Em busca do penta, escola da Zona Norte distribuiu pães na Sapucaí e trouxe alegorias sobre escravidão, A Última Ceia e o império romano, além de tom mais politizado no final.
A Unidos da Tijuca encerrou a primeira noite do Grupo Especial, na madrugada desta segunda (4), contando a história do pão como alimento físico e espiritual, com um samba-enredo oração. Com 4 mil componentes, a história da humanidade foi contada tendo o pão como fio condutor.
O carro abre-alas tinha esculturas formando A Última Ceia e um enorme "pavão", mascote da escola
O pão também foi tratado como parte importante de vários momentos da história, como a Revolução Francesa e a Revolução Russa
Uma história da Bíblia foi recontada na comissão de frente. Quinze bailarinos simbolizaram a jornada dos hebreus pelo deserto por 40 anos e um milagre de Deus que fez chover pão dos céus para alimentá-los.
A ala das baianas representou o trigo, e outras alas mostraram povos que produziram, comercializaram e consumiram o pão, como os egípcios, fenícios, gregos e romanos.
O segundo carro representou a política do "pão e circo", que tem como base diversão e comida para controlar os ânimos da população. Alegorias e fantasias foram dedicadas ao império romano.
Uma ala coreografada mostrou temática política, a do "pau, pão e pano", em referência ao castigo, alimento e vestuário destinados aos negros escravizados no Brasil. O terceiro carro, chamado "Comendo o pão que o diabo amassou", seguiu com a escravidão como tema.
A religião tomou conta da parte final, com as alas de Santo Antônio, Santa Isabel e Nossa Senhora (que distribuíam pães aos pobres) e a ala Ogum (sobre a tradição de oferecer pão ao Orixá).
Os ritmistas da bateria se vestiram de padeiros, e o quarto carro mostrou a multiplicação do pão sagrado.
A partir daí, o desfile tomou um rumo mais politizado. O final teve alas sobre as dificuldades de conseguir o pão, e o último carro fez um "alerta contra a desigualdade social".
FONTE: G1
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