Escola Bíblica Dominical: A Natureza do Ser Humano - Se Liga na Informação





Escola Bíblica Dominical: A Natureza do Ser Humano

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Capítulo 3

A Natureza do Ser Humano


Q
uando ainda jovem, li uma obra sobre o corpo humano, que me deixou assustado. O seu autor, citando alguns dados científicos, armou que nós começamos a morrer, não na terceira ou na quarta faixa etária, mas aos 25 anos de idade. Nessa época, eu tinha 18 ou 19 anos. Então, de acordo com aquele livro, faltavam seis ou sete anos, para eu iniciar a curva descendente de minha vida, e ir ao encontro da morte. Mais tarde, vim a ouvir de um velho e sábio obreiro de Cristo, que todos nós, ao nascer, já trazemos, nalgum lugar de nosso organismo, uma bomba genética. Esta, não importando nossos cuidados e zelos, acabará por explodir, empurrando-nos à terminalidade.

 No entanto, a certeza da morte jamais destruirá a beleza e a complexidade de nosso corpo. Nalgumas passagens bíblicas, somos vistos como pó e cinza, porquanto Deus nos criou do pó da Terra. Noutras, ressurgimos, já salvos e redimidos, como o templo do Espírito Santo. O salmista arma que, inexplicável e assombrosamente, Deus entreteceu-nos os ossos, as carnes, os nervos e os tecidos mais sensíveis no ventre de nossas mães.

 Contudo, como veremos, mais adiante, o ser humano não é apenas corpo. Além da parte física, dois outros elementos imateriais nos compõem — a alma e o espírito —, ambos intangíveis e indivisíveis. Mas, antes de considerarmos a constituição do homem, veremos o que a Bíblia ensina concernente ao ser de Deus e ao dos anjos. Que o Espírito Santo nos conduza nesse maravilhoso e imprescindível estudo da Bíblia Sagrada.


I.                    A Incompreensível Simplicidade do Ser Divino

Adolescente curioso e ledor, estava eu num culto fervorosamente pentecostal, quando o pastor fez uma pausa e, gravemente, perguntou à congregação: “Quem é Deus?”. Como ninguém se atravesse a uma resposta, arrisquei-me: “Deus é o Ser Supremo por excelência”. Não me lembro se o bondoso homem ficou satisfeito com a minha intervenção. A oportuna e claríssima definição, confesso desde já, não era minha; achei-a, porém, mui adequada naquele momento. Desde então, 50 anos já são passados. E se você, querido leitor, zer-me a mesma pergunta, hoje, terei de dar-lhe a mesma resposta de ontem com um leve, mas precioso adendo: “Deus é o Ser Supremo e Perfeito por excelência”.

1.      A definição de Deus. Já ouvi dizer que é impossível definir Deus. Nessa proposição, contudo, já temos uma definição pertinente do Ser Supremo: Deus é indefinível. Abandonemos, por enquanto, os caprichos da lógica e busquemos uma definição bíblica, e essencial do Todo Poderoso.

Jesus, sendo Ele mesmo inexplicável, assim definiu o Pai: “Deus é Espírito” (Jo 4.24). Relendo os escritos de João, veremos que o teólogo das afeições cristãs define o Pai Celeste de uma forma a transcender a poesia. Ele simplesmente escreve: “Deus é amor” (1 Jo 4.8). Se é possível encontrar uma definição de Deus, como explicar-lhe a natureza? Querido leitor, nem anjos, nem homens podem explicar a natureza do ser Divino; acha-se essa além de nossos conhecimentos mais avançados. No Salmo 139, o autor sagrado maravilha-se ante a onisciência e a onipresença divinas. As grandezas e bondades do Senhor, todavia, vão além desses atributos naturais; são infindáveis.

Quando estivermos na Jerusalém Celeste, constataremos que os predicados divinos são, além de infinitos, inexplicáveis. Por esse motivo, limitemo-nos a trabalhar com as revelações que o Eterno nos deixou de si mesmo na Bíblia Sagrada. Anal, somente Deus é capaz de explicar a si próprio. Perante o ser Divino, restrinjo-me a confessar dogmaticamente:

A única coisa que sei de Deus é: Ele é maravilhoso (Jz 13.8). Conforme as palavras do Senhor Jesus, somente a Divindade é capaz de explicar a Divindade: “Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai; e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mt 11.27, ARA).

2. A simplicidade do Ser Divino.

Ao contrário do homem, Deus é um ser maravilhosamente simples; possui uma única natureza. Por essa razão, Ele foi definido, pelo próprio Filho, como sendo espírito (Jo 4.24). Isso sígnifica que, para existir, o Senhor não necessita, como nós, de uma natureza composta de corpo, alma e espírito. O Todo-Poderoso define a si mesmo como aquEle que simplesmente é: “EU SOU O QUE SOU” (Êx 3.14). Ele existe por si mesmo (Jo 5.26). A sua asseidade é algo que não pode ser explicado: somente a Santíssima Trindade tem vida em si mesma; nossa vida provém de Deus e, por Ele, é mantida.

A simplicidade de Deus, em termos bíblicos e teológicos, não pode ser vista como deficiência ou falta, mas como perfeição e completude. Somente o homem requer uma constituição interligada e complexa para existir. Se o nosso ser não fosse composto de corpo, alma e espírito, não teríamos condições de existir nem neste mundo, nem no vindouro, pois quando do arrebatamento da Igreja, todo o nosso ser há de ser transformado e glorificado; nenhuma parte de nossa constituição cará para trás (1 Co 15.50-58). Doutra forma, jamais viríamos a ser como Ele é (1 Jo 3.2).

Volto a enfatizar que Deus é um ser perfeitamente simples. Sendo espírito puro, não necessita Ele de complexidade alguma para existir. Deus é o que é — o Eterno Eu Sou. Mas não devemos imaginá-lo como um ser disforme, abstrato e aberrativo; Ele é perfeitíssimo e belo (Sl 27.4). Nenhuma imagem, ícone ou escultura é capaz de retratá-lo. Em seu Unigênito, contudo, podemos contemplar-lhe o ser, conforme escreve o autor da Epístola aos Hebreus: “Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as cousas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas” (Hb 1.3, ARA).

II. Os Anjos, Superiores ao Ser Humano, mas Limitados

Conquanto gloriosos, os anjos não são deuses; são conservos nossos e súditos do Reino de Deus. Neste capítulo, estudaremos a natureza dos anjos e o seu lugar na hierarquia da criação divina. Ao compará-los a nós, teremos mais condições de entender a nossa própria constituição.

1. O que são os anjos.

Criados por Deus, os anjos são os servos mais diretos de que dispõe o Todo-Poderoso, na administração das coisas celestes e terrenas (Sl 103.20; Ap 5.11). Na era da Nova Aliança, foram eles designados a trabalhar em favor daqueles que hão de herdar a vida eterna (Hb 1.14).

Os anjos são um exemplo de serviço e presteza ao Senhor, segundo podemos depreender desta cláusula da Oração Dominical: “Venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6.10, ARA). Alguém declarou, certa vez, que os anjos, apesar de seu poder e grandeza, são humildes e prestativos. Para eles, tanto faz governar uma cidade como varrê-la; o seu prazer está em servir ao Senhor.

 2. A natureza dos anjos.

Segundo revela o autor sagrado, os anjos foram criados pelo sopro divino: “Os céus por sua palavra se zeram, e, pelo sopro de sua boca, o exército deles” (Sl 33.6, ARA). À semelhança dos seres angélicos, nós também só viemos a existir, quando Deus, no sexto dia, assoprou nas narinas de Adão (Gn 2.7). Mas, diferentemente de nós, os anjos não foram tomados a partir de alguma matéria pré-existente. Sendo eles espíritos, do espírito divino foram chamados a existir.

Após concluir os Céus, o Senhor assopra e, amorosamente, cria os seus exércitos. Cada anjo sai do íntimo do ser divino; gerados pelo Pai Celeste. Eles também são lhos de Deus (Jó 1.6; 38.7).

Apesar de o Senhor os ter formado de uma única vez, dispensou a cada um deles um tratamento personalizado; não os criou em séries, nem os fez robóticos ou cibernéticos. O saber de um anjo é proverbial (2 Sm 14.20). E, apesar de apenas Miguel e Gabriel serem apresentados por seus nomes, na Bíblia Sagrada, os demais anjos não foram condenados ao anonimato; todos eles são ministros de Deus; cada um tem um nome e uma função (Sl 103.20,21).

Não obstante a sua finitude, os anjos são dotados também de uma única natureza. Eles são espíritos (Hb 1.14). Por isso, não se reproduzem sexualmente. Desde que foram criados, o seu contingente permanece inalterado (Lc 20.34-36). Todavia, não são incorpóreos, pois o corpo angélico é espiritual, conforme explica muito bem o apóstolo Paulo: “Se há corpo natural, há também corpo espiritual” (1 Co 15.44, ARA).

3. Seu lugar na hierarquia divina.

Na hierarquia da criação divina, os anjos são apresentados como superiores aos homens (Sl 8.5). Mas, no que tange à salvação usufruímos de favores e graças, para os quais eles anelam perscrutar (1 Pe 1.12). Apesar de sua óbvia superioridade em relação a nós, seres humanos, apresentam-se eles como nossos conservos (Ap 19.10).

Neste ponto, cabe uma pergunta: Por que os anjos são superiores a nós? Entre outras coisas, em virtude de sua natureza, que, por hora, é bem mais elevada do que a nossa. A partir do arrebatamento, a natureza dos redimidos será igual à angélica.

 III. A Maravilhosa Complexidade do Ser Humano

Os seres humanos possuem uma natureza complexa e duplamente composta: uma física (o corpo) e outra espiritual (a alma e o espírito). Leia atentamente, mais uma vez, 1 Tessalonicenses 5.23. Para vivermos neste mundo, necessitamos da plenitude de nossa constituição. Se uma apartar-se da outra, morremos (1 Rs 17.21,22). Neste tópico, deter-nos-emos em nossa maravilhosa complexidade.

