Pelo menos 3.500 pessoas morreram depois que dois terremotos atingiram a Turquia e a Síria nesta segunda-feira (6/2).
O governo da Turquia afirmou que, no país, ao menos 2.379 morreram. Na Síria, estima-se que haja pelo menos 1.444 mortos — a agência de notícias AFP afirma que são 570 mortos nas áreas controladas pelo governo sírio, e o grupo de resgate White Helmets fala em 430 mortos em áreas controladas por rebeldes.
Há também milhares de feridos: pelo menos 14.483 na Turquia e 2.000 na Síria.
Uma representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que o número de mortes pode chegar a oito vezes o contabilizado atualmente.
"Infelizmente, sempre vemos a mesma coisa com os terremotos: os relatos iniciais do número de pessoas feridas ou mortas aumentará significativamente na semana seguinte", disse a oficial sênior de emergência da OMS para a Europa, Catherine Smallwood, à agência de notícias AFP.
O primeiro terremoto, originado perto da cidade de Gaziantep, teve 7,8 de magnitude e ocorreu às 4h17 no horário local (22h17 de domingo, no horário de Brasília), enquanto muitas pessoas dormiam.
Um segundo terremoto, de 7,5 de magnitude, foi registrado perto da cidade de Kahramanmaras às 13h30 em horário local (7h30 da manhã de segunda-feira, no horário de Brasília).
O número de mortos deve aumentar ainda mais, já que muitas pessoas ainda estão soterradas.
Este é o maior desastre do país desde 1939, disse o presidente da Turquia, Recep Erdogan.
O Ministério da Saúde sírio disse que as vítimas morreram nas províncias de Aleppo, Latakia, Hama e Tartus.
Muitos edifícios desabaram e equipes de resgate foram mobilizadas para procurar sobreviventes nos escombros.
O ministro do Interior da Turquia, Suleymon Soylu, disse que dez cidades foram afetadas: Gaziantep, Kahramanmaras, Hatay, Osmaniye, Adiyaman, Malatya, Sanliurfa, Adana, Diyarbakir e Kilis.
Um repórter da BBC em Diyarbakir, na Turquia, disse que um shopping center na cidade desabou.
O tremor também foi sentido no Líbano e em Chipre.
Rushdi Abualouf, repórter da BBC na Faixa de Gaza, disse que houve cerca de 45 segundos de tremores na casa em que ele estava hospedado.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que disponibilizou sua equipe a prestar "toda e qualquer ajuda necessária" aos países atingidos.
"Estou profundamente triste com a perda de vidas e a devastação causada pelo terremoto", escreveu Biden, no Twitter.
A Turquia fica em uma das zonas de terremotos mais ativas do mundo.
Em 1999, mais de 17 mil pessoas morreram depois que um forte terremoto atingiu o noroeste do país.
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