrimento de Jesus e Sua morte na cruz (Satanás "feriria" o "calcanhar" de Cristo); 3) Vitória de Jesus sobre Satanás (Cristo "ferirá" a cabeça de Satanás). O que Jesus fez na cruz foi uma vitória, pois aniquilou "o que tinha o império da morte" (Hb 2.14) e transportou, os que creem, para o Seu reino (Cl 1.13-14).
2.3. O Antigo Testamento pré-anunciava o surgimento de Jesus Cristo
Quando Lucas registra o episódio ocorrido no "Caminho de Emaús", com dois discípulos, onde Jesus os repreendeu dizendo que eles eram néscios  e tardios de coração para crer no que os profetas disseram, e "começando por Moisés e por todos os profetas", Ele explicou-lhes "o que dele se achava em toda as Escrituras" (Lc 24.25-27). Ainda no capítulo 24, Lucas relata a fala de Jesus dizendo: "São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos." (Lc 24.44). É importante destacar que o entendimento dos discípulos se abriu e eles compreenderam as Escrituras e creram que de fato Jesus era o Ungido de Deus.
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3. A visão de Marcos sobre Jesus
Diferente dos evangelistas Mateus e Lucas, Marcos omite todas as genealogias judaicas de Jesus. De acordo com diversos estudiosos, Marcos escreveu seu evangelho, primeiramente, tendo como destino  os romanos, que não nutriam nenhuma expectativa  do surgimento de um Messias ou de um rei judeu. Por isso, começa a relatar a vida de Jesus de forma repentina e sucinta. Marcos apresenta um Jesus que é, ao mesmo tempo Filho do Homem e Filho de Deus. Marcos contribui para provar a existência de Jesus, uma vez que revela a existência de uma homem singular, diferente de todos os que já existiam.

3.1. Jesus como Filho do Homem
Diferente da mitologia grega e seus deuses fantasiosos, Jesus é Deus que se fez carne, se fez homem, (Fp 2.7) e habitou entre os mortais (Jo 1.14). Em Marcos 2.10, 28, o próprio Senhor Jesus identificou-se como "o Filho do Homem" ao falar de Sua autoridade para perdoar e sobre o sábado. O dicionário VINE comenta sobre esse título em relação a Jesus: Ele não é apenas homem, mas é "o Filho do Homem", não pela geração humana, mas de acordo com o uso semítico da expressão, participando das características (exceto o pecado) da humanidade que pertence à categoria do gênero humano.

3.2. Jesus, "o servo sofredor"
Marcos apresenta Jesus vivendo no meio dos marginalizados, tocando em leprosos (Mc 1.41), comendo com pescadores (Mc 2.15) e acolhendo a mulher impura (Mc 5.25-34). Marcos narra um Deus que reincorpora os marginalizados na vida social em vez de excluí-los, prática comum dos "deuses mitológicos". Marcos mostra a atitude de Jesus, que tira a imagem de um Deus inatingível, vingativo e punitivo, como mestre e guardião da Lei, por quem os fariseus e os essênios esperavam (Mc 7.1-7). Marcos vê em Jesus um Deus que não explora as pessoas nem domina, diferentes dos deuses então venerados, mas que veio para servi-las (Mc 10.45).

3.3. Quem é Jesus?
O evangelho escrito por Marcos insere a pergunta sobre a identidade de Jesus: "Quem dizem os homens que eu sou?" (Mc 8.27b). A questão proposta não tem um única resposta - até hoje as pessoas continuam tentando responder quem é Jesus: personagem original (não tem êmulo em nenhuma literatura); personagem perfeito (nunca peca, nunca erra); personagem de caráter perfeito (nunca sofre alteração); personagem de caráter singular (virtudes sem precedentes); personagem de caráter universal ( nEle nada há de local ou temporal). Jesus é narrado de forma tão clara que possui sinais inequívocos de realidade

CONCLUSÃO
As narrativas do Novo Testamento sobre Jesus estão além da capacidade que o homem tem de inventar. Todos os esforços para dar à história de Jesus o caráter de mito têm-se esboroado contra a poderosa realidade do Seu caráter e da Sua influência por, aproximadamente, dois mil anos.
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QUESTIONÁRIO

1 - Qual o principal testemunho sobre Jesus?
2 - O que temos em Gênesis 3.15?
3 - Em Marcos 2.10, 28, como o próprio Jesus se identificou?
4 - Qual dos evangelistas apresenta Jesus como "o Servo sofredor"?
5 - Por que Jesus é um personagem perfeito?

Fonte: Revista Betel

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