1                         .   O homem é um ser complexo.

Nos tópicos já estudados, mostramos que Deus é um ser perfeitamente simples; não necessita de qualquer composição para existir. Deus é espírito; nada o prende nem o limita. Observamos, ainda, que os anjos, embora possuam uma única natureza — a espiritual — dependem de Deus para subsistir. Logo a asseidade, a virtude de existir por si próprio, é um atributo exclusivo divino.

Já a natureza humana, devido à sua composição, é diferente da divina e da angélica. Tal diferença, porém, não as torna antagônicas. Na verdade, elas são interativas e harmônicas. A História Sagrada mostra que podemos interagir tanto com Deus quanto com os anjos. Os contatos com os seres angélicos, todavia, nos são facultados apenas em ocasiões especiais; não precisam ser rotineiros. Se viermos a invocá-los ou a adorá-los, cairemos numa perigosa idolatria (Cl 2.18).

Nossa complexa natureza, apesar de limitada, faculta-nos o acesso tanto ao mundo físico quanto ao espiritual. Por meio dos órgãos sensoriais do corpo, nossa alma (e com ela, o espírito) interage com o universo material. E, por intermédio dos sentidos do espírito, entramos nos domínios divinos. Portanto, o corpo, a alma e o espírito são imprescindíveis à nossa permanência neste mundo.

2. O homem é um ser duplamente composto.

A tricotomia humana é, como já vimos observando, duplamente composta. Possuímos um elemento material — o corpo físico — e dois elementos imateriais — a alma e o espírito. Acham-se esses três componentes de tal forma entretecidos em nosso ser, que não sabemos onde começa um e termina o outro. Só vamos perceber a separação entre a substância física e as imateriais, quando a alma, juntamente com o espírito, deixar-nos o corpo. Quando isso ocorre, dá-se o m temporário de nossa constituição material, que só voltará à vida na ressurreição dos mortos.

 Se a união entre as partes material e imateriais é perfeita, o que diremos da junção entre a alma e o espírito? Acham-se esses tão unidos e apegados um ao outro, que, conforme podemos sentir em nós mesmos, são absolutamente inseparáveis. Não há fronteiras nem limites entre ambos; são mais do que siameses. Somente a Palavra de Deus, com a sua singular agudeza, pode vir a separá-los (Hb 4.12). Nessa operação, a espada do Espírito Santo, bigume e penetrante, é infalível e cirúrgica.

3. A transitoriedade da complexidade humana.

 A tricotomia humana não é permanente; é temporária adequada apenas à nossa existência terrena. Após a ressurreição, teremos um novo corpo — indestrutível e espiritual; não mais a tricotomia, mas a simplicidade. Enfim, seremos iguais aos anjos (Lc 20.34-36).

Quando isso acontecer, corpo, alma e espírito fundir-se-ão numa única composição. E, nessa realidade, os justos passarão a desfrutar das bem aventuranças eternas ao lado do Pai Celeste. Os injustos e maus serão lançados no Lago de Fogo, onde já estarão a Besta, o Falso Profeta, o Diabo e os seus anjos; o tormento será eterno.

IV. O Corpo Humano, Material e Transitório

Neste tópico, estudaremos as seguintes características do corpo humano: materialidade, visibilidade e mortalidade. Antes, porém, busquemos uma definição de corpo.

1. Definição de corpo.

Corpo é a estrutura física de um organismo, capaz de sustentar-lhe a vida e possibilitar-lhe a interação com o ambiente que o cerca. Essa definição pode ser aplicada tanto ao corpo dos animais como ao nosso.

O corpo humano, biblicamente considerado, transcende os limites fisiológicos e clínicos, pois a sua função não termina com a morte física. Na ressurreição, retornará à vida, já numa outra composição — espiritual e indestrutível —, a m de receber as recompensas eternas.

 Nas Escrituras Sagradas, o nosso corpo é descrito como o templo do Espírito Santo (Sl 51.11;1 Co 6.19). Conclui-se, pois, que o corpo humano não é irremediavelmente mau. Em Jesus Cristo, pode ser salvo, redimido, santificado e glorificado. Quando nos santificamos, Deus é glorificado em nossa carne (Jó 19.26). Quando aceitamos Jesus, opera Ele em nosso ser uma redenção completa: salva-nos o espírito, a alma e o corpo, pois esse é o templo de seu Espírito.

2. Materialidade. Ao contrário dos anjos — seres espirituais —, criados de uma só vez pela palavra divina (Sl 33.6), o homem — ser material e físico — veio à vida a partir de uma matéria já existente: a terra. Deus, pois, formou Adão, o primeiro genitor da humanidade, do pó de nosso planeta (Gn 2.7). O mesmo pode-se dizer de Eva, que, provinda do homem, possui a mesma substância desse (Gn 2.21,22). Desde a sua criação, o ser humano vem reproduzindo-se e enchendo a Terra por meio da união matrimonial (Gn 1.28; At 17.26).

3. Visibilidade e tangibilidade. Envolto num corpo material, o ser humano pode ser visto e tocado. Aliás, a visibilidade e a tangibilidade foram as provas que o Senhor Jesus apresentou a Tomé como evidências de sua ressurreição física (Jo 20.27). O apóstolo incrédulo só veio a convencer-se da verdade depois de ter visto e tocado as feridas do Cordeiro de Deus (Jo 20.29).

4. Mortalidade. Apesar de material, o corpo humano foi criado com a possibilidade de manter-se vivo para sempre. Se não fosse o pecado, Adão e Eva estariam, hoje, entre nós (Gn 2.16,17). Mas, por causa de sua desobediência, morreram; o salário do pecado é a morte (Gn 5.5; Rm 6.23). Aança o apóstolo, porém, que, quando do arrebatamento da Igreja, o que é mortal revestir-se-á da imortalidade (1 Co 15.53,54).

 O homem, portanto, foi criado imortalizável: com a possibilidade de viver para sempre. Logo, se Adão e Eva não houvessem pecado, em breve, apagariam as seis ou sete mil velinhas de seu imenso bolo de aniversário. Mas, por causa de sua transgressão, experimentaram dupla morte: a espiritual e a física. Mas, ao recebermos a Jesus, como nosso Salvador, passamos a desfrutar, imediatamente, da vida eterna (Jo 3.15). Amigo, creia que Jesus Cristo é o Filho de Deus. Este é o momento. Aceite-o, agora mesmo.

V. A Alma Humana, a Janela para o Mundo Físico

Só viremos a entender claramente a nossa natureza espiritual, se aceitarmos, desde já, esta proposição: espírito e alma são inseparáveis. A partir daí, veremos a alma em sua real função: a janela, através da qual acessamos o mundo exterior. Mas, o que é exatamente a alma?

1.   Denição de alma. De acordo com a doutrina bíblica, a alma é a substância imaterial do homem. Dotada de vida própria, mas em perfeita junção com o corpo, é capaz de sobreviver à nossa morte física.

Na conhecida história do rico e Lázaro, narrada por nosso Senhor, a alma do justo foi recolhida à morada divina, ao passo que a do injusto e mau foi aprisionada no Inferno (Lc 16.19-30). Na Bíblia, a palavra “alma” é apresentada, às vezes, como sinônimo de vida, pessoa e sangue (Jó 27.8; Êx 12.4; Lv 17.11, 13,14). Noutras ocasiões, é vista como a sede de nossas afeições e sentimentos (Gn 34.8). O termo hebraico nephesh carrega todas essas acepções.

No grego do Novo Testamento, a palavra “alma” é mais específica do que a sua congênere hebraica. Mesmo assim, a palavra psychē comporta várias significações. Aparece como a parte imaterial do homem, a vida natural do corpo, a sede da personalidade e de nossa vontade (Mt 2.20; 10.28; Lc 9.24; At 4.32).

2             .   O estudo da alma. O estudo da alma avulta-se, à primeira vista, como algo impossível, visto tratar-se do exame de uma substância imaterial; algo que não pode ser observado ou tocado. Mas, quando lemos a Bíblia observamos que os autores sagrados tinham por hábito examinar o próprio interior

No Salmo 19, Davi roga o auxílio divino, a m de escrutinar as imperfeições de sua alma: “Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas” (Sl 19.12, ARA). Noutro cântico, revela o salmista como investiga o seu íntimo, tendo como modelo o Deus de Israel (Sl 63.5,6).

Nas Escrituras do Novo Testamento, o apóstolo Paulo, ao ensinar os irmãos de Corinto, que nós, os salvos, temos a mente de Cristo, exorta-os a examinarem a si mesmos: “Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados” (1 Co 11.31, ARA). Quando nos julgamos, à luz da Palavra de Deus, não temos de buscar socorros terrenos que, a bem da verdade, nem socorros são.

Os gregos também se davam à investigação do próprio ser. Sócrates instigava seus alunos com um desao perturbador: “Conhece-te a ti mesmo”. Mas, como investigar a si próprio? Foi naqueles idos distantes, entre o V e IV séculos, que os helenos passaram a estudar sistematicamente a própria alma. E, assim, nascia o que hoje conhecemos como psicologia. Etimologicamente, esse termo significa “o estudo da alma”.

No princípio, a psicologia tinha como alvo o estudo da alma humana — a sede de nossas interioridades, afeições e sentimentos. Mas, com o decorrer dos séculos, passou a interessar-se, também, pelos mistérios e operações da mente. E, por último, veio a concentrar-se no comportamento humano. Mas, seja qual for o seu foco, jamais poderemos ignorar a alma que nos veio de Deus, pois é justamente nela, que reside o nosso verdadeiro eu.

