Escola Bíblica Dominical: A mordomia da alma e do espírito - Se Liga na Informação





Escola Bíblica Dominical: A mordomia da alma e do espírito

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TEXTO ÁUREO 
“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 5.23). 


VERDADE PRÁTICA 
Ao lado do corpo, a alma e o espírito devem estar preparados para a vinda do Senhor Jesus Cristo. 



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 



Gálatas 5.16-22,25. 
16 — Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne. 
17 — Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis. 
18 — Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei. 
19 — Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, 
20 — idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, 
21 — invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus. 
22 — Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. 
25 — Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. 



HINOS SUGERIDOS 
5, 223 e 324 da Harpa Cristã. 



INTERAGINDO COM O PROFESSOR 



Vivemos numa sociedade materialista em que o corpo, em quase todas as esferas, é a prioridade. Muitos levam mais a sério malhar o corpo em detrimento de exercitar práticas que desenvolvam mais a saúde da mente e a vida espiritual. A mordomia da alma e do espírito implica desenvolver a esfera material do corpo. Podemos desenvolver a nossa mente com as coisas boas com que nos alimentamos (Fp 4.8,9), e também podemos tonificar o espírito com exercícios de piedade os quais as Escrituras nos ensinam (Mt 6.9-13,16-18). Portanto, nesta lição temos a oportunidade de falarmos acerca do bem-estar da alma e do espírito. 



COMENTÁRIO 



INTRODUÇÃO 
Para ser mordomo da alma e do espírito, o homem necessita, antes de tudo, da fé em Deus, da entrega incondicional a Cristo Jesus e da ação poderosa do Espírito Santo na sua mente, pensamento e maneira de viver diante do Criador. Para isso é preciso ser “nova criatura” (1Co 5.17)! Assim, além de conservar o corpo, precisamos conservar a alma e o espírito. É o que veremos nesta lição. 



I. CONCEITUANDO ALMA E ESPÍRITO 



1. O significado de alma.
No Antigo Testamento, a palavra “alma” é nephesh. No Novo, o termo usado é psiquê, que tem o sentido de “alma” e de “vida”, e encontra-se ligado a palavra psíquicos, que significa “pertencente a esta vida”. Ela é “a base das experiências conscientes”, equivalendo, portanto, a própria vida, a personalidade ou a pessoa mesmo (cf. 2Co 1.23). 



Assim, o texto bíblico de Levítico 17.10-15 revela uma diversidade de sentidos para a palavra “alma”: A pessoa física (v.10), a vida de um animal (v.11), a vida de uma pessoa (v.11). Do ponto de vista teológico, a alma é a sede das emoções e dos sentimentos, conforme Jesus expressou num contexto de angústia: “A minha alma está profundamente triste até a morte” (Mc 14.34). 



2. A origem da alma.
A alma está unida ao espírito, e, por isso, é humanamente impossível separá-los. Só a Palavra de Deus pode fazê-lo (Hb 4.12). Assim, tanto a alma quanto o espírito constituem a parte imaterial do ser humano. Em relação a origem da alma, há pelo menos três teorias que tentam explicá-la: a teoria da preexistência, do criacionismo e da participação. 



2.1. Teoria da preexistência. Segundo essa teoria, as almas existem nas diversas esferas do mundo espiritual e entram no corpo gerado, num processo denominado “reencarnação”. O objetivo desse processo é levar a pessoa a sofrer pelos “pecados cometidos em pretensas existências anteriores”. Esse é um dos pontos fundamentais do Espiritismo. Entretanto, não há fundamento bíblico para essa teoria. A Bíblia revela que o “pecado original” passou a todos os homens (Rm 5.12) e que vigora até os dias atuais, pois “nao há homem que não peque” (Ec 7.20). Porém, o sangue de Cristo purifica o pecador (1Jo 1.7), quando este se arrepende, confessa o seu pecado e o deixa (Pv 28.13). 



