Os efeitos de uma semana sem comer, dormindo ao relento, no desconforto de uma algema e o chão que lhe resta para algumas parcas horas de sono, no sobressalto da Rua Von Martius, em frente à sede nacional da TV Globo, surgem apenas no texto do cineasta Pedro Rios Leão, com a greve de fome chegando ao oitavo dia. O moral do rapaz de vinte e poucos anos, que assistiu ao massacre ocorrido em Pinheirinho, na progressista cidade paulista de São José dos Campos, promovido pela Polícia Militar do Estado de São Paulo e a Guarda Municipal, este não dá sinais de cansaço. A luta pela intervenção federal naquela área, após dias de terror, em que mulheres e crianças foram desalojadas de suas casas e atirados em abrigos improvisados, à força de balas de borracha e munição real, continua até quando Pedro não puder mais.
Greve de fome de Pedro Rios em frente à Globo segue no 8º dia com sofrimento e moral em alta | Jornal Correio do Brasil
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