3. Alma e espírito são inseparáveis. Conforme já dissemos, a alma e o espírito acham-se tão unidos, em nosso ser, que somente a Palavra de Deus pode alcançar-lhes a junção (Hb 4.12). Ambos têm de ser vistos juntos; inseparáveis. Conforme veremos, a alma e o espírito formam a nossa substância imaterial; cada um deles tem uma função específica em nosso ser.

 4. A alma é a janela para o mundo exterior. Através da alma, o ser humano se expressa e tem acesso ao mundo que o cerca. Para que isso seja possível, a alma serve-se dos órgãos sensitivos (Lc 11.34). E, por intermédio desses, o homem carnal deixa-se atrair pelas concupiscências da carne e dos olhos (Tg 1.13,14). Por isso, o Senhor decreta: “A alma que pecar, essa morrerá” (Ez 18.4). O pecado começa na alma e contamina o espírito e o corpo. Por isso, o apóstolo recomenda a completa santificação de nosso ser (1 Ts 5.23).

5. A separação da alma e do corpo gera a morte. A morte ocorre quando a alma separa-se do corpo. É o que nos mostra a narrativa da morte de Raquel, a esposa amada de Jacó (Gn 35.18). Quando isso ocorre, a alma dos justos é recolhida ao lugar de descanso, ao passo que a dos ímpios é aprisionada no Inferno (Lc 16.20-31). Observe, pois, que a alma (juntamente com o espírito) permanece consciente até a ressurreição do corpo. Enfatizamos que a alma e o espírito são inseparáveis; são um único elemento de nossa imaterialidade.

 6. A santificação da alma. Se atentarmos às recomendações bíblicas, concluiremos que a nossa alma requer santificação prioritária. Servindo-se ela de nossos órgãos sensoriais põe-nos em contato com o mundo exterior. E, assim, passamos a conhecer o que é “bom” e, se não tivermos cuidado, começamos a experimentar e a amar o que o mundo nos oferece. Essa verdade é expressa em 1 João 2.15,16.

Santifiquemos nossa alma por meio da leitura da Bíblia Sagrada, da oração e da vigilância. Caso contrário, acumularemos no espírito, por intermédio da alma, toda sorte de iniquidades e pecados, conforme adverte o Senhor Jesus: “Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios” (Mc 7.21, ARA). E o espírito, já contaminado, não terá forças para frear as concupiscências e os instintos carnais.

A mecânica do pecado foi admiravelmente descrita por Tiago. Se bem atentarmos às palavras do autor sagrado, constataremos que a iniquidade tem origem na alma e, partir daí, mancha o espírito e o corpo (Tg 1.13- 15).

VI. O Espírito Humano, a Janela para o Mundo Espiritual

O espírito humano, por ser o elo entre o corpo e Deus, é a sede de nossa comunhão com o Pai Celeste. Na Bíblia, espírito e alma são tomados, às vezes, como sinônimos. De início, vejamos como podemos denir o espírito humano.

1.   O que é o espírito. Em termos simples, o espírito compõe, juntamente com a alma, a parte imaterial do ser humano. Embora distintos um do outro, não podem separar-se; somente a Palavra de Deus, como já enfatizamos, é capaz de alcançar a divisão entre ambos (Hb 4.12). Em virtude de suas faculdades, o espírito humano atua como a sede de nossas afeições espirituais (Sl 77.3,6).
O termo hebraico ruwach aparece traduzido, nas versões clássicas da Bíblia, como a palavra “espírito”. Este vocábulo, quando bem interpretado, denota a sede de nossos sentimentos espirituais (Jó 6.4). Nosso espírito, devido à sua proximidade com Deus, é a primeira substância de nossa composição que redemos ao Pai Celeste na hora terminal (Sl 31.5). Assim agiu Estêvão e o próprio Cristo (Mt 27.50; At 7.59).

O termo grego pneuma é bem similar ao hebraico ruwach. Nas Escrituras do Novo Testamento, porém, o espírito humano é tratado com mais profundidade. Revela-nos Paulo que, em espírito, podemos orar com intimidade e sem impedimentos; nele, oramos bem (1 Co 14.13-16). O apóstolo ainda diz que o espírito é dotado de entendimento e sabedoria (Cl 1.9). Se formos mais adiante, veremos que o nosso espírito conhece-nos em profundidade (1 Co 2.11).

2. O elo entre o nosso corpo e Deus. É por meio de nosso espírito que nos comunicamos com Deus (Ap 1.10). Foi no espírito que o evangelista recebeu a mensagem do Apocalipse. Paulo sempre esteve, em espírito, em perfeita comunhão com Deus e com os irmãos (1 Co 5.4).

3. A sede de nossa comunhão com Deus. No âmbito do espírito, temos experiências e encontros com Deus (Sl 143.4,7). Eis a experiência do profeta (Is 26.9). Portanto, a verdadeira alegria divina manifesta-se, em primeiro lugar, em nosso espírito, pois é, neste, que todo o nosso ser consagra-se ao serviço divino (Sl 51.12; Rm 1.9). Nosso espírito fala e ora em mistérios (1 Co 14.2,14,16). O espírito também pode abrigar o orgulho e a soberba (Pv 16.18). Por isso, quando o ímpio falece, o seu espírito (e também a alma, porquanto ambos são inseparáveis) é aprisionado até o julgamento nal (1 Pe 3.19).

3    .   A santificação do espírito humano. Em sua epístola aos gálatas, Paulo mostra que o nosso espírito anseia pelas coisas de Deus. Já a nossa carne, por ser carne, almeja as coisas do mundo. Por essa razão, há, entre ambos, uma guerra acirrada (Gl 5.17). Mas, quando alimentamos o espírito vencemos as obras da carne e começamos a abundar no fruto do Espírito Santo (Gl 5.22-24). A partir de então, entramos na dimensão do homem espiritual (1 Co 2.15).

Vivamos, pois, na verdadeira dimensão espiritual. Santifiquemo-nos. Apeguemo-nos à Palavra de Deus e ao Deus da Palavra. Ore. Jejue. Se você ainda não é batizado no Espírito Santo, busque-o em oração e lágrimas. Esteja sempre alerta para o arrebatamento da Igreja. 
Maranata, ora vem, Senhor Jesus.

Conclusão

O homem é um ser tanto físico quanto espiritual. Por essa razão, Deus requer nossa completa e uniforme santificação (1 Ts 5.23). Temos de ser santos no corpo, na alma e no espírito.Jesus morreu e ressuscitou, a m de que sejamos santos em todo o nosso ser. E, quando do arrebatamento da Igreja, apesar de nossas limitações, o Senhor nos revestirá da imortalidade e da incorruptibilidade.

 Busquemos a santificação. Todo o nosso ser pertence a Deus. Somos o templo do Espírito Santo. Aleluia!

                                     A Raça Humana - Origem, Queda e Redenção -  Pr Elienai Cabral


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                       A CONSTITUIÇÃO DO SER HUMANO

Como vimos, o homem é diferente dos animais, pois, enquanto estes têm instinto e agem segundo essa condição, o homem tem autoconsciên- cia e autodeterminação, por ter pessoalidade; e, como tal, possui o que o irracional não tem: intelecto, vontade e emoções. Quanto aos animais, DEUS disse: “produza a terra alma vivente”; quanto ao homem, DEUS disse: “Façamos o homem”.
O método usado por DEUS para criar o homem foi especial. Diz a Bíblia: “E formou o Senhor DEUS o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” (Gn 2.7).

No texto acima, vemos dois aspectos:

A formação da parte física do homem. A parte física do homem veio “do pó da terra”. Não com o barro, em estado bruto, ou um boneco de barro. Mas, com os elementos químicos que se encontram no barro, ou na argila, DEUS, de modo sobrenatural, formou cada parte do corpo humano, combinando-as de maneira jamais compreendida pela mente humana.
Hoje, a embriologia e o estudo da genética têm informações sobre a forma­ção do ser humano no ventre da mãe, a partir da união dos gametas masculino e feminino. Mas jamais alcançou a formação do primeiro ser humano, que não foi gerado, e sim criado por DEUS. Como DEUS combinou os aminoácidos, as proteínas, os sais minerais e demais substâncias para compor o corpo humano é algo que transcende a qualquer especulação científica.

A formação da parte interior do ser humano. Isto é, a alma e o espírito. Diz a Palavra de DEUS: “e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”. Como foi esse processo? Que fôlego foi esse? De que ele se constituiu, em sua plenitude? Dali surgiu a alma somente? Ou a alma e o espírito? São a mesma coisa, ou entes distintos? Como a alma se propaga?
Não é difícil entender como o corpo humano é gerado no ventre da mãe, sobretudo hoje, com os recursos da ultra-sonografia moderna. Mas, como a alma é gerada? Como ela se multiplica? E o espírito, difere da alma, ou é sinônimo dela? Como a alma entra no embrião?
Neste tópico, apenas desejamos refletir sobre essas questões, em submissão ao que está revelado nas Escrituras. E vamos meditar sobre a constituição do homem, segundo algumas concepções e à luz da Palavra de DEUS. Há diversas correntes de pensamento quanto à constituição do homem. Algumas são indicadas a seguir.

Unitarianísmo. Também chamado de monismo. E uma corrente doutrinária que ensina que o homem é um só todo, uma só parte, não havendo qualquer divisão em sua constituição; ou seja, não existe alma ou qualquer parte do ser humano que sobreviva à morte. Para os unitaristas ou monistas, o ser humano se constitui de uma unidade indivisível.
Eles não acreditam na existência da alma e do espírito, admitindo que essas expressões referem-se apenas a uma unidade psicofísica do ser humano. As pa­lavras “carne” nos Antigo (hb. hasar) e Novo Testamentos (gr. sarx), bem como “corpo” (gr. soma), referem-se ao “ser humano por inteiro, porque, nos tempos bíblicos, ele era considerado unificado”.26

Dicotomísmo. Essa doutrina ensina que só há dois elementos, ou partes consti­tutivas, do homem: a parte material e a imaterial. Baseiam-se no fato de os termos “alma” e “espírito”, às vezes, na Bíblia, serem sinônimos, ou intercambiáveis entre si. E sustenta sua opinião partindo de textos que lhes parecem indicar esse entendimento (cf. Jó 27.3).

