DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda –
Marcos 6.2 - Terça –
Marcos 6.12 - Quarta –
Marcos 6.20 - Quinta –
Marcos 6.31
Sexta –
Marcos 6.41 - Sábado –
Marcos 6.51
Hino
do Cantor Cristão: 544
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Marcos 1.29-39
29- E logo, saindo da sinagoga, foram a casa de Simão e de
André, com Tiago e João.
30- E a sogra de Simão estava deitada, com febre; e logo lhe
falaram dela.
31- Então, chegando-se a ela, tomou-a pela mão e levantou-a;
e a febre a deixou, e servia-os.
32- E, tendo chegado a tarde, quando já estava se pondo o
sol, trouxeram-lhe todos os que se achavam enfermos e os endemoninhados.
33- E toda a cidade se ajuntou à porta.
34 - E curou muitos que se achavam enfermos de diversas
enfermidades e expulsou muitos demônios, porém não deixava falar os demônios,
porque o conheciam.
35- E, levantando-se de manhã muito cedo, estando ainda
escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava.
36- E seguiram-no Simão e os que com ele estavam.
37- E, achando-o, lhe disseram: Todos te buscam.
38- E ele lhes disse: Vamos às aldeias vizinhas, para que ali
também pregue, porque para isso vim.
39- E pregava nas sinagogas deles, por toda a Galileia, e
expulsava os demônios.
Palavra Introdutória
As obras de Jesus são a primacial fonte de interesse de
Marcos. Ao longo de seu Evangelho, este filho de Maria apresenta o Messias
trabalhando no Reino como um servo empenhado em realizar as obras que lhe foram
propostas e confiadas por Deus-Pai.
A porção dedicada às obras práticas de Jesus, em comparação
com Seus discursos, é maior no segundo Evangelho do que em qualquer outro —
Marcos registrou 18 milagres, de forma clara e objetiva (não fornecendo
extensos comentários acerca deles), e apenas quatro parábolas completas.
O ministério de Jesus, em Marcos, foi autenticado por obras
poderosas — nas esferas física e espiritual. Nessa porção da Escritura,
observamos que Cristo pregou com autoridade (Mc 1.22,27); encontrou e venceu
poderes demoníacos (Mc 1.2326,39; 3.11); e curou doentes, até mesmo leprosos,
que naquele contexto, eram intocáveis (Mc 1.29-34,40-45; 2.1-11; 3.16,10).
Nesta lição, destacaremos ao menos três obras de Jesus como
Servo, sendo elas: o ensino da Palavra; a operação de milagres; e o perdão de
pecados de todos os que nele criam e o reconheciam como Filho de Deus.
Marcos ensina-nos que podemos aprender muito sobre a pessoa
divina de Jesus, pela análise de Suas obras como Servo de Deus (MC 10.42-45).
1. O ENSINO DA PALAVRA
Embora tenha descrito mais as obras que as palavras do
Mestre, Marcos revela-nos que Jesus, o Servo, anunciou de maneira veemente as
boas novas de salvação: das 12 vezes em que o vocábulo evangelho aparece nos
quatro primeiros livros neotestamentários, oito estão em Marcos. A missão
primordial do Servo era evangelizar. Seu desejo primeiro era salvar os
pecadores; em razão disso, Ele foi incansável em anunciar e ensinar a Palavra
de Deus. Suas aplicações diretas da verdade, diante das heterogêneas multidões,
são a prova de que o ensino era uma prioridade em Sua missão, mesmo diante da
incredulidade (Mc 6.6).
1.1. O Servo ensinava com autoridade
Ao apresentar o ministério de Jesus, logo na seção de
abertura de seu Evangelho, Marcos revela-nos que Cristo agia e pregava com
autoridade.
Frequentemente eram concedidas ao Carpinteiro de Nazaré
oportunidades de ensinar nas sinagogas aos sábados (Mc 1.21; 3.1,2; 6.2). Em
Marcos 1.21,22, observamos que a maneira como Jesus pregou foi aguda, a ponto
de deixar pasmos os Seus ouvintes, forçando-os a compará-lo com os mestres com
os quais estavam acostumados (Mc 1.22).
A diferença de autoridade entre Jesus e os outros mestres
estava na fonte de Suas mensagens: enquanto os escribas divagavam em suas
ministrações, baseando seus discursos na tradição de homens (Mc 7.8), os
ensinamentos de Jesus vinham direto do Pai (Jo 8.26), portanto, de dentro de Si
e das Escrituras. O Mestre dos mestres jamais precisou recorrer a fontes
externas para ensinar com autoridade. Ele é a fonte; as Escrituras emanam dele
(Jo 1.1-3); a explicação, inspiração e revelação da Palavra estão Nele.