2.2. Criacionismo. Segundo esta teoria, baseada no pensamento filosófico grego, Deus dedica-se a criação de almas diariamente, para que habitem nos corpos que forem sendo concebidos. É um ponto de vista que carece de fundamentos bíblicos. 



2.3. Teoria participativa. A teoria expressa que Deus dá a vida a toda pessoa gerada de acordo com as leis da reprodução biológica geradas por Ele. Assim, homem e mulher geram um novo ser com a cooperação divina (At 17.28; Hb 1.3). É uma visão que tem base na Bíblia e que está harmonizada com a Palavra de Deus: “Fala o SENHOR, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele” (Zc 12.1b). 



Todavia, como Deus age na criação de cada alma e espírito dentro do ser humano é um dos muitos mistérios da fé pela qual devemos curvar-nos humildemente diante de sua magnitude. 



3. Conceituação de espírito.
Segundo o Novo Testamento, a palavra que se refere a “espírito” é pneuma. O termo pode se referir a parte imaterial da personalidade humana (cf. 1Co 7.1,34), o próprio ser da pessoa (1Co 16.18; 2Tm 4.22) e, mais especificamente, a fonte do discernimento (Mc 2.8), das emoções (Jo 11.33) e da vontade (At 19.11) de uma pessoa. Assim, o espírito humano regenerado, submetido a Cristo, torna-se sensível ao Espírito Santo e é capaz de manifestar o fruto do Espírito, as virtudes do Reino de Deus (Gl 6.1; cf. Mt 5—7). 



Nesse sentido, em termos espirituais, só há dois tipos de crentes: os espirituais e os carnais (Rm 8.1). Os crentes espirituais caracterizam-se pelo seu “espírito” dominado pelo Espírito Santo (Gl 5.16-18,22-25). Os carnais vivem de acordo com a natureza carnal que não foi submetida nem transformada por Cristo (Gl 5.19-21). 



SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO 
Para a exposição deste primeiro tópico, sugerimos a leitura das páginas 242-260 da obra “Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal”, editada pela CPAD. O assunto em estudo é altamente teológico, por isso, consultar uma boa Teologia Sistemática será de ajuda inestimável a fim de apresentar com maior segurança um assunto complexo. Tenha atenção com o termo “tricotomia” (ponto a ser desenvolvido no tópico 2). Neste primeiro tópico você deve deixar claro o significado do termo “alma”, as teorias acerca de sua origem e a conceituação do termo “espírito”. Boa aula! 



II. A MORDOMIA DA ALMA: “O HOMEM INTERIOR” 



1. A tricotomia do homem.
Afirmamos que o ser humano é um ser tricotômico. Ou seja. Deus o constitui de três partes conforme revela-nos a sua Palavra: “e todo vosso espírito, e alma, e corpo” (1Ts 5.23). O corpo, a parte material, refere-se ao “homem exterior” (2Co 4.16). Já o conjunto imaterial formado pela alma e pelo espírito, que é envolvido pelo corpo, a Bíblia denomina-o de “o homem interior”, conforme as palavras do apóstolo Paulo: “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus” (Rm 7.22; cf. 2Co 4.16). 



2. A mordomia da alma.
A Bíblia declara que a alma do homem, assim como o espírito e o corpo, deve ser conservada irrepreensível para a vinda do Senhor Jesus Cristo. Essa é a essência da mordomia da alma. Cada crente deve mantê-la íntegra e irrepreensível. Alguns aspectos, porém, devem ser considerados na mordomia da alma. 



2.1. A necessidade da alma. Essa necessidade inclui a emoção e pode ser satisfeita no relacionamento com Deus. A alma precisa de refrigério espiritual e da presença divina (Sl 23.1-3). No salmo 42, o salmista expressa sinceramente a necessidade de sua alma: “Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” (vv.1,2). Quanta necessidade a alma tem por Deus?! A Bíblia revela que o Espírito Santo preenche essa necessidade e produz em nós o “fruto do Espírito” (Gl 5.22-24). 



