Escola Bíblica Dominical: O primeiro projeto de Globalismo - Se Liga na Informação





Escola Bíblica Dominical: O primeiro projeto de Globalismo

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TEXTO ÁUREO
“Por isso, se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o SENHOR a língua de toda a terra e dali os espalhou o Senhor sobre a face de toda a terra” (Gn 11.9).

VERDADE PRÁTICA
O globalismo afronta os propósitos de Deus quanto ao povoamento e ao governo da Terra.

LEITURA DIÁRIA

Segunda — Gn 9.1,7
A multiplicação da família de Noé

Terça — Gn 9.22
A apostasia de Cam

Quarta — Gn 9.29
A morte de Noé

Quinta — Gn 10.8,9
A ascensão de Ninrode

Sexta — Gn 11.1-10
A tentativa de unificação global

Sábado — Gn 12.1,2
A chamada de Abraão

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Gênesis 11.1-9.
1 — E era toda a terra de uma mesma língua e de uma mesma fala.
2 — E aconteceu que, partindo eles do Oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e habitaram ali.
3 — E disseram uns aos outros: Eia, façamos tijolos e queimemo-los bem. E foi-lhes o tijolo por pedra, e o betume, por cal.
4 — E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.
5 — Então, desceu o SENHOR para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam;
6 — e o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e, agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.
7 — Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro.
8 — Assim, o SENHOR os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade.
9 — Por isso, se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o SENHOR a língua de toda a terra e dali os espalhou o SENHOR sobre a face de toda a terra.

HINOS SUGERIDOS
185, 274 e 383 da Harpa Cristã.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
As Escrituras revelam que um projeto global de poder que tire Deus do centro é, por natureza, maligno. Isso foi registrado nas Sagradas Escrituras. A partir de um projeto global de poder, homens intentaram construir um “mundo particular” em que Deus não faria mais parte dele.

Em pleno século XXI assistimos a esse mesmo projeto global de poder. Suas cores foram modificadas, mas a essência continua a mesma: Uma cultura secular que, no “espírito do Anticristo”, projeta um estilo de vida sem Deus, uma espiritualidade fabricada e uma religião produzida. Entretanto, como na civilização de Babel, Deus continua a intervir poderosamente no mundo, mostrando ao homem que seus intentos têm limites. Ele continua a governar o mundo.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Hoje, estudaremos a primeira iniciativa de se globalizar a Terra. Essa apostasia teve lugar em Sinear, na Mesopotâmia. Ali, homens ímpios e dissolutos incitaram a descendência de Noé a aglomerar-se num só lugar, sob um único governante. Foi assim que nasceu o globalismo: uma doutrina contrária ao propósito divino quanto à povoação e ao governo da Terra.

Em seguida, veremos como se deu a intervenção do Senhor naquele projeto insano. Num único ato, Deus confundiu a língua dos filhos de Noé, e os espalhou pelos mais remotos continentes e ilhas. Finalmente, constataremos como o Senhor deu início à linhagem piedosa de Israel, chamando o patriarca Abraão a viver pela fé.

Que Deus nos ajude a compreender mais esta lição extraída de sua maravilhosa e insondável Palavra. Seja-lhe tributada toda a glória. Amém!

I. A SEGUNDA CIVILIZAÇÃO HUMANA
Neste tópico, veremos que, após o Dilúvio, o Senhor firmou uma nova aliança com Noé. E, assim, o patriarca deu início à segunda civilização humana. Todavia, o seu filho mais novo, rebelando-se, inaugurou outro período de decadência e menosprezo em relação aos mandamentos divinos.

1. A apostasia de Cam e de Canaã.
O episódio da vinha de Noé acabou por revelar a irreverência de Cam, o seu filho caçula, e a maldade de seu neto, Canaã (Gn 9.20-29). Tinha início, ali, uma apostasia que, se não fosse a interferência divina, comprometeria a ordem de povoar a Terra.

Assim como a cultura caimita induzira os filhos de Sete ao pecado, o modo de vida de Cam e de seu filho, Canaã, pôs-se a influenciar a descendência de Sem e de Jafé ao pecado e à iniquidade (1Co 15.33).

2. O enfraquecimento da doutrina de Noé.
Com a multiplicação de seus filhos, Noé começa a perder o controle espiritual e moral sobre estes; sua doutrina já não era seguida como antes. Haja vista que. Cam, seu filho, viu a nudez de seu pai, e propagou-a a seus dois irmãos, um desrespeito à dignidade de Noé (Gn 9.20-24).

Sim, faltou muito pouco para que esta nova civilização tivesse o mesmo destino da anterior. Além do mais, Noé não estaria para sempre com os seus descendentes, a fim de refrear-lhes os excessos e desatinos (Gn 9.29).

3. O descaso para com o mandamento divino.
Apesar de sua prodigiosa multiplicação, os filhos de Noé ignoraram a ordem divina quanto à povoação da Terra (Gn 9.7). Ao invés de se espalharem, aglomeraram-se desobedientemente num só lugar.