Trícotomismo. Os chamados tricotomistas entendem que o homem é formado de três partes distintas: corpo, alma e espírito. Seu ensino honra as Escrituras e se harmoniza com elas, pois, de acordo com a Bíblia, o homem tem uma consti­tuição tríplice, sendo formado de espírito, alma e corpo (I Ts 5.23). Reflitamos sobre cada uma dessas partes.


O ESPÍRITO DO HOMEM

Ao soprar no homem o “fôlego de vida”, DEUS o fez “alma vivente”, ou um ser que tem vida. Nesse sopro, o Criador infundiu, no interior do homem, sua parte espiritual. Por esse fôlego, ele adquiriu o princípio vital, que o anima.
O espírito é a parte imaterial do homem, que, juntamente com a alma, forma “o homem interior”. Disse Paulo: “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de DEUS” (Rm 7.22). O apóstolo ensinava sobre a luta entre a carne, ou a natureza carnal do homem, e o espírito, que provém de DEUS, e acentuava que o “homem interior” tinha prazer na lei de DEUS.
Em outro versículo, lemos: “Por isso, não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia” (2 Co 4.16); neste texto, vemos o “homem exterior”, o corpo, e “o interior”, a parte imaterial do homem. Podemos dizer que esse “homem interior” é o conjunto espiritual, formado pela alma e pelo espírito (I Ts 5.23).

A ALMA DO HOMEM

A palavra “alma”, no Antigo Testamento, é nepesh. No Novo Testamento é psique, que tem o sentido de “alma” e de “vida”; está ligada ao termo psíqui­cos, que tem o sentido de “pertencente a esta vida”. E a base das experiências conscientes. A alma pode ter três áreas de significados: “(a) psycbe, no sentido da base impessoal da vida, a própria vida; (b) a parte interior do homem; (c) uma alma independente em contraste com o corpo”.2-

No sentido impessoal, a alma eqüivale à própria vida. No sentido de ser “parte interior do homem”, refere-se à sua personalidade, ou à pessoa (cf. 2 Co 1.23). O texto de Levítico 17.10-15 dá uma diversidade de sentidos à palavra “alma”:
“contra aquela alma que comer sangue eu porei a minha face e a extirparei do seu povo” (v. 10); aqui, “alma” significa a própria pessoa.
“Porque a alma da carne está no sangue...” (v.II); neste sentido, “alma” significa a vida do corpo, dos tecidos, que são alimentados pelo sangue.
“Nenhuma alma dentre vós comerá sangue...” (v. 12); novamente, refere- se à pessoa.
“a alma de toda a carne; o seu sangue é pela sua alma”; aí vemos referência à vida de toda a carne, e que o sangue seria derramado pela vida do transgressor.

Tanto nepesh (hb.) como psyche (gr.) indicam o princípio vital da vida humana, física ou animal. Quando DEUS disse que o homem fora feito “alma vivente” e, em relação aos animais, que a terra produzisse “alma vivente”, usou a mesma expressão — hb. nepesh hayya. No entanto, como vimos em item anterior, o homem é distinto do animal, por várias razões: autoconhecimento e autodeterminação, por exemplo. Assim, a alma do homem é profundamente diferente da alma do animal.

No Novo Testamento, vemos várias referências sobre o significado de alma. JESUS disse: “Quem quiser salvar a sua vida [psycbe], perdê-la-á...” (Mac 8.35; cf. Mac 10.45; Mt 20.28). “Não estejais ansiosos quanto à vossa vida...” (Mt 6.25). Nesse sentido, “alma” se refere à vida.
Em sentido teológico, a alma é a sede das emoções e dos sentimentos. JESUS disse: “A minha alma está profundamente triste até a morte” (Mc 14.34). A alma se entristece. “E a parte sensível da vida do ego, a sede das emoções — do amor (Ct 1.7), do anseio (SI 36.62) e da alegria (SI 86.4)”.28
O texto que melhor distingue alma de espírito é I Tessalonicenses 5.23: “e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO”. Aqui temos a palavra “alma” significando a parte interior do ser, distinta do espírito, porém, intrinsecamente a ele ligada, for­mando o “homem interior” (Rm 7.22). Ver também Hebreus 4.12; Lc 1.46,47.

Horton assevera:

A alma sobrevive à morte porque é energizada pelo espirito, mas alma e espírito são inseparáveis porque o espírito está entretecído na própria textura da alma. São fundidos e caldeados numa só substância.29
Como vimos, a alma faz parte do “homem interior” do ser, unida ao espírito. Intrigantes questões têm sido formuladas sobre a origem da alma. A alma é introduzida no corpo; Ela é formada durante a concepção? A alma é preexistente? Há, basicamente, três teorias acerca da origem da alma, todas elas evocando fundamento bíblico.

Teoria da preexistência. E um dos fundamentos da doutrina espírita. Segundo essa idéia, as almas existem, em esferas diversas do mundo espiritual, e entram no corpo gerado, no processo chamado reencamação. Para os defensores dessa doutrina, a alma peca, na vida presente, e, para se redimir, precisa purificar-se, voltando a se integrar num outro corpo humano, sucessivamente, durante inumeráveis existências.

Antes mesmo de ser uma doutrina, codificada por Alan Kardec, principal expoente do espiritismo, a teoria da preexistência da alma teve o apoio de filósofos, como Platão e Filo, e de teólogos cristãos, como Orígenes de Alexandria (185 a 254).

Essa teoria tem origem no maniqueísmo, doutrina pela qual se ensinava que o espírito era puro, ao lado da alma, que já preexistia. Quanto ao corpo, seria intrinsecamente mau, bem como a matéria à sua volta. Tal teoria não tem qualquer fundamento bíblico, pelas seguintes razões:
O homem foi feito alma vivente somente após o sopro de DEUS, no momento inicial da criação do primeiro ser humano, na face da Terra; antes de Adão, não há qualquer indicação, nas Escrituras, da existência de almas, guardadas numa espécie de “celeiro de almas”, num lugar, nos planetas, como entendem os espíritas.

Os maus atos e a depravação do homem são decorrem de uma causa primária: o pecado de Adão, que passou a todos os homens (Rm 5.12). A conse­qüência, pois, é pessoal, individual e responsável; é de cada pessoa que peca, em sua existência atual, e não de pretensas existências anteriores ao seu nascimento;
DEUS fez o homem, incluindo sua parte imaterial (espírito+alma) “e viu DEUS que tudo que tinha feito era muito bom” (Gn 1,31).

Teoria criacionista.30 Trata-se de uma teoria segundo a qual DEUS “faz as almas diariamente”, conforme ensinava Aristóteles. Polano dizia que “DEUS sopra a alma nos meninos quarenta dias após a concepção, e nas meninas oitenta” (sic); Jerômmo e Pelágio também acatavam esse entendimento, bem como a Igreja Católica Romana e os teólogos reformados, a exemplo de Calvino. Segundo Strong, Lutero se inclinava para o traducionismo.
Para Strong, os criacionistas se baseiam nos seguintes textos bíblicos: “e o espírito volte a DEUS, que o deu” (Ec 12.7); “palavra do Senhor... e que forma o espírito do homem dentro dele” (Zc 12.1); “... e as almas que eu fiz” (Is 57.16). Mas a Bíblia não dá respaldo a essa teoria.

Teoria participativa.

 Leite Filho afirmou:
Quando se afirma que a alma é criadat é necessário fazer algumas distinções: a criação é uma produção do nada; a alma é produzida na matéria e não da matéria; a produção da alma necessita de uma realidade criada já existente; a ação divina não tem como objetivo uma alma separada e sim o homem completo.
De fato, o homem, desde a fecundação, não é “um aglomerado de células”, como dizem os cientistas ateus e materialistas. È um ser completo, composto de espírito, alma e corpo.
Toda nova pessoa humana é fruto da ação imediata de DEUS e da dos pais: DEUS e os pais produzem o sujeito mteiro, mas os pais podem produzi-lo so­mente enquanto é um ser material vivo, isto é , tem um corpo, e DEUS o produz imediatamente enquanto é um ser pessoa, isto é, tem uma alma.32

Mver Pearlman, explicando a origem das almas, após a criação do homem, corrobora com esse entendimento:

A origem da alma pode explicar-se pela cooperação Do CriaDor com os pais.
No princípio de uma nova vida, a divina criação e o uso criativo de meios agem em cooperação. O homem gera o homem em cooperação com “O Pai dos espíritos”. O poder de DEUS domina e penetra o mundo (At l 7.28; Hh 1.3) de maneira que todas as criaturas venham a ter existência segundo as leis que Ele ordenou. Portanto, os processos normais da reprodução humana põem em execução as leis de vida, fazendo com que a alma nasça no mundo. ”
Assim, podemos concluir que a alma humana se forma, segundo as leis da procriação, deixadas por DEUS, numa cooperação entre os pais biológicos, e “o pai dos espíritos”(Hb 12.9). Cada vez que um gameta masculino funde-se com um feminino, no casamento, ou fora dele, pela lei do Criador, forma-se um conjunto espírito+alma dentro do homem. Diz a Bíblia: “Fala o Senhor, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele” (Zc 12.1). O modo como DEUS atua na formação da alma é um mistério ao qual devemos nos curvar, em nosso conhecimento limitado.

