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Escola Bíblica Dominical: A Queda do ser Humano

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INTRODUÇÃO


No livro de Gênesis, encontramos no capítulo três, um dos relatos mais tristes da história da humanidade, a Queda. O homem pecou de modo deliberado contra Deus, mas o Criador não o deixou entregue à própria sorte. O Senhor providenciou a sua redenção. Com o pecado veio o sentimento de culpa. O homem não sabe lidar com esse sentimento, pois não fomos criados para o pecado, por isso, Adão culpou a Eva e o próprio Deus pelo seu pecado de desobediência. É difícil aceitar a responsabilidade por nossos erros. Sempre queremos encontrar um culpado.

O pecado além de afastar Adão da comunhão com Deus, também introduziu as hostilidades e dificuldades no relacionamento de Adão e Eva. O pecado continua a nos afastar de Deus e a prejudicar os nossos relacionamentos. (Lições Bíblicas CPAD Adultos 4º Trim. 2015 ; O começo de todas as coisas — Estudos sobre o livro de Gênesis Comentarista: Claudionor de Andrade Lição 4: A Queda da Raça Humana).

I. LIVRE-ARBÍTRIO DO SER HUMANO
Deus, ao criar o homem, proveu-o de livre-arbítrio.
O que é "livre-arbítrio"? É a faculdade mediante a qual o homem é dotado de poder para agir sem coações externas, e de acordo com sua própria vontade ou escolha. Uma vez que o homem fora criado livre, com capacidade de fazer suas próprias escolhas, como conciliar esse direito com a vontade divina? Para responder a esta pergunta, precisamos entender a vontade de Deus sob dois aspectos: ela é permissiva e diretiva.

1.1 Vontade permissiva e livre arbítrio. Deus fez o homem à sua imagem e semelhança. O que faz dele um ser moralmente semelhante ao Criador, é justamente a capacidade de fazer suas próprias escolhas; inclusive, aquelas que não estão de acordo com a vontade divina. Isto é o que se entende por vontade permissiva. O Eterno tem poder para impedir que o homem faça o mal ou bem, entretanto, lhe dá o direito de escolha (Gn 2.15-17; 3; 4.7; Dt 30.15-20; Gl 6.7-10). Na vontade permissiva, a soberania e a onipotência de Deus não violam o livre-arbítrio humano. No âmbito da salvação, Deus sabe perfeitamente quem o rejeitará, embora jamais interfira nesta decisão. A vontade de Deus é que todos os homens "se é salvem e venham ao conhecimento da verdade" (1 Tm 2.11). Todavia, como está patente em (Is 1.19,20; Dt 30.19; Js 24.15; 1 Tm 1.19; 1 Co 10.12), o homem pode rejeitar a salvação.

1.2 Vontade diretiva e predestinação. A vontade diretiva de Deus opera em conformidade com sua sabedoria e soberania. Ele rege o curso da história, e controla o universo de acordo com seus eternos propósitos (Sl 33.11; At 2.23; Ef 1.4-9). Tudo o que planejou certamente será executado: "Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá?" (Is 43.13). Ler Is 14.26,27.

1.3 Absolutamente nada escapa à vontade diretiva de Deus. É nesse ponto que nos deparamos com a doutrina da predestinação. O Eterno, em seu profundo e inigualável amor, predestinou todos os seres humanos à vida eterna. Ninguém foi predestinado ao lago de fogo que, conforme bem acentuou Jesus, fora preparado para o Diabo e seus anjos (Mt 25.41). Mas o fato de o homem ser predestinado à vida eterna não lhe garante essa bem-aventurança. É necessário que creia no Evangelho. Somente assim poderá ser considerado eleito. Tudo depende de como recebemos o chamamento do Evangelho: quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crê será condenado. Deus predestinou a Igreja para ser "conforme à imagem de seu Filho" (Rm 8.29); para "filhos de adoção em Cristo" (Ef 1.5).