2.2. A santificação da alma. É uma necessidade da alma o “viver santo”, sem o qual ninguém verá a Deus (Hb 12.14). O ser humano é salvo pela “graça de Deus”, e isso é dom divino (Ef 2.8,9). 



Mas ele precisa também arrepender-se de seus pecados, confessar a Cristo como Senhor e santificar-se integralmente em Deus, conforme o apóstolo Paulo ensina: “Abstende-vos de toda aparência do mal. E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 5.22,23). 



2.3. A santificação dos pensamentos. Vimos que a alma é “a sede das emoções, dos sentimentos e dos pensamentos”, logo, sua mordomia deve zelar por tudo o que preenche o pensamento do crente, conforme ensina o apóstolo Paulo (Fp 4.8). 



Nesse contexto, devemos atentar para a advertência de Jesus em relação ao coração do homem (isto é, sua interioridade): “Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias” (Mt 15.19). Portanto, não podemos pensar só no que “não fazer”, mas também no que “não pensar”. Toda ação ou reação humana precede o pensamento, o sentimento e a emoção. 



SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO 
“Textos bíblicos que parecem apoiar o tricotomismo incluem 1 Tessalonicenses 5.23, onde Paulo pronuncia a bênção: ‘E todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo’. Em 1 Coríntios 2.14—3.4, Paulo refere-se aos seres humanos como sarkikos (literalmente: ‘carnal’ 3.1,3), psuchikos (literalmente: ‘segundo a alma’, 2.14) e pneumatikos (literalmente: ‘espiritual’, 2.15). Esses dois textos parecem demonstrar de forma ostensiva três componentes elementares. Vários outros textos parecem distinguir alma e espírito (1Co 15.44; Hb 4.12)” (HORTON, M. Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. RJ: CPAD, 2018, p.248). 



III. A MORDOMIA DO ESPÍRITO 



1. Andando em Espírito.
Na mordomia do espírito, o crente deve procurar andar em Espírito, ou seja, na submissão ao Espírito Santo. Diz o texto bíblico: “Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne” (Gl 4.16). Andar em Espírito é viver em obediência a direção do Espírito Santo em todas as áreas da vida. Há uma luta interior entre a carne e o Espírito (Gl 4.17), mas uma vez guiados pelo Espírito Santo não estamos sob a escravidão da carne (Gl 4.18). Portanto, “se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito” (Gl 5.25). 



2. Frutificando no Espírito.
Quando o crente produz frutos dignos da vida cristã, ele glorifica a Deus. Nosso Senhor chamou-nos a dar “fruto” e escolheu-nos para permanecer dando fruto (Jo 15.9,16). Frutificar no Reino de Deus é testemunhar Cristo com sua vida, por meio de boas obras de amor que mostram o caráter de Deus em você (Jo 15.16; Mt 5.16; Gl 5.22). 



SUBSÍDIO VIDA CRISTà
“Primeiro as coisas mais importantes 



A intimidade da sala de estar que Maria teve com Jesus nunca resultará da agitação da cozinha de Marta. Agitação, por si só, causa distração. Vemos em Lucas 10.38 uma mulher com a virtude da hospitalidade. Marta abriu sua casa para Jesus, mas isso não significa que ela automaticamente tenha aberto seu coração. Em sua ânsia de servir a Jesus, ela quase perdeu a oportunidade de conhecê-lo. 



Lucas nos diz que ‘Marta, porém, andava distraída em muitos serviços’. Em sua mente, ela se preocupava em fazer o melhor. Tinha que fazer o máximo por Jesus. 



Podemos ser pegas pela mesma cilada de desempenho, sentido que devemos provar nosso amor a Deus através de grandes feitos. Então, nos apressamos em deixar a intimidade da sala de estar para nos ocupar por Ele na cozinha — realizando grandes ministérios e projetos maravilhosos, no esforço de divulgar as Boas Novas. Fazemos todo o nosso trabalho em seu nome. Nós o chamamos ‘Senhor, Senhor’. Mas, no fim, será que Ele nos reconhecerá? Nós o conheceremos? 