O CORPO HUMANO

Na visão tncotômica do ser humano, o corpo tem papel importantíssimo. È através dele que a alma se comunica com o mundo exterior. È no rosto que apare­cem as expressões de alegria, tristeza, ira, sono, calma, entusiasmo, rancor, mágoa e tantos outros sentimentos próprios da natureza humana. Diz a Bíblia: “o rosto corresponde ao rosto, assim o coração do homem ao homem” (Pv 27.19).
Graças à ciência, hoje podemos conhecer o corpo humano melhor do que qualquer pessoa do passado, inclusive as que tenham vivido no tempo em que a Bíblia foi escrita. Nos dias atuais, podemos conhecer melhor a grandeza, a per­feição (relativa) e o maravilhoso funcionamento do corpo humano, como obra- prima das mãos de DEUS, o Criador maravilhoso e absoluto de todas as coisas.
A dimensão material do corpo. Em Salmos 139.13-16, Davi exclamou, diante da formação e do desenvolvimento do corpo desde o ventre:

Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas ohras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia.

Que maravilhosa declaração e quão diferente da teoria da evolução, que assevera: As origens da vida, do corpo, do homem e da inteligência ocorreram pelo “acaso” cego e sem propósito algum. Apresentaremos a seguir algumas informações sobre o corpo humano, a fim de que sintamos melhor a grandeza da obra criadora de DEUS, ao fazer o homem das substâncias que há no pó da terra e lhe dar a vida, tornando-o sua imagem e semelhança.
Organização do corpo humano. O esqueleto humano constitui o arcabouço que sustenta os músculos, “protege os órgãos internos e permite uma grande varie­dade de movimentos”.34 E formado por 206 ossos e corresponde a 1/5 do peso total. Há 216 tecidos no corpo humano.
O cérebro humano “corresponde a 2% do peso de um adulto médio, mas é res­ponsável por 20% do consumo de oxigênio desse indivíduo... o cérebro tem um trilhão de células nervosas” e seus “sinais trafegam ao longo dos nervos até um máximo de 360 km/h: uma mensagem enviada da cabeça para o pé chega em I/50 de segundo... o cérebro de um homem pesa 1,4 kg; o cérebro de uma mulher pesa 1,25 kg”.33

Há no corpo humano glândulas, grupos de células que produzem hormônios ou substâncias que regulam o funcionamento do corpo. O ser humano produz duzentos hormônios diferentes. O seu sistema imunológico é tão especial, que um só linfócito produz um milhão de anticorpos por hora.
De acordo com a Enciclopédia Seleções, “uma pessoa tem 2,5 milhões de glândulas sudoríparas; (...) o nariz humano tem 50 milhões de células receptoras, o que permite identificar os odores variados”. Esses são apenas alguns aspectos da formação e estrutura do corpo humano. Somente uma criação especial, por um Ser supremo e inteligente, poderia conceber, estruturar e dar vida a um sistema tão especial quanto o corpo humano. Mais uma vez temos a expressão de Davi: “Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado” (SI 139.14a).
Maravilha da procriação. Cada mês, num dos ovários da mulher, um óvulo se desenvolve e cresce. Com um milésimo de milímetro de diâmetro, é lançado numa das trompas de falópio; daí, o óvulo caminha em direção ao útero. Encontrando-se com um espermatozóide, que o penetre, será fecundado. Numa relação sexual, o órgão masculino lança cerca de duzentos a trezentos milhões de espermatozóides. 
Um só penetra no óvulo!

O seu núcleo se funde como núcleo do óvulo, cada um com 23 cromossomos, formando o ovo ou zigoto, que passa a ter 46 cromossomos. Naquele momento, já estão devidamente programadas, pela molécula do DNA (ácido desoxirribo- nucléico), todas as características genéticas individuais do novo ser humano.
Dentro de poucas horas, o zigoto começa a se dividir em duas, quatro, oito, dezesseis, 32, 64 células, e assim por diante. Essa divisão celular começa a ocorrer, ainda, na trompa, mesmo antes de chegar ao útero. Chegando ao útero, o embrião, na forma de blastocisto se implanta no útero. Começa a gravidez.

E a formação de um novo ser humano, e não apenas de “um amontoado de células”, como entendem os cientistas materialistas. Nos seus primeiros dias, as células que formam o embrião chamam-se células-tronco embrio­nárias. Conforme registra Lima’6, elas se formam, após a fusão dos gametas masculino e feminino (espermatozóide e óvulo), quando surge um aglome­rado de células.
Após quatro dias, esse grupo de células começa a formar uma estrutura esférica, chamada blástula, apresentando duas partes, uma interna e outra externa. A parte externa formará a placenta, e a interna, o embrião. È na parte interna que estão as células capazes de gerar todas as células do organismo de um indivíduo.3' Dentro de cinco dias, o embrião forma a blástula ou blastocisto, com aproximadamente cem células. As células internas do blastócito são as que ensejam maior interesse dos pesquisadores, por poderem transforma-se em todos os tecidos do corpo humano, por serem ainda indiferenciadas.

Os cientistas materialistas já fazem uso das células-tronco embrionárias na pesquisa, visando a obter a cura de doenças degenerativas, como mal de Alzheimer, mal de Parkinson, diabetes, câncer e outros. No entanto, com base na Palavra de DEUS, entendemos que isso afronta a sacralidade da vida, pois o embrião é um novo ser humano, programado pela leis da biologia, para se desenvolver com sua individualidade. (Leia o nosso livro Células-tronco, uma Visão Etica e Cristã, editado pela CPAD). Destruir embriões ou praticar o aborto é um crime gravíssimo, que deveria ser considerado hediondo.38

Prosseguindo com a viagem do embrião, vemos que, com quatro semanas, o coração começa a bater, com apenas cinco milímetros de comprimento; com seis semanas, o embrião obtém toda a sua nutrição e oxigênio da placenta e do cordão umbilical; com oito semanas, agora denominado feto, mede 2,5 centímetros, e seus membros são identificáveis. Começa a se mexer, mas a mãe não sente.
Com doze semanas, os principais órgãos internos aparecem... com 22 semanas, todos os sistemas do corpo já estão estabelecidos. Se nascer prematuramente, o bebê pode sobreviver com auxílio médico; com 38 semanas, o bebê já está com­pletamente formado, com sua cabeça encaixada (posicionada para baixo com a face voltada para a pélvis), pronto para nascer.39
Diante disso, só a Bíblia pode expressar a grandeza da criação do homem:
Pois possuíste o meu interior; entreteceste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe... (Sl 139.13-16).
Desenvolvimento e morte do corpo. Todo ser vivo, incluindo o homem, nasce, cresce, desenvolve-se e morre. Essa é uma lei que só admite exceção para aqueles que, na segunda vinda de JESUS, estiverem vivos, no momento do arrebatamento da Igreja. Afora essa exceção, “aos homens está ordenado morrerem uma vez” (Hb 10.27).

Em seu desenvolvimento, o homem passa pela infância, adolescência, juventu­de e idade adulta. Em cada uma dessas fases, seu desenvolvimento fisico depende de alimentação, repouso, movimento, relacionamento humano e espiritual. A velhice é a fase do declínio das energias físicas e mentais. Depois, vem a morte.
Para os que têm a salvação em CRISTO JESUS, a velhice é uma fase de gratidão e esperança quanto ao porvir. Para os que não têm a certeza da vida eterna, a velhice é vista como o fim da vida, sem qualquer esperança de uma vida melhor.

A morte — que pode ser física ou espiritual — é um fato que assusta a maioria das pessoas. Talvez porque o homem não foi programado, originalmente, para morrer. Ela entrou no mundo como conseqüência do pecado, do rompimento com DEUS. Só a salvação em CRISTO pode reverter a inclinação para a morte es­piritual, que é a separação eterna de DEUS.
Já existem pessoas que esperam reverter a realidade da morte física através da ciência. Em países ricos, como os Estados Unidos, algumas pessoas já contrata­ram os serviços de empresas que se propõem a preservar o corpo, congelando-o a 196 graus negativos, a fim de que, um dia, se a ciência descobrir uma solução para o envelhecimento, e para a morte, seus donos possam ser reanimados. E a chamada cnobiologia — biologia do congelamento da vida.
A técnica utilizada chama-se hibernação. Nesse processo, o sangue do morto é retirado, substituído por um líquido anticongelante e colocado num cilindro de aço, num estado de suspensão criônica. Espera-se que, alguns séculos mais tarde, a ciência descubra como fazer a “ressurreição tecnológica”.40 Ê o homem mortal desejando a vida eterna por meios errados. Mas há cientistas sérios que afirmam ser perda de dinheiro congelar pessoas.
De fato, a lei da morte é inexorável. È conseqüência do pecado. DEUS disse, no Eden, ao primeiro casal: “E ordenou o Senhor DEUS ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.16,17).

A DIMENSÃO ESPIRITUAL DO CORPO

Corpo do pecado (Rm 6.6). Nesta passagem, Paulo afirmou que uma vez que somos novas criaturas, devemos saber “que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado”. A expressão: “corpo do pecado” refere-se ao “velho homem”, que, antes de ser transfor­mado por DEUS, pela aceitação de CRISTO como Salvador, vivia usando o corpo como instrumento para o pecado.
Também disse o apóstolo Paulo, em Romanos 6.12-14:
Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe ohedecerdes em suas concupiscêncías; nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a DEUS, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a DEUS, como instrumentos de justiça.

Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.
Homem exterior (2 Co 4.16). Disse Paulo: “Por isso, não desfalecemos; mas, amda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia”. Aqui, o apóstolo, ensinando sobre a ressurreição (2 Co 4.14), acrescenta que não devemos desfalecer diante das lutas que passamos nesta vida, pois, mesmo que o “homem exterior” — o corpo — se corrompa, envelheça e venha até a morrer, contudo o “homem interior” (espírito+alma), renova-se continuamente.
Casa terrestre (2 Co 5.1). Certamente, o apóstolo Paulo se referiu à temporalidade do corpo, em sua constituição física, como invólucro do espírito. De acordo com a Palavra de DEUS, o destino do salvo é habitar nos céus, com JESUS, num corpo transformado, semelhante ao seu, quando ressuscitado (cf. Fp 3.21). O corpo celestial que nos será dado por DEUS será a “nossa habitação, que é do céu” (2 Co 5.2). No entanto, enquanto estivermos aqui, não poderemos ter essa condição.
O “homem interior” não pode apresentar-se diante dos olhos humanos. Assim, precisa dessa “casa terrestre”, que é o corpo humano, com seus órgãos, tecidos e seus sentidos físicos. E casa temporária, morada passageira, visto que somos, na Terra, “peregrinos e forasteiros” (2 Pe 2.11).
Corpo desta morte (Rm 7.24). Ensinando sobre a luta entre a carne (natureza pecaminosa) e o espírito, o apóstolo Paulo, de forma eloqüente, disse:
Porque, segundo o homem interior; tenho prazer na lei de DEUS. Mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento e me prende debaixo
da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?

Paulo se referia ao fato de o pecado utilizar-se dos membros do corpo para praticar a iniqüidade e a desobediência contra DEUS, o que eqüivale a experimentar a morte espiritual (Ef 2.1).
Corpo abatido (Fp 3.21). Numa visão escatológica, Paulo estimula os filipenses a viver a fé com perseverança e alerta-os contra os “inimigos da cruz de CRISTO” (v. 10). E, numa palavra de conforto e esperança, lhes assegura:
Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador; o Senhor JESUS CRISTO, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu efcaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.

O corpo abatido é o corpo em sua condição humana, sujeito às doenças, à fraqueza, ao envelhecimento e à morte. Mas a promessa para os salvos é a de que, se permanecermos fiéis, um dia DEUS nos ressuscitará, num corpo glorioso, semelhante ao de JESUS — Ele, ao ressuscitar, foi capaz de atravessar as paredes e vencer todas as forças da natureza. Assim será o corpo do salvo após a ressur­reição ou o Arrebatamento da Igreja (I Co 15.42,43).
Templo do ESPÍRITO SANTO (I Co 6.19,20). Mais uma vez, mostrando aos crentes que JESUS ressuscitou e nos ressuscitará, o apóstolo Paulo alerta os cristãos para não darem lugar ao pecado, visto que os nossos membros, do corpo físico, são, na verdade, “membros de CRISTO”; e indaga, de modo incisivo:

Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do ESPÍRITO SANTO, que habita em vós, proveniente de DEUS, e que não sois de vós mesmos? Porquefostes comprados por bom preço; glorifcai, pois, a DEUS no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a DEUS. (I Co 6.19,20)
Essa é uma exortação de alto significado espiritual, pois demonstra que o corpo físico tem elevado valor espiritual para DEUS. Não é, como alguns pensam, que DEUS só se interessa pelo espírito e pela alma (homem interior). Na reali­dade, DEUS quer, pela salvação, alcançar o homem em sua tríplice constituição: espírito, alma e corpo. E isso é corroborado, como vimos, em I Tessalonicenses 5.23. Esta passagem não deixa dúvidas quanto ao valor espiritual do homem, incluindo o seu corpo, que também deve ser conservado irrepreensível para a segunda vinda.

A VERDADEIRA CIÊNCIA

Não há espaço, neste capítulo, para nos estendermos muito sobre as falácias do evolucionismo. No entanto, entendemos ser muito útil apresentar aos estu­dantes de teologia, professores de Escolas Dominicais, nas igrejas, ou mesmo ao leitor alguns argumentos verdadeiramente científicos que refutem a diabólica teoria darwimsta.
A verdadeira ciência, desprovida de preconceito, soberba e academidsmo, não com­prova a — apenas — teoria da evolução.31 Cientistas modernos a têm rechaçado.

Um novo livro, Evolutionary Theoiy, organizado pelo ictiologista Donn Rosen, do Museu Americano de História Natural, acusa o naturalista inglês de ter sido leviano ao colocar de pé sua teoria da evolução. Rosen diz que Darwin — o primeiro a afirmar categoricamente que os organismos vivos partilham ancestrais comuns e se modificam ao longos dos tempos, formando novas espécies — errou ao não prever que novos tipos de seres vivos a evolução irá criar daqui para frente.
O ictiologista, estudioso dos peixes, chega a comparar o pensamento de Darwin ao dos criacionistas —grupo de religiosos que acreditam terem sido as plantas e os animais criados por DEUS há milhares de anos, exatamente como se apresentam agora. Como ele não diz como a evolução opera, suas mutações nem se rfere a seus resultados futuros, é impossível tentar provar que a teoria está incorreta, lamenta Rosen.52

Não há o que lamentar. Darwm errou mesmo ao levantar uma teoria com base em observações jamais comprovadas empiricamente. Em outras palavras, a teoria da evolução é fundada em hipóteses, portanto no acaso e não na ciência dos fatos comprovados. Os defensores da evolução, alguns sequer defendem o criacionismo ou crêem em DEUS.
Matemática desmente evoluciomsmo. Carl Sagan, famoso astrônomo, conhecido no mundo inteiro, calculou que a possibilidade de o homem ter evoluído é de aproximadamente um em IO; ou seja, um número com dois bilhões de zeros à direita, que poderia ser escrito em cerca de vinte mil livros! Segundo a Lei de Borel, isso indica não haver probabilidade alguma.33

Ainda que a probabilidade fosse apenas de um em IO1 000, a probabilidade de o homem ter evoluído ao acaso contraria a Lei de Borel, que define a probabili­dade máxima de um evento ocorre em um em IO50. Assim, a evolução ao acaso jamais poderia realizar-se conforme os dados científicos citados acima. Não se trata de ensino religioso, fundamentado na subjetividade da fé.

Os dados estatísticos — que são ciência, e não artigo de fé — demons­tram que a possibilidade de a vida orgânica ter surgido de matéria inanimada, e evoluído, é tão improvável, que chega a ser denominada impossibilidade absoluta. Mas é sobre tal improbabilidade que se assenta a premissa da teoria da evolução.
Por conseguinte, o relato bíblico para a origem da vida tem um inabalável fundamento, pois inicia afirmando que, “No princípio”, nos dias da criação, DEUS fez surgir as plantas, os animais e criou o homem a partir das substâncias da argila e deu vida ao novo ser criado (Gn 1.1-31; 2.1-4).
Eísica desmente teoria da evolução. A primeira lei da termodinâmica desmente o evoluciomsmo, segundo o qual, as coisas estariam evoluindo, e novas espécies, sendo criadas, ao longo do tempo.
Morris33 declarou:

O princípio básico da ciência física é o da conservação e deterioração da energia. A lei da conservação da energia afrma que; em qualquer transformação de energia, em um sistema fechado qualquer; o total da quantidade de energia permanece inalterado. Lei semelhante é a lei da conservação da massa, a qual estabelece que embora a matéria se altere quanto à forma, tamanho, estado, etc., a massa toda não pode ser alterada. Em outras palavras, essas leis ensinam que nenhuma criatura ou destruição da matéria ou energia está sendo atualmente realizada em qualquer parte do universo físico.'1'
Nada está evoluindo biologicamente. Nenhuma matéria nova está sendo criada.
A segunda lei da termodinâmica também contraria a teoria da evolução. E a chamada lei da deterioração da energia. Conforme essa lei, “embora a quantidade total de energia permaneça inalterada, a quantidade de utilidade e disponibilidade, possuída pela energia, vai diminuindo sempre”.5'
Essa lei também é chamada de lei da entropia. Assim, ao contrário do darwinismo, que diz que os sistemas mais simples evoluíram e evoluem para sistemas mais complexos e aperfeiçoados, a lei da entropia afirma que os sistemas orga­nizados tendem a se deteriorar, e não a evoluir.
Sem que haja uma força externa, jamais algo organizado evoluirá, ou mesmo poderá permanecer em seu estado original. Uma máquina, por mais perfeita que seja, se colocada em movimento, envelhecerá; sem uso, também sofrerá alterações negativas. O tempo, que é tão invocado pelos evolucionistas como fator essencial à evolução, é, na verdade, destrutivo, e não construtivo!
Assim, jamais a matéria inanimada poderia produzir um ser vivo. Só admi­tindo a existência de um Projetista Inteligente e Criador, que é DEUS, pode-se entender a origem de todas as coisas, animadas e inanimadas, principalmente, da vida, do homem e da inteligência. Ele, sim, fez todas as coisas do nada, e, no caso do ser humano, tomando a matéria inanimada, “do pó da terra”, ou das substâncias químicas existentes na argila, pelo seu poder fez o homem, com a sua extraordinária complexidade espiritual, mental, moral e biológica. E o fez composto de espírito, alma e corpo (I Ts 5.23).
Confirmando que a lei da entropia honra o que diz a Palavra de DEUS, em Salmos 102.25-27 lemos:
Desde a antiguidade fundaste a terra; e os céus são obra das tuas mãos. Eles perecerão, emas tu permanecerás; todos eles, como uma veste, envelhecerão; como roupa os mudarás, eficarão mudados. Mas tu és o mesmo, e os teus anos nunca terão fim.
As leis da termodinâmica confirmam a Bíblia, mostrando que mesmo os sistemas criados por DEUS envelheceram. Somente pelo poder soberano do Todo-Poderoso é que, um dia, o Universo, que envelhece, será substituído por um novo Céu e uma nova Terra: “E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (Ap 21.1).
Biologia molecular e genética desmentem teoria da evolução. Morris38 declarou:
... a moderna biologia molecular, com sua percepção penetrante acerca do notável código genético implantado no sistema do DNA, confirmou ulteriormente que as variações normais se operam apenas dentro do âmbito especificado pelo DNA para determinado tipo de organismo, deforma que nenhuma característica verdadeiramente nova pode aparecer, produzindo graus mais elevados de ordem
ou complexidade. A variação ê horizontal, e não vertical! Infelizmente, são variações normais desta sorte que comumente são apresentadas como evidências de evolução atual.
O exemplo clássico das mariposas da Inglaterra que “evoluíram” de um a coloração leve dominante para uma coloração escura dominante, enquanto os troncos das árvores ficavam mais escuros devido a poluentes, durante o avanço da revolução industrial é o melhor exemplo apresentado. Isso não foi evolução no verdadeiro sentido da palavra, de forma alguma, mas apenas variação. A sele­ção natural é uma força conservadora, operando para impedir que determinadas espécies se extingam, quando o ambiente se modifica... do começo ao fim, as mariposas continuam sendo “Biston betularia”.59
Paleontologia desmente evolucionismo. Como sabemos, a paleontologia é a ciência que estuda os fósseis dos animais e vegetais. Um fóssil é um “Vestígio ou resto petrificado ou endurecido de seres vivos que habitaram a Terra antes do holoceno e que se conservaram em depósitos sedimentares da crosta terrestre sem perder as características essenciais”.60
A existência dos fósseis é usada pelos seguidores de Darwin como prova eloqüente da evolução. Segundo essa crença, as diversas camadas de estratos das rochas petrifi­cadas foram se acumulando ao longo de milhões e milhões de anos, de tal forma que se formou a chamada coluna geológica, uma espécie de índice geocronológico. E, através desse índice, poder-se-ia medir a idade das rochas e, consequentemente, dos fósseis encontrados nas diversas camadas uniformemente sedimentadas.