II. A QUEDA, UM EVENTO HISTÓRICO E LITERAL

2.1 O Princípio do Pecado na Raça Humana.
 Conforme a narrativa Bíblica no Livro de Gênesis após ter criado o homem, o colocou no jardim do Éden ,lhe deu uma ordem dizendo: “De toda árvore do Jardim Comerás livremente, mas  a arvore da ciência do bem e do mal não comerás (Gn 2. 17).  O Éden era um lugar perfeito. A partir daí, a humanidade poderia multiplicar-se e espalhar-se por todo o planeta, ampliando, em amoroso trabalho, o jardim que Deus plantara. Infelizmente, nossos pais caíram na tentação do Diabo.

Ser humano é atraído por aquilo que deseja. A história de Adão e Eva nos mostra o primeiro casal sendo tentado por aquilo que lhe atraía (Gn 3.2-6). Mesmo sabendo que não poderiam tocar na árvore no centro do Jardim do Éden, depois de atraídos pelo desejo, Adão e Eva entregaram-se ao pecado (Gn 3.6-9).
Adão e Eva deixaram-se levar pela concupiscência da carne, pela concupiscência dos olhos e pela soberba da vida (1Jo 3.16). Adão e Eva pecaram de forma voluntária e cônscia. Biblicamente, são os responsáveis pela introdução do pecado no mundo (Rm 5.12).

A raça humana está ligada a Deus mediante a fé na sua palavra como a verdade absoluta. Satanás, porque sabia disso, procurou destruir a fé que Eva tinha no que Deus dissera, causando dúvidas contra a palavra divina. Iludida, Eva pecou: “E, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela” (Gn 3.6).

2.2 A realidade da tentação  (Tg 1.13-15; 4.1) .

A concepção de Tiago é de que Deus jamais induz o crente à tentação de tal maneira que a única opção que ele tenha seja a queda. O apostolo Paulo tinha compreensão da afirmação de Tiago (“Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta”), quando escrevendo aos crentes de Corinto e a nós hoje, disse:

 “Não veio sobre vós tentação senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que possais suportar” (1Co 10.13).

 E nos escritos do apóstolo João ele nos mostra que as más inclinações do coração do homem estão perfeitamente alinhadas com “a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos, e a soberba da vida” (1Jo 2.16). Portanto, o maior problema do cristão é quando ele permite que a fraqueza da carne, a busca pelo prazer e a força da tentação vença a sua determinação de não ceder.

Atração pela própria concupiscência. Tiago usa duas figuras para ilustrar o engano da tentação: a figura do caçador que usa uma armadilha (atrai) e a figura do pescador que usa o anzol com isca (seduz). Se Ló pudesse ver a ruína que estava por trás de Sodoma, e se Davi pudesse ver a tragédia sobre a sua casa quando se deitou com Bate-Seba, eles jamais teriam caído. Precisamos identificar a isca e a arapuca do diabo, para não cairmos na rede de seu engano. 

3.3 Os Três Elementos pelos quais somos tentados a pecar

a) A Carne:
Tentação humana. A Bíblia nos diz que "não veio sobre vós tentação, senão humana" (1 Co 10.13). Neste texto, podemos entender que "tentação humana" quer dizer a que é própria da natureza carnal do homem (ver Rm 7.5-8; GI 5.13,19). Ela tem seu aspecto mal, pernicioso, incitador ao pecado. 
O significado da carne. A carne, é o "centro dos desejos pecaminosos" (Rm 13.14;GI 5.16,24). Dela vem o pecado e suas paixões (Rm 7.5; GI5.17-21). Na carne não habita coisa boa (Rm 7.18). Devemos salientar que o termo carne, aqui, não se refere ao corpo, que não tem nada de mal em si mesmo, mas à natureza carnal, herdada de nossos pais. O corpo do crente é templo do ESPÍRITO SANTO ( 1 Co-6.19.20).