SUBSÍDIO DIDÁTICO—PEDAGÓGICO
Mostre aos alunos que a história narrada no presente tópico encontra-se em Gênesis 9.18-29. Contextualize-os do encadeamento do relato bíblico: (1) Noé embriaga-se com o vinho; (2) Sua nudez foi vista pelo seu filho mais novo. Cam; (3) Cam desdenhou de seu pai aos seus irmãos, mas estes cobriram imediatamente a nudez de Noé; (4) Ao recuperar os sentidos, Noé não deu sua bênção a Cam e concentrou maldição a Canaã, seu neto, filho de Cam. É bom lembrar que a descendência de Canaã foi marcada por imoralidades agudas, sendo assim, fonte de muita corrupção para os israelitas. Esse relato trágico prepara o contexto simbólico que forjará a Torre de Babel e sua consequências.

II. O GLOBALISMO DE BABEL
Naquele estágio, a civilização iniciada por Noé dispunha de todos os fatores, para criar uma sociedade ímpia e globalista: uma só língua, um só povo e uma só cultura. Levemos em conta, igualmente, a ascensão de Ninrode e a tecnologia já acumulada para se construir a cidade e a torre de Babel.

1. Uma só língua e um só povo.
Até aquele momento, como já vimos, a humanidade falava um só idioma e constituía-se num único povo (Gn 11.1). Pelo que inferimos do texto sagrado, não havia sequer dialetos ou sotaques; a unidade linguística era absoluta. Aliás, o mesmo se pode dizer de sua cultura.

O problema não era a unidade, mas a unificação que se estava formando. Certamente, o Anticristo se aproveitará de uma situação semelhante, a fim de implantar o seu reino logo após o arrebatamento da Igreja (Ap 13.6-8).

A ordem de Jesus é que o Evangelho não se concentre em Jerusalém, mas que alcance os confins da Terra (At 1.8).

2. A construção de Babel.
Os filhos de Noé não eram ignorantes nem careciam de tecnologia, pois haviam sido capazes de executar o projeto da arca (Gn 6.14-16). E, de tal forma a construíram, que o grande barco resistiu aos ímpetos do Dilúvio. Por conseguinte, a construção de uma cidade, em cujo epicentro havia um arranha-céu, era apenas uma questão de tempo.

SUBSÍDIO BÍBLICO—TEOLÓGICO
“O cenário desta história curta, mas intrigante, forma-se depois do dilúvio com os descendentes de Noé que se agruparam por uma língua comum e logo começaram a migrar para novos territórios. […] A história nos conta que, em assembleia, os novos habitantes de Sinar tomaram uma decisão totalmente fora da vontade de Deus. O propósito da ação proposta é claro. Queriam fama: Façamo-nos um nome (4). E desejavam segurança: Para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra. Ambas as metas seriam alcançadas somente pelo empreendimento humano. […] O interesse principal deste povo estava numa torre (4), embora também houvesse a construção de uma cidade. A torre ia alcançar os céus” (Comentário Bíblico Beacon: Gênesis a Deuteronômio. RJ: CPAD, p.55).


III. A INTERVENÇÃO DE DEUS EM BABEL
Para salvar a humanidade de si mesma, Deus interveio, confundindo-lhe a língua. Em seguida, dispersou os descendentes de Noé, para que povoassem as mais distantes ilhas e continentes. Em seguida, o Senhor chamou Abraão para ser o pai, na fé, de todas as famílias da Terra.

1. A confusão das línguas.
Visando colocar um ponto final naquele projeto, o Senhor Deus desce à Terra, e, ali, em Sinear, confunde a língua daquela civilização (Gn 11.5-7). Desentendendo-se, os filhos de Noé reagrupam-se de acordo com sua nova realidade linguística, e espalham-se por toda a terra.

A rebelião daqueles homens fora realmente grande. Mas como Deus havia prometido não mais destruir a humanidade (Gn 9.11), decide espalhá-la para que os homens, separados uns dos outros, tivessem mais oportunidade de sobreviver numa terra contaminada pela apostasia.

2. O efetivo povoamento da Terra.
Sabemos que Deus forçou os descendentes de Noé aos confins do mundo (Gn 11.9). Caso isso não tivesse acontecido, aquela geração teria o mesmo destino dos pré-diluvianos.

Assim como aquela geração chegou aos confins do mundo, o Senhor Jesus ordena-nos a levar o Evangelho até que todos os povos e nações venham a ouvir as Boas Novas (Mt 28.18-20). Quando isso acontecer, então virá o fim (Mt 24.14).

3. A eleição de Sem.
A história de Abraão começa logo após a dispersão de Babel (Gn 11.26-30). Com a eleição de Sem, delineia-se mais claramente o período messiânico, que haveria de culminar em Jesus Cristo, o Filho de Deus (Gn 9.26; Lc 3.23-38).

Em sua infinita sabedoria, fez o Senhor duas coisas por ocasião da torre de Babel: dispersou os filhos de Noé e, em seguida, chamou Abraão, para dar continuidade à linhagem messiânica, da qual sairia Jesus, o Cristo, Verdadeiro Homem e Verdadeiro Deus.