“A única escala cronométrica aplicável à história geológica para a classificação estratificada das rochas, e para datar eventos geológicos, é fornecida pelos fósseis” essa é uma afirmação considerada científica em apoio aos evolucionistas.61
Eles procuram, em vão, os espécimes intermediários entre as formas de vida mais simples e as mais complexas. Buscam desesperadamente encontrar o “elo perdido”.
Felipe Saint afirmou:
Há muitos casos de animais e de insetos no registro fóssil que; a despeito da estimativa dos evolucionistas, de milhões de anos, são idênticos à mesma forma que encontramos hoje.
De acordo com Saint, pernilongos que ficaram presos numa pedra de âm­bar — formada de resina solidificada de uma árvore e submetida à pressão e ao calor — fossilizaram-se. Lá estão, perfeitamente preservados, com todas as características dos pernilongos atuais, da mesma espécie. E após milhões e milhões de anos, na suposição dos evolucionistas.
Há o caso de um peixe, chamado celacantino, da família dos celacantídeos, que foi encontrado como fóssil, de maneira completa, incrustado numa rocha. Os evolucionistas comemoraram a descoberta como se fosse “prova” da teoria da evolução, visto que as suas nadadeiras estavam ligadas a um prolongamento semelhante a um braço. Seria isso o elo perdido que comprovaria a evolução entre os peixes e os répteis; os “prolongamentos” seriam a prova da transição entre os peixes; teriam eles evoluído, com variações que tinham “pernas” para poderem se mover, rastejando para fora da água.
Os evolucionistas festejavam a descoberta do peixe considerado extinto du­rante muitos anos... No entanto, para decepção dos discípulos de Darwin, um pescador também veio a apanhar, numa rede, uma espécie de celacantino.
... nas costas da Africa, cm 1938, o primeiro espécime vivo que alguém já tinha visto. Era exatamente semelhante à impressão fóssil à qual os cientistas haviam atribuído um milhão de anos! Em 1952, foi apanhado outro espécime vivo. Assim, em vez de ser uma importante prova de mudança evolutiva, esse peixe é uma prova admirável da declaração bíblica de que cada tipo de criatura é segundo a sua espécie6’
De acordo com a Bíblia, houve uma grande catástrofe, provocada por um grande dilúvio, de âmbito universal (Gn 6—7), que inundou todo o planeta, destruindo a maioria dos seres vivos, das plantas e das substâncias existentes na Terra. È mais lógica a explicação dos criacionistas de que os fósseis reforçam a teoria do catastrofismo.
O catastrofismo ensina que, com o dilúvio, os seres vivos foram apanhados de surpresa pelos eventos provocados pela inundação universal. Prova disso são os peixes e outros animais fossilizados; eles foram petrificados inteiros, intactos. Alguns, até, com alimento não digerido em seu estômago. Isso desmente a teoria da evolução, que advoga o processo do uniformitarismo, segundo o qual as eras geológicas, registradas nas camadas de rochas, indicam uma evolução ao longo de milhões e milhões de anos.
Ora, como um peixe poderia esperar milhões de anos para se fossilizar? Sa­bemos que um peixe, se não for preservado em alguma substância conservadora, apodrecerá em questão de horas. Para ser mantido intacto, no estado fóssil, precisa ser alcançado por um processo rápido e instantâneo. Assim, os fósseis desmentem o evolucionismo.
“O elo perdido não existe”, afirmou o famoso paleontólogo Stephen Jay Gould, da Universidade de Harvard. “A evolução se processa aos saltos (suj. Uma espécie passa milhares ou milhões de anos imutável, e subitamente adquire uma característica nova”.64 Aqui vemos claramente a divergência entre o evoluciomsmo moderno, de Stephen Jay Gould, e o velho e carcomido darwinismo.
Darwin defendeu, em sua decantada teoria, que a evolução ocorre lenta e gradualmente, ao longo de milhões e milhões de anos. Gould afirma que a evolução se processa aos saltos. Agora, perguntamos: “Pode-se crer numa teoria desse tipo?”

Evolucionismo “teísta”

Existe uma falaciosa teoria que tenta amenizar a distância entre a teoria da evolução e a idéia da existência do DEUS Onipotente, Criador do Universo. E a teoria da evolução “teísta” ou pseudoteísta. Segundo suas explicações, pode ter havido a evolução gradual da vida e dos seres vivos, mas sob a su­pervisão do Criador. Com base nessa explicação, de igual modo contrária aos pressupostos bíblicos, DEUS teria criado a primeira célula ou o primeiro organismo unicelular.
Segundo os que admitem essa idéia, o primeiro organismo se desenvolveu, evoluiu e chegou a um ser semelhante ao macaco, o qual foi chamado de Adão. Naturalmente, essa explicação foge totalmente ao que a Bíblia nos ensina acerca da criação do homem.
Em Gênesis 1.27,28, está escrito:
E disse DEUS; Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra. E criou DEUS o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou; macho e fêmea os criou.
O abismo entre a explicação bíblica para a criação e a teoria da evolução é tão grande que não existe conciliação entre as idéias esposadas por elas. O jesuíta francês Teillard de Chardin procurou harmonizar a falsa evolução das espécies com a Bíblia. Ele tem grande credibilidade entre os católicos e explica que DEUS criou todas as coisas, mas através do processo da evolução. Afirma que o relato bíblico não passa de uma lenda, ou de uma fábula ou alegoria.
Tal teoria é “remendo de pano novo em veste velha” (Mt 9.16). Jamais dará certo, pois “semelhante remendo rompe a veste, e faz-se maior a rotura” (M6 9.16b). Na verdade, de acordo com a Bíblia, não está havendo evolução nenhuma. Pelo contrário, o ser humano está mvolumdo espiritual, moral e fisicamente. Se há evolução darwinista em andamento, porque a cliente, dos cemitérios aumenta cada dia?
Os dias da criação seriam eras geológicas ? Dentro ou ao lado dessa teoria evolucionista pseudoteísta surgiu a explicação para os dias da criação, como sendo dias-eras, segundo a qual os tais dias não teriam sido normais, e sim eras geológicas de milhões de anos.
Com essa assertiva, seria possível acomodar as explicações científicas ao Gênesis, ou este às explicações científicas para o período de formação da Terra. No entanto, quando lemos o livro de Gênesis e outros textos bíblicos, somos forçados a concluir que, de fato, os dias da criação foram dias normais, e não era de milhões e milhões de anos.
A base para a falácia em apreço tem sido 2 Pedro 3.8: “um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia”. Mas este texto tanto pode ser entendido como milhões de anos, como apenas poucos dias, se consideramos mil anos como um dia. Trata-se apenas de uma referência ao fato de DEUS não estar restrito ao tempo, como a humanidade está. Afinal, Ele é de eternidade a eternidade.
Se fosse cada dia uma era geológica de quinhentos mil anos, como se har­monizaria tal idéia com o DEUS Onipotente? Iria Ele esperar milhões de anos para criar o primeiro ser humano na Terra? Tal interpretação tem a finalidade apenas de tentar conciliar a teoria da evolução com a Bíblia. Como já vimos, é um “remendo de pano novo em vestido velho”.
A Bíblia diz que DEUS fez tudo em seis dias: “Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto, abençoou o Senhor o dia do sábado e o santificou” (Ex 20.11). Ve­mos claramente que foram dias literais, e não dias-eras. Que DEUS nos abençoe, a fim de que, com humildade, aceitemos a explicação bíblica para a origem e desenvolvimento do mundo e do homem na face da Terra.

Conclusão

O estudo da Antropologia Bíblica é de grande valor para os que desejam conhe­cer as verdades emanadas da Palavra de DEUS, como regra de fé e de prática, e como
o Livro que apresenta as únicas explicações coerentes para a criação do universo, da vida, dos seres vivos, incluindo o homem, a inteligência e todas as coisas.
Como vimos, a teoria da evolução não passa de um arranjo teórico para explicar “cientificamente” a origem do homem e de todas as coisas, visando desacreditar a DEUS e afastar o homem do seu Criador. No entanto, a Palavra de
DEUS é “lâmpada” e “luz” para nos mostrar os cammhos pelos quais podemos encontrar DEUS e seu relacionamento com a Criação. Nela vemos, além disso, o DEUS verdadeiro, que ama o ser humano, a ponto de propiciar-lhe a restauração espiritual através da salvação em CRISTO JESUS, nosso Senhor.

Notas bibliográficas
O Homem perante a Naturezz. Blaise Pascal, http://www.consciencia.org/mo- derna/pascaltextol.shtml; acesso em 24 de janeiro de 2006.