b) O mundo: 
O mundo como fonte de tentação, não é o mundo físico, criado por DEUS. O Dicionário Teológico (CPAD), referindo-se ao mundo, diz que "No campo da teologia, porém, é o sistema que se opõe de forma persistente e sistemática ao Reino de DEUS". João exorta a que não amemos "o mundo, nem o que no mundo há". "Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo" (1 Jo 2.15,16). 
 “se alguém ama o mundo o amor do pai não está nele” (I Jo 2.15,16 ver Tg 4.4)  Não o mundo “planeta terra” mas o sistema social voltado para a degradação moral e espiritual que desagrada a Deus. Devemos ter cuidado para não se envolver –se com costumes e crenças do mundo, que não nos leva a edificação espiritual.

c) O Diabo: É a fonte mais cruel da tentação. Seu caráter é sempre destrutivo.  É a fonte mais cruel da tentação. Seu caráter é sempre destrutivo. O objetivo do diabo é lutar contra Deus, pois ele é contrário a tudo o que Deus é a favor, sua meta principal é atingir a obra prima da criação de Deus, o ser humano.  

III. AS CONSEQUÊNCIAS DA QUEDA DE ADÃO 

3.1 O relato bíblico da queda do homem (Gn 3.1-12). A queda de Adão e Eva é apresentada, literalmente, na Bíblia, de modo explícito. Não foi um relato teórico ou figurativo, mas um histórico da queda humana, Por isso, entendemos que o pecado de nossos primeiros pais foi um ato involuntário de sua própria vontade e determinação. É claro que a tentação veio de fora, da parte de Satanás, que os instigou  a desobedecer à ordem de DEUS. Concluímos , pois, que a essência do primeiro pecado está na desobediência do homem à vontade divina e na realização de sua própria vontade. O seu pecado foi uma transgressão deliberada ao limite que DEUS lhe havia colocado.

3.2 As três Áreas do auto-engano que levaram à queda (Gn 3,6).
A primeira área do auto-engano de Eva foi a fome instintiva, provocada pela palavra de satanás.
A segunda área de auto-engano de Eva e Adão foi o desejo de grandeza, incitado por satanás, com a idéia de obter o entendimento do bem e do mal.
A terceira área do auto-engano de Eva e Adão foi a satisfação através dos olhos, porque aquela Árvore "era agradável aos olhos".

3.3 . O juízo de Deus após a queda de Adão. Satanás enganou, mentiu e prometeu o que nem ele mesmo possuía. O juízo de Deus, portanto, não tardaria a vir sobre a serpente, sobre a mulher e sobre o homem. Os pecados estão refletidos nas punições, as quais foram aplicadas em partes.

A serpente foi amaldiçoada. A serpente posou como supremamente sábia, mas sua maneira de se locomover sempre seria símbolo de tal humilhação. A frase ‘sobre o teu ventre’ não significa que a serpente tinha originalmente pernas e a perdeu no momento em que a maldição foi imposta, mas que seu modo habitual de locomoção tipificava seu castigo. A frase ‘pó comerás’ é idiomaticamente equivalente a ‘tu serás humilhado’ (cf. Sl 72.9; Is 49.23), onde a frase ‘lamberão o pó’ tem claramente este significado. O castigo envolveria inimizade, hostilidade entre as pessoas. A semente da serpente, que Jesus relaciona aos ímpios (Mt 13.38,39; Jo 8.44), e a semente da mulher, têm ambas sentido fortemente pessoal.

O castigo da mulher seria o oposto do ‘prazer’ que ela procurou no versículo 6. Ela conheceria a dor no parto, que é bem diferente do novo tipo de vida que ela tentou alcançar pela desobediência. Igualmente, a futura ligação do seu desejo ao seu marido era repreensão à sua decisão de buscar independência.

Deus pôs uma maldição diretamente na terra em vez de colocá-la no homem. Adão foi comissionado a trabalhar com a terra, mas não seria por puro prazer” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 1. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.40).