1.2.
O Servo ensinava com sabedoria
Paulo, na Carta aos Colossenses (Cl 2.3), declara que todos
os tesouros da sabedoria e da ciência estão escondidos em Cristo. Merece
destaque, neste ponto, a colocação feita por Eduardo Joiner: Sabedoria e
ciência diferem entre si, pois, ciência é o conhecimento, enquanto sabedoria é
o uso correto desse conhecimento (Central Gospel, 2004, p. 69). Partindo desta
premissa, pode-se afirmar que ter sabedoria para ensinar não é sinónimo de
demonstrar todo o conhecimento adquirido; antes, implica utilizar todos os
recursos necessários para que se alcancem os objetivos pretendidos. A sabedoria
com que Jesus ensinava ingressava a mais profunda estrutura da mente humana.
Quando pregava, Suas palavras alcançavam os simples e confundia os religiosos
intelectuais; Suas proposições provocavam as mais diversas reações em Seus
ouvintes e interlocutores. Ao longo das páginas marca nas, há pelo menos vinte
e três registros de respostas dos ouvintes de Jesus.
Eles ficavam admirados (Mc 1.27); criticavam (Mc 2.7);
demonstravam medo, perplexidade, espanto e hostilidade (Mc 4.41; 6.14; 7.37;
14.1), dentre outras tantas manifestações contundentes.
1.3. O Servo ensinava por parábolas
Embora tenhamos em Marcos o registro de apenas quatro
parábolas completas — semeador (Mc 4.3-20); candeia (Mc 4.2125); semente (Mc
4.26-29) e grão de mostarda (Mc 4.30-34) —, a riqueza e a profundidade dos
ensinamentos nelas contidas é algo extraordinário. Em uma parábola, duas
situações similares são colocadas lado a lado para que se estabeleça uma
comparação entre elas. Ao ensinar a Palavra da Verdade, o Servo lançava mão
deste recurso, a fim de transmitir às multidões e aos discípulos realidades
morais, éticas e espirituais, levando, assim, Seus ouvintes a uma intensa
reflexão. Os que estivessem dispostos a considerar a comparação proposta
recebiam o entendimento do ensino; aos desinteressados, no entanto, as
parábolas serviam para ocultar a revelação do ensinamento (Mc 4.11-13; Mt 13.11-15).
2.
A OPERAÇÃO DE MILAGRES
Entende-se por milagre
a intervenção divina em situações impossíveis de serem solucionadas pelo homem
elou pela Natureza. Neste tópico, ficará claro que os milagres realizados por
Jesus evidenciaram, sobretudo, Sua missão como Servo de Deus.A maior parte dos
milagres de Jesus foi operada diante de grandes multidões, o que facilitaria a
replicação da mensagem de salvação entre as gentes; entretanto, tais prodígios desempenharam
outra grandiosa função no ministério do Servo: trazer alívio às mazelas
humanas. As reações que os milagres realizados por Jesus provocavam nas pessoas
eram diversas: maravilhamento, dúvida, ira, conflitos com as autoridades de
Jerusalém (MC 6.54-7.23) e até conspirações (Mc 2.6,7; 3.6,22; 6.2-6);
entretanto, nada foi capaz de impedi-lo em Sua missão. O Servo continuou
operando milagres até o fim (LC22.51).
2.1. O Servo expulsou demônios
A autoridade do Servo não se restringiu à pregação da Palavra;
ela também se manifestou por sobre o mundo espiritual. Em Marcos, há um número
excepcionalmente grande de relatos de expulsão de demônios por parte de Jesus(Mc
1.23-27,32-24; 3.11,22-27; 5.1-20; 7.25-30; 9.17-29) — o que revela a contínua
oposição satânica à obra do Messias.
Ao começar Sua obra na Galileia, Jesus deparou-se com
espíritos malignos em um homem na sinagoga (Mc 1.23); ao atravessar o mar e
pisar em terra gentílica, Ele também se defrontou com espíritos malignos em um
homem de Gadara (Mc 5.2); todavia, em ambas as ocasiões, os poderes das trevas
não puderam permanecer diante da Sua presença, pois os demônios conheciam-no
(Mc 1.24; 5.7); temiam-no (Mc 3.11) e obedeciam-lhe (Mc 5.13).