II. DISTINÇÃO ENTRE ALMA E ESPÍRITO


1. A composição tríplice do homem. “O mesmo DEUS de paz vos santifique em tudo; e todo vosso espírito e alma e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda do nosso Senhor JESUS CRISTO” (1 Ts 5.23).
    São parte imaterial, ou seja, invisível aos olhos humanos, moram dentro do corpo, o corpo nós vemos, a alma e o espírito só DEUS pode ver (Mt 23.27 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos e de toda imundícia).
   1Co 4.1 Que os homens nos considerem, pois, como ministros de CRISTO, e despenseiros dos mistérios de DEUS.. Nesta passagem vemos que existem muitos mistérios insondáveis na palavra de DEUS que ainda não foram revelados ao homem, mas que pouco a pouco vão sendo desvendados pelo ESPÍRITO SANTO que nos transmite esses conhecimentos sobrenaturalmente. Um desses mistérios é exatamente o que estudamos nesta lição, o espírito humano, muitas vêzes confundido com a alma, mas diferente dela como vemos em passagens como 1Ts 5.23 e Hb 4.12.
  
AS FUNÇÕES DO ESPÍRITO

O espírito dentro do corpo humano é a relação do homem com a vida espiritual, entendendo que o homem não é apenas corpo, matéria, mas também possui relação com o mundo espiritual.

Quando DEUS criou o homem ele o fez do pó da terra, e soprou sobre o corpo de barro, e este sopro produziu alma vivente, assim entendemos que a junção do corpo mais espírito ( sopro de DEUS ) produziu a alma vivente, assim o homem possui uma triunidade, Corpo, alma e ESPÍRITO. Isaías 57:16.

O corpo humano como já escrevemos, foi feito por DEUS do pó da terra, porém o ESPÍRITO, não foi feito, mas DEUS deu de si ao homem, o sopro de DEUS no homem, foi como um verdadeiro presente, DEUS permitiu ao homem Ter em si parte do criador, tanto é que quando o corpo morre, este sopro de vida, o espírito volta ao criador Eclesiastes 12:7, pois ao contrario do corpo e da alma, o espírito não se desfaz, e nem esta sujeito a julgamento, ou condenação espiritual mas conhecido como inferno, devido o ESPÍRITO ser totalmente divino, ele não foi criado de DEUS, ele é parte de DEUS, e por isso na morte do corpo, o espírito volta ao criador que o deu, ou seja enquanto vive o corpo, parte de DEUS vive com ele.

Sendo o ESPÍRITO a relação espiritual dentro do corpo humano, as funções do espírito dentro do homem é dar a ele a direção de DEUS para a vida do homem, é o espírito que mostra a vontade de DEUS na vida humana, na verdade o ESPÍRITO busca orientar a alma para que tome decisões dentro da vontade de DEUS, um exemplo disso vemos em Salmos 43:5, onde o Salmista mostra o ESPÍRITO repreendendo a alma, e dando conselhos a mesma para permanecer fiel a DEUS , neste caso não podemos falar que é o corpo que fala a alma, pois o corpo é apenas lugar de morada da alma, mas sim o espírito.


O Evangelho de JESUS CRISTO tem dois mandamentos que em si resumem toda a lei dada a Moisés, isto porque toda a Lei foi feita buscando trazer ao homem o conhecimento de seus deveres emocionais perante o seu próximo, são estes os mandamentos de Nosso Salvador JESUS CRISTO descritos em São Mateus 22:37-39

  • Amarás o Senhor Teu DEUS de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento
  • Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

Porque JESUS deu um mandamento de amor ? o amor como muitos pensam não é um sentimento que entra em nossos corações ? porventura o homem pode Ter controle sobre seus sentimentos ? se o homem não pode controlar os sentimentos então este mandamento nunca poderá ser cumprido, mas se homem pode controlar, então ele pode escolher a pessoa para expressar seus sentimentos, inclusive a DEUS.

Observando este ponto de vista iremos ver alguns temas que cuidam dos sentimento do homem, tais como:

A mente humana,  O Coração, A consciência, O Livre Arbítrio

***As Teorias da Origem do ESPÍRITO

  Muitos Antropólogos bíblicos tem debatido sobre a origem do ESPÍRITO e a alma dentro do homem, sabe-se que em Adão DEUS soprou sobre suas narinas, mas a partir de Adão como tem acontecido para que o ESPÍRITO e a alma pudessem estar nele, se a alma é a personalidade do homem, como ela nasce dentro do corpo humano, o corpo sim é gerado através de uma relação sexual, mas e a parte espiritual do homem, e sua alma, como acontece sua aparição dentro do corpo humano, e o caso de Eva, o corpo foi feito de uma costela de Adão, mas e a alma, e o espírito, DEUS não soprou em suas narinas também; A resposta para tais perguntas tem surgido muitos debates, e há muitos pensamentos sobre o assunto, mas buscando dar um maior entendimento sobre o assunto, daremos vários pensamentos sobre a origem da alma e espírito dentro do homem.

Emanacionismo
Ensina que o ESPÍRITO vem ao homem no ato da fecundação, enviados por DEUS, ou seja, a alma e o ESPÍRITO do homem já existem no céu, e a medida que nasce uma criança, DEUS escolhe um deles e os envia até o corpo da criança no útero da mãe.

Transmigracionismo (Espiritismo?)
Ensina que o espírito nasce com o ser vivo em escalas zoológicas inferiores e vai reencarnando em espécies superiores, passando pelo homem até atingir um grau de perfeíção moral.

***Criacionismo (A mais aceita no meio evangélico)
Aqueles que crêem no Criacionismo defendem a tese de que a alma e espírito é produto da criação de DEUS, ou seja para cada criança que nasce DEUS cria um espírito e uma alma para a mesma, é como se DEUS soprasse sobre cada criança a nascer, criando a sua alma e espírito , isto baseado em Hebreus 12:9, Isaías 57:16 Eclesiastes 12:7, e se DEUS é o pai dos espíritos, somente ele pode criar uma nova alma.
Traducionismo (Evolucionismo?)
Esta linha de pensamentos ensina que o homem transmite aos filhos não só os traços de aparência física, como a cor da pele, tipo sangüíneo, altura, cor dos olhos, cabelo, etc... Mas também o homem pode gerar a alma e espírito dentro do corpo humano, entendendo que primeiro DEUS criou o homem a sua imagem e semelhança, e ao soprar sobre o homem o espírito de vida, lhe deu capacidade para se multiplicar, tanto no corpo, como no espírito.

III. FACULDADES DO ESPÍRITO HUMANO

FÉ E CONSCIÊNCIA:

Invisíveis, mas escenciais ao relacionamento com DEUS. São indispensáveis àqueles que desejam um dia morar com DEUS.

1- FÉ:
Hb 11.1 Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem.
Hb 11.6 Ora, sem fé é impossível agradar a DEUS; porque é necessário que aquele que se aproxima de DEUS creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.

O QUE SIGNIFICA FÉ? 

Podemos "ver" a fé em três níveis:
a) Fé intelectual: é a edificação da fé sobre informações recebidas conforme Rm 10.17: "Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de CRISTO."
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b) Fé emocional: Na parábola do bom semeador (Mt 13.20-221), a semente que caiu nos lugares rochosos correspondem aos que parecem arrependidos, mas não se acham alicerçados na fé ocorre que "mas não tem raiz em si mesmo, antes é de pouca duração; e sobrevindo a angústia e a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza"
c) Fé Volitiva: É a fé determinada pela vontade, é a que atinge o âmago da personalidade, a sede da vontade. Vai além da religiosidade, é a fé pela fé, envolvendo fidelidade, obediência e crer.
      Podemos confiar plenamente em DEUS tendo a fé genuína como base, ou seja tendo a fé em DEUS. Ter fé em DEUS é uma ordem do Senhor JESUS CRISTO: "Respondeu-lhes JESUS: Tende fé em DEUS" (Mc 11.22).
      Resumidamente podemos definir que fé é a certeza das coisas esperadas (Hb 11.1). É a convicção das coisas não vistas (Hb 11.1), sendo uma exigência de DEUS (Mc 11.22; I Jo 3.230).

A PRÁTICA DA FÉ 

      A fé é um dom de DEUS (Rm 12.3; Ef 2.8; 6.23; Fp 1.29),  exclui a vanglória pessoal (Rm 3.27) e  a sua operação é pelo amor (Gl 5.6; I Tm 1.5; Fl 5).
     Na prática da vida como proteção a fé é compara a um escudo: "tomando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno" (Ef 6.16). Ou a uma couraça: "mas nós, porque somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação; (I Ts 5.8).
      A fé produz: salvação (Mc 16.16; At 16.31; Rm 1.17); esperança (Rm 5.2); alegria (At 16.34; I Pe 1.8); paz (Rm 15.3); confiança (Is 28.16 com I Pe 2.6); ousadia na pregação (Sl 116.10 com II Co 4.13).

2- CONSCIÊNCIA:

É o tribunal interno de cada pessoa, no crente ela é viva e reage a cada erro, provocando o desejo de arrependimento e conversão a DEUS ( 1Jo 1.9).
No ser humano em geral, ou seja, no homem natural é a acusação interna que causa o remorso como o de Judas ao trair JESUS, ou como o desespero do drogado ou do alcóolatra ao se dar por si. É o policial da alma humana.

                                  

“Em Berço de Barro”
Que é o homem? De onde ele veio? Para onde vai?
Segundo Platão, o homem é:
Um bípede sem pernas.
Um quadrúpede sem penas.
Um quadrúpede sem pernas.
Um bípede sem penas
Um bípede com penas.
Um quadrúpede com pernas.


                                                                         Revista Veja, 10 de abril de 1985, p.7I,72.



                                                  FONTE : http://www.apazdosenhor.org.br/

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