SUBSÍDIO BÍBLICO—TEOLÓGICO
“O paganismo estava indiretamente envolvido nesta história, pois havia um ímpeto construtivo em direção ao céu e o único verdadeiro Deus foi definitivamente omitido de todo o planejamento e de todas as metas. Mas Deus não estava inativo. Ele observava o que estava acontecendo e logo mostrou sua avaliação da situação. O homem não foi criado como ser independente de Deus. Ser ‘à nossa imagem’ (1.26) significava que o homem estava dotado de grandes poderes e que era totalmente dependente de Deus para sua essência de vida e razão de ser. […] O julgamento de Deus logo manifestou estas ilusões. Para demonstrar que a unidade humana era superficial sem Deus, Ele introduziu confusão de som na língua humana. Imediatamente estabeleceu-se o caos. O grande projeto foi abandonado e a sociedade unida, mas sem temor de Deus, foi despedaçada em segmentos confusos. Em hebraico, um jogo de palavras no versículo 9 é pungente. Babel (9) significa ‘confusão’ e a diversidade de línguas resultou em balbucios ou fala ininteligível” (Comentário Bíblico Beacon: Gênesis a Deuteronômio. RJ: CPAD, p.55).

CONCLUSÃO
A fim de preservar a sua obra, o Senhor Deus promulgou duas ordenanças quanto à sua criação. Em primeiro lugar, a povoação de toda a Terra (Gn 9.7). E, por último, a Grande Comissão, através de Jesus Cristo: “É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!” (Mt 28.18-20).

Contra o globalismo, cuja missão é submeter o mundo aos caprichos de Satanás, só mesmo a obediência aos termos da Grande Comissão. Evangelização e missões, já. Maranata, ora vem, Senhor Jesus.

PARA REFLETIR
A respeito de “O Primeiro Projeto de Globalismo”, responda:

O que foi a segunda civilização?
Após o Dilúvio, o Senhor firmou uma nova aliança com Noé. E, assim, o patriarca deu início à segunda civilização humana.

Em que consistiu a apostasia de Cam?
O episódio da vinha de Noé acabou por revelar a irreverência de Cam, o seu filho caçula.

Quem foi Ninrode?
Ninrode, filho de Cuxe e neto de Cam (Gn 10.6-9). Ele é descrito como “poderoso caçador diante do Senhor”.

O que Deus fez para a salvar a humanidade de si mesma?
Para salvar a humanidade de si mesma, Deus interveio, confundindo-lhe a língua.

Para que Deus chamou Abraão?
Deus chamou Abraão, para dar continuidade a linhagem messiânica, da qual sairia Jesus, o Cristo, Verdadeiro Homem e Verdadeiro Deus.

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

O PRIMEIRO PROJETO DE GLOBALISMO
Há pessoas tão ricas e poderosas que acreditam piamente que podem influenciar e, até mesmo, determinar fatos no mundo. Isso não é novo, pois as Escrituras revelam homens que intentaram construir um “mundo particular” em que Deus não faria mais parte dele. Seria o primeiro projeto global de poder narrado em Gênesis e denominado de a Torre de Babel.

Nesta oportunidade, queremos evidenciar que o globalismo afronta os propósitos de Deus no mundo. Esse é o nosso ponto central da lição. Todos os outros objetivos convergem para isso. Nesse sentido, o primeiro objetivo específico de nossa lição é apresentar a segunda civilização humana a partir de Noé, pois é a partir de nosso querido patriarca que os seres humanos se multiplicam no mundo. O segundo, explicar o globalismo de Babel, no que ele consistiu e se ele foi bem-sucedido no seu intento. O terceiro é mostrar, que a despeito da rebelião do ser humano, Deus intervém em sua história como fez no episódio da Torre de Babel.

Resumo da lição e perspectivas
Para apresentar a segunda civilização humana a partir de Noé, o primeiro tópico mostra que o filho mais novo do patriarca rebelou-se e inaugurou outro período de decadência e apostasia aos mandamentos divinos. Sim, a segunda civilização humana, a que veio depois da geração do dilúvio, seria marcada pela decadência e apostasia. Uma sociedade que, de maneira deliberada, afrontaria os planos de Deus.

Para explicar o globalismo de Babel, no que ele consistiu, o segundo tópico informa que a civilização de Noé dispunha de grandes elementos para forjar uma sociedade globalista: uma só língua, um só povo e uma só cultura. Era tudo o que aquela sociedade precisava para se fechar em si mesma e dar seguimento ao mais ousado plano de poder global no mundo. Deus não assistiria a esse plano de maneira passiva.

Assim, para mostrar que Deus interviu no episódio da Torre de Babel, contra a rebelião dos homens, o terceiro tópico destaca que a intervenção divina consistiu na confusão de língua, fazendo gerar a partir desse fenômeno várias outras línguas e, consequentemente, a dispersão dos descendentes de Noé.

Deus continua soberano no mundo. Ainda que os intentos humanos tenham aparência de resiliência, eles duram até o próprio Deus intervir soberanamente.


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