Merece destaque, neste tópico, o primeiro episódio de
expulsão de demônio narrado por Marcos: o ardiloso espírito das trevas
infiltrou-se no local em que as Sagradas Escrituras eram estudadas, a sinagoga
dos judeus (Mc 1.23). Esse acontecimento deve levar-nos à seguinte reflexão: os
demônios podem usar todos os meios e lugares para tentar afastar os homens do
seu Criador; todavia, o Maligno jamais prevalecerá onde Cristo estiver.
2.2. O Servo tinha poder sobre a Natureza
O poder de Jesus sobre as forças da Natureza evidenciam-se
nos seguintes registros marca nos: nas tempestades que acalmou (Mc 4.35-41;
6.45-52) e na figueira que amaldiçoou (Mc 11.12-14,20). Em Marcos 4.35-41,
lemos que Jesus convidou Seus discípulos a irem com Ele até a outra margem, ou
seja, à porção não judaica do mar da Galileia. O evangelista informa-nos que,
na travessia tempestuosa, enquanto os discípulos estavam apavorados, Jesus
dormia na popa sobre uma almofada (Mc 4.38). Ao ser acordado, o Mestre simplesmente
repreendeu o vento e disse às águas: Calate, aquieta-te (Mc 4.39). E houve,
então, grande bonança.
O Servo, naquele dia, revelou ter, além de tudo, autoridade
sobre os elementos da Natureza, suscitando em Seus seguidores indagação de
grande espanto: Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem (Mc 4.41)?
2.3. O Servo curou enfermos e ressuscitou mortos
O Autor da Vida curou os mais variados tipos de enfermidades;
Sua autoridade não estava circunscrita a algumas delas. Como fica claro no
Evangelho de Marcos, Jesus curou pessoas acometidas por hemorragias (Mc
5.25-34) e febres (Mc 1.2931); leprosos (Mc 1.40-45); paralíticos (Mc 2.1-12);
atróficos (Mc 3.1-5); surdos e gagos (Mc 7.31-37); cegos (Mc 8.22-26;
10.46-52), dentre tantos outros. Não fosse o bastante, Ele chamou a filha de
Jairo novamente à vida (Mc 5.21-24,3543).
A restauração da saúde do corpo estava englobada nas obras do
Servo — da cessação de uma simples febre à ressurreição.
3.
O PERDÃO DOS PECADOS
Duas realidades precisam ser destacadas neste ponto: (1)
Jesus foi médico não apenas do corpo, mas também da alma dos pecadores; e (2)
apenas o Servo tem poder para cancelar, completamente e para sempre, a dívida
dos homens (Is 1.18; SI 103.12).
3.1.
A graça do Servo alcança o indivíduo
O Servo curou o paralítico que desceu pelo telhado de uma
casa (Mc 2.1-12); entretanto, antes de restaurar sua saúde, Ele restaurou-lhe o
coração, dizendo: Filho, perdoados estão os teus pecados (Mc 2.5).
Como o pecado é uma ofensa direta a Deus — e somente Ele pode
conceder perdão_, naquele dia, os fariseus perguntaram: Quem pode perdoar
pecados, se não Deus (MC 2.7)?
Assim, confirmando Sua divindade, Jesus respondeu: Ora, para
que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados [...l,
a ti te digo: Levantate, e toma o teu leito, e vai para tua casa (Mc 2.10,11).
Este milagre evidencia, de maneira cristalina, que Jesus veio
para salvar o homem, individualmente, e para, acima de tudo, dar a Sua vida em
resgate de muitos (Mc 10.45).
3.2.
A graça do Servo alcança a todos
No transcurso de Seu
ministério terreno, Jesus visitou as terras dos gentios operando milagres,
libertando cativos e declarando a salvação. Foi assim que Ele revelou o alvo de
Sua maravilhosa graça: todo aquele que nele crê. O Servo de Deus não restringiu
a manifestação de Sua graça aos Seus compatriotas: independente da origem
(judaica ou gentia), do sexo (masculino ou feminino) ou da condição cível
(publicano ou zelote), todo aquele que Nele cresse era alcançado por Sua obra
salvadora (Mc 2.17).
O Evangelho de Marcos mostra-nos como Jesus foi um servo
dedicado às obras que o Pai lhe confiou. Como Seus imitadores e discípulos, e
também servos, não podemos realizar Sua obra de qualquer maneira. A qualidade
do nosso serviço denunciará o quanto estamos, realmente, comprometidos com o
nosso Senhor. Que possamos, portanto, através da obra que nos foi confiada,
honrar o nosso Deus.
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