O reino de Deus, como você vê, é um paradoxo. Enquanto o mundo aplaude as grandes façanhas. Deus deseja comunhão. O mundo clama ‘Faça mais! Seja tudo o que puder!’, mas nosso Pai sussurra: ‘Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus’. Ele não procura tanto por trabalhadores como procura por filhos e filhas — um povo no qual possa fluir” (WEAVER, Joanna A. Como ter o coração de Maria no mundo de Marta: Fortalecendo a comunhão com Deus em uma vida atarefada. RJ: CPAD, pp.9,10). 



CONCLUSÃO 
A mordomia da alma e do espírito, juntamente com a do corpo, completa a conservação integral do crente (1Ts 5.23). Zelar pela nossa interioridade e exterioridade diante de Deus é reconhecer que o Pai quer dominar tudo em nós e não somente partes de nossa vida. Por isso, sinta-se encorajado a expressar Cristo como seu Salvador. Esteja nele! Seja santo! Para isso Deus nos chamou. 



PARA REFLETIR 
A respeito de “A Mordomia da alma e do espírito” responda: 



Do ponto de vista teológico, que é a alma? 
Do ponto de vista teológico, a alma é a sede das emoções e dos sentimentos. 



O que diferencia um crente espiritual do carnal? 
O Espírito Santo (Gl 5.16-18,22-25). Os carnais vivem de acordo com a natureza carnal que não foi submetida nem transformada por Cristo (Gl 5.19-21). 



Cite as três teorias acerca da origem da alma. 
Teoria da preexistência, Teoria criacionista e Teoria participativa. 



Como o homem e a mulher geram um novo ser? 
Homem e mulher geram um novo ser com a cooperação divina (At 17.28; Hb 1.3). 



O que o crente deve procurar na mordomia do espírito? 
Na mordomia do espírito, o crente deve procurar andar em Espírito, ou seja, na direção e submissão do Espírito Santo. 



SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO 
A mordomia da alma e do espírito 



O objetivo geral desta lição é levar o aluno a conscientizar-se de que corpo, alma e espírito devem ser preservados e consagrados na expectativa da vinda do Senhor. Isso significa uma predisposição para vivermos em santidade e verdade. 



Resumo da lição 
Nesse sentido, a lição está estruturada em três tópicos: (1) Conceituando alma e espírito; (2) A mordomia da alma: “O homem interior”; (3) A mordomia do espírito. Assim, o primeiro tópico mostra a alma como sede dos sentimentos e das emoções, e o espírito como a fonte deles. O segundo tópico revela que o homem é um ser tricotômico, ou seja, ele é constituído de corpo, alma e espírito. Aqui, é importante o estudo sério sobre a tricotomia, posição adotada pelas Assembleias de Deus no Brasil e, por isso, sugerimos a leitura das páginas 242 a 260 da obra “Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal”, editada pela CPAD, para melhor argumentação desse entendimento. O terceiro tópico conclui com o entendimento de que a mordomia no Espírito está amparada em duas esferas: andar no Espírito e frutificar no Espírito. 



Aplicação da lição 
A aplicação desta lição deve ser feita na perspectiva de que o crente seja estimulado a viver uma vida de santidade, de esperança em Cristo e de uma mente renovada pelo Espírito. Aqui, faz muito sentido o ensino apostólico: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco” (Fp 4.8,9). 



Nesse sentido, os nossos sentimentos, emoções e pensamentos, que são as saídas da vida, devem está alinhados com o espírito do Evangelho. Isso significa bloquear as ações mais deletérias possíveis, provenientes de sentimentos, emoções e pensamentos desvinculados das virtudes evangélicas. 



É essencial estimular os nossos alunos à disciplina de uma vida de oração, pois a falta dela é uma das atitudes que mais afeta a saúde de nossa alma e espírito. A meditação na Palavra de Deus também impactará a nossa mente e o nosso coração. Essas duas disciplinas virtuosas levam a um estado saudável da alma e do espírito.




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