3.4 Consequências do Pecado

O pecado é rebelião contra Deus . O Pecador traz o mal sobre si e torna-se culpado aos olhos de Deus. O pecado faz o homem ficar debaixo da ira de Deus (Is 59.2). O pecado trouxe para todos os homens a enfermidade, a tristeza, o sofrimento e a morte. O pecado só é curável com um remédio : O sangue de Jesus Cristo (I Jo 1.7).
Julgamento: Tal julgamento veio, quando Adão peco e imputado a toda a raça humana (Rm 5.16 p/a). derivou de uma ofensa.

Condenação: O Homem, julgado, esta condenado. O pecado levou toda humanidade a condenação  , Rm 5.16 p/a “O Julgamento derivou de uma só ofensa, para a condenação” (A Morte Espiritual, Física e a separaçã Eterna).

A Morte Espiritual : A Vida é uma dadida de Deus ao homem no pecado esta separado da comunhão divina , portanto ele esta morto espiritualmente  (Ef 2.1). há uma visão entre o homem e Deus, esta divisão é o pecado (Is 59.2; ainda que esteja vivo fisicamente, enquanto não aceita a Jesus, o Doador da vida, permanente morto espiritualmente (Lc 9.60;Jo 14.6).

A Morte Física:  É a separação da alma e espírito, do corpo humano a vida é uma dádiva de Deus ao homem, mas o seu pecado lhe tirou o privilégio de viver eternamente da forma em que fora criado. (Gn 3.19;Rm 6.23;Hb 9.27).

A Morte Eterna : quando o homem vive aqui na terra, sem servir a Deus, está morto espiritualmente, se caso na condição que ele estar morrer fisicamente, parte para a eternidade  sem Deus, regeitou a salvação oferecida de graça por Jesus e optou viver uma vida de pecado, com isso, estará separado de Deus, para toda a eternidade. “Depois da morte segue-se ao juízo e o juizo de Deus é sem misericórdia”. (Hb 9.27;Ap 21.8). Dai se dá, a morte eterna, toda vontade  de Deus na criação é que o homem sirva, pois ele foi feito para agradar a glória de Deus. 

Outras consequências do pecado. O pecado, interrompe a comunhão com Deus (Is 59.2); escraviza o pecador (Jo 8.34); conduz a morte eterna (Rm 6.3); produz morte prematura (I Jo 5.16); Excluir o homem do Céu (Ap 22.15).    

CONCLUSÃO

O Senhor  Na sua infinita misericórdia providenciou o meio para sermos salvos:  
Enviou Jesus para morrer pelos nossos pecados (Jo 3.16; IPd 3.13). 
O sangue de Jeus tem poder purificador  (I Jo 1.7).
A Palavra de Deus . Liberta do pecado (Jo 8.31,31). Purifica do pecado (Jo 15.3). gera a vida (Jo 6.68).
O Espirito Santo  que Convence do pecado (Jo 16.8); que lava ,regenera e renova (Tt 3.5).

Deus não foi apanhado de surpresa pela Queda de Adão, pois o Cordeiro, em sua presciência, já havia sido morto desde a fundação do mundo (Ap 13.8). Nossos primeiros pais, de fato, pecaram, mas Deus prometeu redimir toda a humanidade pelo sangue de Cristo, pois Jesus morreu por todos (Jo 1.29).

Pb. Aildo Ferreira - IEADALPE

 OBRAS CONSULTADA

ü  Comentário Bíblico Beacon. Volume 1. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.40
ü  Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1996, p.36
ü  HORTON, S. Teologia Sistemática. RJ: CPAD, 1996.
ü  (PECOTA, D. A Obra Salvífica de Cristo. In HORTON, S. M. Teologia Sistemática: uma perspectiva Pentecostal. RJ: CPAD, 1996, p.366.)
ü  Lições Bíblicas CPAD , Jovens e Adultos , 3º Trimestre de 2014, 4º Trimestre de 2015; 4º Trimestre de 2008


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